segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Poema «Exu de lei»

Exu de Lei


Salve o povo da rua!
Que nos protege, e nos vigia,
em cada esquina, em cada lugar.
Que nos acompanha para todo o lado,
em qualquer hora, em qualquer lua.
Exu é pai, Exu é guia.
Pelo seus filhos vive a lutar,
e tantos o chamam para o caminho errado.

Meu pai perdoai-lhes a ignorância,
a ganância e o ódio, cega as pessoas,
a sede do poder fala mais alto,
e o valor do ser, dá lugar ao ter.
São como crianças na sua infância,
querem ser reis, e na cabeça coroas.
Mas esquecem que a queda depende do salto,
e no fim o que ganham é saber perder.

Meu pai Exu é rei na magia.
Desfaz embaraço e corta demanda.
Abre os caminhos, mas pode fechá-los,
quem manda é Exu, na lei da Quimbanda.
Dai-nos um pouco da sua alegria,
dai-nos um pouco do seu sorriso.
Protegei meu pai, quem for de direito,
e para os demais, que faça o juizo.

Almada, 6 de Junho de 2008

Extrato da obra - “Orixás em poesia” de Paulo Lourenço «Ramiro de Kali» Copyright © 2008

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