sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Livro "Orixás em Poesia"

Estou á espera de conseguir editar o meu livro que decidi chamar "Orixás em poesia", o qual já se encontra registado e em análise por parte de algumas editoras para ser editado. Entretanto deixei aqui alguns dos poemas nele contidos, pois contém vários sobre os demais Orixás. Contém também alguns cânticos, descrições e caracteristicas dos Orixás e dos seus filhos, assim como algumas lendas e explicações individuais de como actuam e trabalham os Orixás.

Espero brevemente deixar aqui a noticia da sua edição, e qual a editora que o vai editar, para que os interessados o possam adquirir e encomendar.


Estes poemas podem também ser vistos em:

1 comentário:

Anónimo disse...

Que viagem mais longa candonga
Ouvindo o batuque das ondas
Compasso de um coração de pássaro
No fundo do cativeiro
É o semba do mundo calunga
Batendo samba em meu peito
Kawo Kabiecile Kawo
Okê arô oke
Quem me pariu foi o ventre de um navio
Quem me ouviu foi o vento no vazio
Do ventre escuro de um porão
Vou baixar o seu terreiro
Epa raio, machado, trovão
Epa justiça de guerreiro
Ê semba ê
Samba á
o Batuque das ondas
Nas noites mais longas
Me ensinou a cantar
Ê semba ê
Samba á
Dor é o lugar mais fundo
É o umbigo do mundo
É o fundo do mar
Ê semba ê
Samba á
No balanço das ondas
Okê aro
Me ensinou a bater seu tambor
Ê semba ê
Samba á
No escuro porão eu vi o clarão
Do giro do mundo

Que noite mais funda calunga
No porão de um navio negreiro
Que viagem mais longa candonga
Ouvindo o batuque das ondas
Compasso de um coração de pássaro
No fundo do cativeiro
É o semba do mundo calunga
Batendo samba em meu peito
Kawo Kabiecile Kawo
Okê arô oke
Quem me pariu foi o ventre de um navio
Quem me ouviu foi o vento no vazio
Do ventre escuro de um porão
Vou baixar o seu terreiro
Epa raio, machado, trovão
Epa justiça de guerreiro
Ê semba ê ê samba á
é o céu que cobriu nas noites de frio
minha solidão
Ê semba ê ê samba á
é oceano sem, fim sem amor, sem irmão
ê kaô quero ser seu tambor

Ê semba ê ê samba á
eu faço a lua brilhar o esplendor e clarão
luar de luanda em meu coração

umbigo da cor
abrigo da dor
a primeira umbigada massemba yáyá
massemba é o samba que dá

Vou aprender a ler
Pra ensinar os meu camaradas!