Os ciganos vão para o céu
Povo andarilho, sem terra e sem destino,
que faz dos caminhos o seu lar,
e das fogueiras que iluminam as noites,
nasce o amor em seus corações.
Povo mal amado, tão mal rejeitado,
que faz dos seus trapos seu luxo,
da carroça seu melhor bem,
e melhor amigo o cavalo.
Povo que toca guitarra, companheiro da cigarra,
que cedo conhece o amor,
e na mais terna juventude,
aprende a lição da vida.
Povo sofrido, mas nunca vencido,
e mesmo na morte têm alegria,
pois sabem que sua tão grande familia,
espera por eles nas portas do céu.
Almada, 18 de Março de 2009 © Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"
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