tag:blogger.com,1999:blog-83265980861392324812024-03-12T18:44:13.041-07:00Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"Blog sobre espiritualidade, esoterismo, religiões Afro-Brasileiras, Umbanda, Candomblé, Orixás, Exus, e sobre tudo o que eu escrever dentro destes tópicos.Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.comBlogger62125tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-23488757398561647032018-10-27T05:38:00.000-07:002018-10-27T05:50:54.935-07:00Oração Ho´oponopono<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://paulo-lourenco.blogspot.com/2018/10/oracao-hooponopono.html" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="400" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH8Gvj0Jn20Zjyt1aO7aZlQSLVQJqheWS0dUZ-5zL2VhR5Qd1GH6xmurSX_h8qjw5duaJWawXrYOft_DfVinrWC_-o6Znb-6Ogc7mQHFSM6TjHEubfmpEEtZpjw2ZuT9morYBxUUTPJjwg/s320/prosperidade-abundancia-divina-500x500.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Como "limpar" os problemas e purificar a felicidade</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Buscamos incessantemente a felicidade, apaixonámo-nos, desiludimo-nos, odiámos, irritámo-nos, uma vez e outra e outra. Vivemos numa montanha russa de emoções que tantas vezes nos roubam a paz interior. Porquê? Aprendemos técnicas, fazemos visualizações, colocámos a lei da atracção em “prática” mas parece que nada funciona. Porquê?<br />
<br />
Há várias razões:<br />
- A auto-sabotagem é frequente. Interiormente não acreditamos nos nossos sonhos, no que somos capazes, no nosso potencial divino.<br />
- O ego que quer ter razão a custo da própria felicidade.<br />
- Colocarmos a nossa felicidade em bens materiais, etc.<br />
<br />
Poderia mencionar muitas mais razões, mas o objectivo é simplificar e não ficar perdida nos enredos mentais. A razão principal da nossa infelicidade são as memórias que bloqueiam os nossos relacionamentos e impedem que os milagres aconteçam na nossa vida. Quando deixamos de lado a tagarelice mental, restabelecemos o elo com o Divino. Como é que o podemos fazer? Através do Ho’oponopono, que significa “tornar certo” ou “corrigir um erro” na língua original dos havaianos. O Ho’oponopono Identidade Própria é um processo de comunicação com a Divindade desenvolvido pela Dra. Kahuna Simeona que o ensinou ao Dr. Ihaleakala Hew Len.<br />
Ao fazer H’oponopono, pedimos á Divindade para limpar, purificar a origem dos problemas que são as memórias e assim neutralizar a energia associada a determinada pessoa, lugar ou coisa. Desta forma dentro de nós, o espaço limpo é preenchido pela luz e inspiração da Divindade.<br />
<br />
No Ho’oponopono não é importante saber o porquê do problema, quem é o culpado ou reviver o sofrimento. No momento em que sentimos desconforto em relação a alguma pessoa, lugar, acontecimento, podemos iniciar o processo de limpeza dizendo: “Divindade limpa em mim as memórias que me fazem vivenciar este problema. Sinto muito. Perdoa-me. Eu amo-te. Eu sou grata.” Nestas últimas podemos apenas destacar a que nos toca mais no momento.<br />
<br />
Sinto muito: ás vezes fazemos ou dizemos o que não queremos e o nosso subconsciente e ADN absorvem esta informação que bloqueia a energia divina. Ao dizer sinto muito, reconhecemos que algo penetrou no nosso sistema corpo/mente e queremos o perdão interior pelo o que aquilo nos trouxe.<br />
<br />
Perdoa-me: nós julgámo-nos a nós mesmos. Que a Divindade me ajude a perdoar-me a mim mesmo e libertar o amor incondicional dentro de mim. Deus não nos julga, mas nós carregámos mágoas e ressentimentos que precisam ser perdoados dentro de nós.<br />
<br />
Eu amo-te: transmuta a energia bloqueada (que é a causa do problema), e liberta o amor incondicional por mim e pela energia divina em mim e pela essência divina em tido o que me antecede e está além de mim.<br />
<br />
Sou grata: por me permitir perdoar a mim própria. Grata é energia divina em mim e por a solução já estar cá. Expressão de gratidão e fé de que tudo será resolvido para o bem maior de todos os envolvidos.<br />
<br />
Para fazer este processo, basta uma pessoa: eu. O que eu vejo de errado nos outros também está em mim, porque nós somos todos Um, portanto quando um se cura, curam-se todos. Quando eu melhoro, o mundo melhora. A questão fundamental é: estou pronta para assumir responsabilidade? Quero assumir responsabilidade ou quero continuar a ser vitima das “situações exteriores”? Bem, se quero ser feliz, nunca o serei como vítima, mas quando tomo responsabilidade todas as perspectivas mudam.<br />
<br />
Podemos pensar nestas frases ao longo de todo o dia em todas as circunstâncias que se nos apresentam e ter uma atitude mais vibrante de compreensão para tudo o que se manifesta. Embora, não seja agradável, é quando as memórias se manifestam que temos oportunidade de as limpar, caso contrário mantêm-se a minar a nossa vida e impedir a nossa paz interior e felicidade. Por isso podemos dizer “Eu amo-vos memórias! Sou grata pela oportunidade de vos libertar” e ver o que acontece no nosso interior. De certeza que a Divindade sorri em nós nesse momento.<br />
<br />
Em situações mais difíceis, também podemos fazer a Oração ensinada pela Dra. Simeona: “Divino Criador, pai, mãe, filho em um…Se eu, a minha família, os meus familiares, os meus antepassados, ofendemos a sua família, parentes e antepassados em pensamentos, palavras e acções do inicio da nossa criação até ao presente, pedimos o seu perdão….deixe isto limpar, purificar, libertar, cortar todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas e transmute estas energias indesejáveis em pura luz…assim está feito.”<br />
<br />
Todos nós compartilhámos as mesmas memórias e ao serem neutralizadas em nós, também o são nas outras pessoas. Portanto a necessidade de convencer, justificar, converter, curar o próximo são jogos mentais da Mente Consciente que quer controlar resultados. Ser 100% responsável é uma jornada difícil, porque estamos sempre á procura de um culpado e não percebemos que a origem do problema está sempre dentro de nós.<br />
<br />
O Ho’oponopono é simples, confia, entrega ao cuidado da Divindade e encontrámos a tão desejada paz no nosso interior e o Divino é perfeito no seu trabalho e depois das memórias limpas, podemos encontrar quem a Divindade criou – um ser puro de coração.<br />
<br />
<br />
texto de <i>Isabel Costa</i><br />
Naturologista e Palestrante<br />
<div>
<br />
<div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>- Oração HO’OPONOPONO - </b></div>
<br />
<br />
“Divino Criador, Pai, Mãe, Filho, todos em Um. <br />
<br />
Se eu, minha família, meus parentes e antepassados, ofendemos sua família, parentes e antepassados, em pensamentos, fatos ou ações, desde o início de nossa criação até o presente, nós pedimos o seu perdão. <br />
<br />
Deixe que isso se limpe, purifique, libere e corte todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas. <br />
<br />
Transmute essas energias indesejáveis em pura luz e assim é. <br />
<br />
Para limpar o meu subconsciente de toda carga emocional<br />
armazenada nele, digo um e outra vez, durante o meu dia, as palavras chave do HO’OPONOPONO: <br />
<br />
Eu sinto muito, Me perdoe, Eu te amo, Sou grato. <br />
<br />
Declaro-me em paz com todas as pessoas da Terra e com quem tenho dívidas pendentes. <br />
<br />
Por esse instante e em seu tempo, por tudo o que não me agrada em minha vida presente: <br />
<br />
Eu sinto muito, Me perdoe, Eu te amo, Sou grato. <br />
<br />
Eu libero todos aqueles de quem eu acredito estar recebendo danos e maus tratos, porque simplesmente me devolvem o que fiz a eles antes, em alguma vida passada: <br />
<br />
Eu sinto muito, Me perdoe, Eu te amo, Sou grato. <br />
<br />
Ainda que me seja difícil perdoar alguém, sou eu que pede perdão a esse alguém agora. Por esse instante, em todo o tempo, por tudo o que não me agrada em minha vida presente: <br />
<br />
Eu sinto muito, Me perdoe, Eu te amo, Sou grato. <br />
<br />
Por esse espaço sagrado que habito dia a dia e com o qual não me sinto confortável: <br />
<br />
Eu sinto muito, Me perdoe, Eu te amo, Sou grato. <br />
<br />
Pelas difíceis relações às quais só guardo lembranças ruins: <br />
<br />
Eu sinto muito, Me perdoe, Eu te amo, Sou grato. <br />
<br />
Por tudo o que não me agrada na minha vida presente, na minha vida passada, no meu trabalho e o que está ao meu redor, Divindade, limpa em mim o que está contribuindo para minha escassez: <br />
<br />
Eu sinto muito, Me perdoe, Eu te amo, Sou grato. <br />
<br />
Se meu corpo físico experimenta ansiedade, preocupação, culpa, medo, tristeza, dor, pronuncio e penso: “Minhas memórias, eu te amo”. <br />
<br />
Estou agradecido pela oportunidade de libertar vocês e a mim. <br />
<br />
Eu sinto muito, Me perdoe, Eu te amo, Sou grato. <br />
<br />
Neste momento, afirmo que te amo. <br />
<br />
Penso na minha saúde emocional e na de todos os meus seres amados. Te amo. <br />
<br />
Para minhas necessidades e para aprender a esperar sem ansiedade, sem medo, reconheço as minhas memórias aqui neste momento: <br />
<br />
Sinto muito, eu te amo. <br />
<br />
Minha contribuição para a cura da Terra: <br />
<br />
Amada Mãe Terra, que é quem Eu Sou: Se eu, a minha família, os meus parentes e antepassados te maltratamos com pensamentos, palavras, fatos e ações, desde o início da nossa criação até o presente, eu peço o teu perdão. <br />
<br />
Deixa que isso se limpe e purifique, libere e corte todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas. <br />
<br />
Transmute essas energias indesejáveis em pura luz e assim é.<br />
Para concluir, digo que esta oração é minha porta, minha contribuição à tua saúde emocional, que é a mesma que a minha. <br />
<br />
Então esteja bem e, na medida em que vai se curando, eu te digo que: <br />
<br />
Eu sinto muito pelas memórias de dor que compartilho com você. <br />
<br />
Te peço perdão por unir meu caminho ao seu para a cura, te agradeço por estar aqui em mim. <br />
<br />
Eu te amo por ser quem você é.“</div>
<div>
<br /></div>
<br />
<br />
Nota: Não existe uma regra para fazer a oração Ho’oponopono. Não é necessário estar em processo de meditação e você pode rezar quantas vezes quiser ao longo do dia.<br />
Muitas pessoas já realizaram coisas maravilhosas com este mantra. <br />
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/O_Z08RAjIos/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/O_Z08RAjIos?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />
<br /></div>
</div>
Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-51926313435544655912018-06-07T14:45:00.003-07:002018-06-07T15:03:37.055-07:00A Ingratidão na visão de Exu Marabô<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h4 style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://paulo-lourenco.blogspot.com/2018/06/blog-post.html" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="648" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifdpOK7iHm48CXo6sKi8g1nR3NMvT6sfg2arEhjyUcssgEd_gtUcvThr4UkSqYEd6dcTvoBj8aiQd0aVWgVNqRi89uRGuI3Jm4Q7lF8sthHBAnxRNDONuOzt8koPFl8nkMNx-xblBP9wlK/s400/marabo.png" width="323" /></a></h4>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: center;">
<h4>
<span style="font-size: large;"><b>- História verídica
contada com a permissão de Exu Marabô -</b></span></h4>
</div>
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">
<br />
Um dia em um terreiro de Umbanda, se tinha iniciado uma gira com os irmãos
guardiões da esquerda que normalmente chamamos de exus e pombagiras.<br />
<br />
Uma filha dessa casa que já á algum tempo se tinha afastado se dirige pra
consulta com Exu Marabô:<br />
<br />
- Salve meu Pai! Laroyê!</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br />
- Boa noite filha. Como vai? Faz tempo que não a vejo neste chão!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">- Sim meu
pai… não tenho tido muito tempo pró terreiro. Minha vida social estava em baixo
e sabe como é, né? Tive que socializar com o mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">- Ah, claro
que entendo sim. E o que a fez de novo voltar?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">- Sabe meu
Pai, estou precisando de ajuda…</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br />
- De novo? (gargalhadas)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">- Sim, minha
vida deu um tremendo nó. Tudo embrulhou. Estou sem namorado, fui despedida do
trabalho, e para piorar descobriram em mim um cancer iniciando… não sei o que
se passou, tudo estava indo tão bem, e de repente… (choro). Pode fazer algo pra
me ajudar meu Pai?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">- Sabe filha…
não sei se lembra, mas quando chegou pela primeira vez nesta casa, em minha
casa, você vinha um farrapo humano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Eu, com a
permissão dos Orixá e do Pai Maior, lhe abri a porta e permiti sua entrada,
pois tudo passa primeiro por mim, antes de chegar aos outros guias chefe.</span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br />
Eu, atendendo á compaixão do Pai Maior, a seu pedido de ajuda e á sua condição
na época, lhe desembarecei as teias negativas em sua vida, e lhe abri os
caminhos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br />
Isso permitiu que o Pai e Mãe da casa, e seus irmãos desenvolvessem esforços
para lhe ajudar.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br />
Você pode não saber mas seus Pais de Santo, perderam seu tempo das suas vidas preocupados
consigo, orando por si. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Gastaram
dinheiro próprio, comprando elementos necessários para realizar oferendas em
seu nome, de modo a mover energias para abrirem seus caminhos e a melhorar sua
vida, pois sabiam que você nem pra comer tinha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Seus irmãos
espirituais do chão em que você pisa, desenvolveram esforços entre todos, para
lhe ajudar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Lembra que
você nem tinha teto pra dormir? Uma casa por mais humilde que fosse surgiu pra
você.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br />
Lembra que dormia no chão pois nem mobiliário tinha? Pois seus irmãos lhe
arranjaram cama e outras mobílias pra que você se sentisse mais confortável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br />
Lembra que não tinha quase roupa nenhuma e tinha de usar a mesma repetidas
vezes? Pois seus irmãos lhe deram roupas e aconchego.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br />
Lembra que nem emprego certo tinha e quase ou nada ganhava pra sobreviver? Pois
eu lhe abri os caminhos e lhe direcionei as pessoas certas de modo a lhe
proporcionar um emprego estável e que ganhasse o suficiente pra viver.<br />
<br />
Então as portas lhe foram abertas, ajuda você teve, foi até recebida e acolhida
na corrente mediúnica da casa, e lhe dada permissão para fazer seu
desenvolvimento mediúnico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">E o que você
fez? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Depois de se
achar servida, você simplesmente abandonou a família que lhe acolheu no pior
momento da sua vida. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Você foi
ingrata, tanto para seus pais de santo, como para seus irmãos de santo, como
para todos os guias da casa e orixá.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Você deveria
ser eternamente agradecida e grata a quem lhe ajudou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">E agora vem
com esse papo furado de que precisava de melhorar sua Vida Social?... </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Mas você nem
vida social tinha antes de procurar o terreiro. Você estava prestes a se tornar
num dejeto da sociedade. Numa coisa bem pior do que já estava. Nem imagina
sequer as coisas que iria ter de passar para arranjar dinheiro pra comer…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Sabe um
ponto que tanto curimbam pra mim que diz assim: “Exu é moço branco, é faceiro no
andar, quem não paga pra Exu, Exu dá torna a tirar”?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Pois é, esse
ponto não fala somente nas promessas de oferendas e compromissos que se faz pra
que Exu dê proteção e abra os caminhos de quem pede e faz por merecer. Esse
ponto fala também da Gratidão, de saber ser grato e reconhecido a quem lhe
ajudou. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Então minha
filha, isso que está passando agora, é uma reação á sua ação.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br />
Isso só vai passar, quando você entender tudo o que eu falei, e colocar isso no
interior do seu ser, do seu coração. Quando você tiver mais consideração pelos
seus pais de santo, pelos seus irmãos de santo e pelos guias e orixá. Quanto
for de verdade uma pessoa grata com os outros e com a vida. Então ai, eu vou
poder de novo lhe ajudar. </span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Mas não esqueço o que você um dia fez, e só quando me
provar que se tornou um ser melhor, é que estarei do seu lado, caso contrário…
estarei contra. Eu e todos que militam na esquerda.<br />
<br />
<br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<br /></div>
Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-45573405312641558032014-08-17T11:42:00.000-07:002014-08-18T00:49:11.175-07:00"Se ele é Caboclo, ele mora nas matas"<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: center;">
</div>
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0F2W2AzsnWEDBvD4nXfDdT6wtgysXrWzqIV_dWh-TGw39apLz6hJdyDMoEEcJ3mBAPj4t6XtgmYpyYoQ4CScRQOJ_3lYzRigo3YPJUUZQ1pnCvTPcOL7DHNF5N_QKwMn1LC3O8akEDI9y/s1600/483967_2319834333458_2012663013_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0F2W2AzsnWEDBvD4nXfDdT6wtgysXrWzqIV_dWh-TGw39apLz6hJdyDMoEEcJ3mBAPj4t6XtgmYpyYoQ4CScRQOJ_3lYzRigo3YPJUUZQ1pnCvTPcOL7DHNF5N_QKwMn1LC3O8akEDI9y/s1600/483967_2319834333458_2012663013_n.jpg" height="265" width="400" /></a></div>
<br />
Ponto cantado para a linha dos Caboclos, criado por mim em 3 de Março deste ano (2014), para ser usado no Templo Arani em dias de ritual de Caboclos.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
Salve os Caboclos! </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Okê Caboclo!</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"> "Se ele é Caboclo, ele mora nas matas"</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
Se ele é Caboclo ele mora nas matas,</div>
<div style="text-align: center;">
Faz a justiça com a machada de Xangô,</div>
<div style="text-align: center;">
Para caçar pega a flecha de Oxossi,</div>
<div style="text-align: center;">
Abre caminho com a espada de Ogum,</div>
<div style="text-align: center;">
(2x)</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Pisa Caboclo,</div>
<div style="text-align: center;">
Dança no Congá,</div>
<div style="text-align: center;">
Pisa nesta terra,</div>
<div style="text-align: center;">
Com a bandeira de Oxalá.</div>
<div style="text-align: center;">
(2x)</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'times new roman';"><i>Almada, 3 de Março de 2014 © Paulo Lourenço “Ramiro de Kali”</i></span><br />
<span style="font-family: 'times new roman';"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: 'times new roman';"><i><br /></i></span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/NlINEtBxiqo" width="420"></iframe><br /></div>
</div>
Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-38741752902068797232013-03-01T02:39:00.000-08:002013-03-01T02:42:57.841-08:00Lei do Retorno - Lei da Consequência<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://paulo-lourenco.blogspot.pt/2013/03/lei-do-retorno-lei-da-consequencia.html" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="262" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx-njae9V2qzvuhYcsRVPpiQArgYqQ9Uvtiskl_oEohgHufeQMTPLlwQZ6LjojZgVC_yPeh0ZQI1w3Ur3r9Ncaqr27XaDfJX1BETskCgA9hdLN-b0vO06dL15uIjIja-qUCfkI1NOdV0jN/s400/a%C3%A7ao-rea%C3%A7ao.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Lei do Retorno - Lei da Consequência</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small; text-align: start;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small; text-align: start;">(texto de autor desconhecido)</span></div>
<br />
"Esta é uma Lei muito conhecida e de aplicação universal, irmã gémea da Lei do Renascimento. A Lei da Consequência toma diferentes nomes, segundo a sua aplicação. Na física, por exemplo, é chamada de "O Princípio de Newton" ou "lei de acção e reacção", assim enunciada: "uma força não pode exercer uma acção, sem, no mesmo instante, gerar uma reacção igual e directamente oposta", ou, por outras palavras, "toda causa gera um efeito correspondente".<br />
<br />
Existem, pois, causas e efeitos. A causa é primária; o efeito é secundário. Só pode manifestar-se o efeito, se as causas entrarem em acção. Isto dá-se em tudo, por exemplo, no dar e receber. Dar é a acção; receber, a reacção inevitável. Tudo que recebemos, em quantidade e qualidade, está condicionado ao que dermos, porque o efeito ou reacção de receber pressupõe uma causa, uma acção: o dar. Lucas o Apóstolo, expressa-o muito bem: "Dai e dar-se-vos-á". (6:38).<br />
<br />
Inúmeros outros exemplos da aplicação dessa lei universal encontram-se, na Bíblia: "o que o homem semear, isso mesmo colherá" (Gál. 6:7): "Procura primeiramente o reino de Deus e Sua Justiça e tudo o mais te será dado por acréscimo"; "Batei e abrir-se-vos-á"; "Pedi e dar-se-vos-á"; "Procurai e achareis".<br />
<br />
É evidente. Acaso não sofremos perturbação digestiva se comemos demais?<br />
<br />
O conhecimento e meditação desta Lei ensejam a tomada de consciência de todas as falhas e suscitam o propósito de nos esforçarmos para corrigi-las. Demais, passamos a compreender que somos os formadores do nosso destino e, portanto, assumimos consciente e progressivamente a responsabilidade dos nossos actos, deixando atrás a ideia de um Deus vingativo e a de atribuir aos outros, como fazíamos frequentemente, a causa dos nossos males e insucessos. Mostraremos adiante como efectuar eficazmente esse nobre esforço de regeneração, a fim de, no dizer de Paulo apóstolo, "ressuscitarmos da corrupção para a incorrupção, da ignomínia para a glória; do corpo animal para o corpo espiritual, de vez que o último Adão será feito em espírito vivificante" (1 Cor. 15:42/45). Realmente, é preciso "que nos despojemos do homem velho e nos revistamos do homem novo, em novidade de espírito" (Paulo aos Efésios 4:22/24).<br />
<br />
DEUS E AS LEIS DO UNIVERSO<br />
<br />
Dizemos que a natureza é o símbolo visível de Deus. É verdade. Ele criou o Universo e o sustenta na sua evolução, através de leis e de Auxiliares. Uma dessas leis é a da Atracção ou da Consequência.<br />
<br />
Alguém poderia inquirir: Por que Deus permite sofrermos as consequências dos nossos erros? Isso não é um castigo? Se Deus é amor, deveria ter melhores meios.<br />
<br />
Respondemos: Há melhores meios que a dor, para quem deseja viver rectamente. A estes é que dedicamos este trabalho. A dor é inevitável apenas para os que continuam a usar mal a liberdade. O livre arbítrio é um sagrado direito individual, e Deus, como Pai e pedagogo incomparável, sabe que precisamos de aprender a usá-lo, para um dia exercermos os deveres e direitos de cidadãos espirituais. Não podemos atingir a virtude, que segue o bem, embora também conhecendo o mal, senão pela experiência e o conhecimento aplicado, consoante as leis do Universo de que fazemos parte, Deus não quer títãs, senão futuros criadores conscientes.<br />
<br />
Finalmente lembramos que, assim como a sensibilidade e a dor nos fazem retirar instantaneamente a mão que por descuido pusemos no fogo, para que não se queime demasiado e não nos faça sofrer, assim também, os efeitos dolorosos resultantes de nossos actos erróneos, previnem-nos em tempo, de prejuízos maiores, e até da ruína total, que seria inevitável aos que desenfreadamente se entregam a práticas inferiores.<br />
<br />
O INDIVIDUO E A LEI DA CONSEQUÊNCIA<br />
<br />
Durante a vida terrestre o ser humano estabelece relações com numerosas pessoas relações essas, que podem ser harmoniosas ou desarmoniosas. Como a morte não liquida os erros, do mesmo modo que um homem endividado não se liberta das suas dívidas pelo facto de mudar-se para outra cidade, a Harmonia Universal exige um ajuste de contas. No caso de dois inimigos, renascerão juntos, talvez na mesma família, como pai, filho ou irmão, para, na convivência e nos laços de sangue chegarem a converter o antigo ódio em amor, conforme o propósito de Deus.<br />
<br />
O destino gerado pela Lei da Consequência é complexo, porque o destino de uma pessoa associa-se ao de outras pessoas que muitas vezes não podem renascer na mesma época ou o fazem em lugares distantes, tornando impossível o cumprimento do ajuste numa só vida. Doutro lado, pode suceder que seja tanto o destino gerado, que não tenhamos forças para redimi-lo numa só vida. Em tal caso, dando Deus o fardo conforme as forças, temos de resgatar as dívidas, por assim dizer, "a prestação".<br />
<br />
Como é óbvio, o bem se inclui também na Lei da Consequência ou do Retorno.<br />
<br />
Assim, a nossa vida actual é, em parte, resultado das anteriores, ficando uma margem variável, ao livre arbítrio. Quanto mais comprometidos estamos com o passado, tanto menos livre arbítrio, e vice-versa. A nossa vida é como um quadro de luz e sombras, uma mescla de tristezas e alegrias, uma sinfonia ainda cheia de dissonâncias. Se queremos alcançar a felicidade futura, é importante não assumirmos novos e pesados encargos e ao mesmo tempo nos aplicarmos diligentemente a um bem orientado esforço da regeneração.<br />
<br />
Este último ponto é particularmente endereçado às enfermidades de todo género. Os Rosacruzes consideram a saúde sob um ângulo muito vasto, mental, emocional e fisicamente, posto que o homem é um ser complexo e deve ser encarado nos diversos aspectos. Há uma mútua influência de um corpo sobre o outro. Deste modo, pela reforma global e harmoniosa dos hábitos, exposta na Filosofia Rosacruz, o indivíduo torna-se um auto-curador e habilita-se a orientar os demais na eliminação das causas dos seus sofrimentos. Todos sabemos disto. Os que não estão internamente preparados para enfrentar a vida moderna abreviam as suas existências e sofrem os efeitos do seu nervosismo, angústias, preocupações e insatisfações, com as úlceras gástricas, diabetes, esclerose, enfartes e outros males comuns dos nossos dias.<br />
<br />
SÃO OS PAIS CULPADOS DAS ANORMALIDADES DOS FILHOS?<br />
<br />
Não. Os pais são meros instrumentos. Pais e filhos são previamente relacionados para cumprimento mútuo do destino. É incontestável, à luz da ciência, que um pai sifilítico muitas vezes gera um anormal e terá de responder por esse acto de irresponsabilidade. Mas, se uma criança chega a nascer nessas circunstâncias, há uma razão do destino, gerada em vida anterior. Embora pareça desumano, é muitas vezes pela dor que um espírito, aprisionado num corpo doente ou demente aprende as suas lições, a fim de retornar ao recto caminho, evitando a sua ruína total (Mateus 5:29 e 30).<br />
<br />
Baseados nos conhecimentos ocultos, consideramos a eutanásia e a pena de morte altamente prejudiciais porque simplesmente adiam a lição que o espírito deve aprender.<br />
<br />
A lei de hereditariedade age apenas no aspecto físico do homem; não lhe afecta o moral e o mental. Um demente toma um cérebro (físico) doentio do pai, mas não a mente. A Lei de Atracção muitas vezes associa pais e filhos de caracteres e tendências afins. Não é propriamente lei de hereditariedade. É tanto assim que o filho do génio raramente é génio. Dos vinte e um filhos de Johann Sebastian Bach, quem lhe alcançou a estatura musical? E após, quase 300 anos, que descendente o conseguiu? Nenhum, porque sua genialidade, como a de outros (Edison, Mozart etc.), é resultado de mérito individual, como espírito evolucionante mais aplicado.<br />
<br />
O GÉNIO E O HOMEM COMUM FACE À LEI DA CONSEQUÊNCIA<br />
<br />
O homem ou mulher geniais são almas avançadas que se aplicam e progrediram mais na escola do mundo, em vidas anteriores. É o que sucede a certos alunos, no decorrer da carreira escolar. O nível do Génio será atingido no futuro, pela média da humanidade. O que agora falta, física, moral ou mentalmente, pode ser adquirido num futuro próximo ou remoto, desde que haja o desejo e esforço no sentido da conquista da faculdade ambicionada. De nada vale, pois lamentar a sua falta agora ou buscar alcançá-la ilicitamente, porque, contrariando a lei natural, estamos demonstrando ignorância e retardando dolorosamente o nosso objectivo. A questão é definir-se e trabalhar, começando AQUI e AGORA. Somos os construtores do passado e do futuro. Quando Mozart dava concertos e compunha, na idade de quatro anos, revelava simplesmente faculdades conquistadas em vidas passadas, por esforço. Todas as chamadas facilidades e tendências têm a mesma explicação. Quem inicia agora tem que se aplicar mais, porém, chegará um dia a idêntico resultado. É preciso meditar na lógica desta questão, porque hoje vivemos impacientes e imediatistas, em tudo pretendendo resultados rápidos. Sabe-se que, realizando-se um decidido e perseverante esforço, atingimos mais rapidamente a meta, mas, pelo que se observa, os impacientes e imediatistas de hoje não parecem dispostos a tanto. Infantilmente, julgam que "mestres" externos possam produzir esse milagre dentro deles. Ilusão. As Leis de Consequência e renascimento expõem racionalmente as causas das desigualdades e aparentes injustiças deste mundo, em harmonia com a concepção de um Deus amoroso e justo, conforme explicava o Cristo. No Universo não existe recompensa nem castigo, nem sorte nem azar: tudo é resultado do bom ou do mau uso do livre arbítrio, accionando a invariável Lei, que nalgum dia, nalgum lugar, restabelece as novas condições, em méritos e deméritos, exigindo mais daquele a quem mais deu, dando mais ao que mais bem administrou os talentos espirituais e tirando o pouco que deu, ao que deles não fez uso. Assim é mantido o equilíbrio cósmico, onde o menor acto tenha produzido alteração.<br />
<br />
A LEI DA CONSEQUÊNCIA E A ASTROLOGIA OCULTA<br />
<br />
Com razão a maioria das pessoas desilude-se hoje da Astrologia: porque confundem a astrologia mundana com a Astrologia oculta, que permanece imaculada e útil, nas mãos de quem não a prostitui por dinheiro ou fama. Foi por ela que os chamados Reis Magos previram nos céus o nascimento de Jesus.<br />
<br />
Conforme essa sagrada ciência, um ser renasce neste mundo, no momento exacto em que, no céu, a posição dos Astros, em relação à Terra, reuna as influências e tendências correspondentes ao carácter que ele deve ter nessa vida. Note-se, entretanto, que são apenas tendências, pois os astros "impelem" mas não obrigam. Ninguém, absolutamente ninguém está destinado a errar.<br />
<br />
Depois do renascimento de um Ego determinado, sabemos que os astros continuam em sua órbita, formando, uns com os outros, a intervalos, novos aspectos ou configurações. Desse modo vão agindo sobre a aura individual, com tendências várias, a fim de propiciar oportunidades de crescimento anímico e marcando, qual um relógio, as ocasiões em que ele defrontará certas experiências. Se as aproveita, fica-lhe acrescida a virtude; se desperdiça uma boa oportunidade ou cai numa tentação, novas e mais duras experiências continuarão a assediá-lo, até que alcance o pleno domínio de si mesmo. Na medida em que ele aprende a equilibrar-se, vai se libertando de todas as influências, quer das exteriores, quer das interiores, de sua personalidade.<br />
<br />
A LEI DA CONSEQUÊNCIA E O DESTINO COLECTIVO<br />
<br />
Assim como a responsabilidade individual, ante a Lei da Consequência, traz a cada indivíduo o justo resultado das suas obras, boas ou más, assim também uma responsabilidade colectiva, grupal ou nacional, atrai os espíritos participantes para colher em conjunto o que em conjunto efectuaram. Podem produzir-se, por essa causa, perseguições, carências, inundações, terremotos, quedas de aviões e outros acidentes colectivos, assim como, no lado benéfico, a formação de jazidas (petróleo, carvão, minérios, condições geográficas e climáticas favoráveis etc., no lugar onde renasçam.<br />
<br />
CRISTO-JESUS E A LEI DA CONSEQUÊNCIA<br />
<br />
No esforço de regeneração que o conhecimento da Lei da Consequência nos impõe, não estamos sozinhos na luta: Cristo-Jesus nos está ajudando.<br />
<br />
Mui apropriadamente dizem os Evangelhos que "Deus amou de tal maneira o mundo que lhe enviou o Seu Filho Unigénito para salvá-lo". É uma realidade comprovada pelos Rosacruzes, nos planos internos. Por sua Missão no Gólgota e retorno anual à Terra, Cristo nos infunde Sua Vida, Amor e Luz, suscitando em cada homem e mulher o sentimento de altruísmo e de entendimento. Este assunto, cuja compreensão reputamos vital em nossos dias, está muito bem exposto em "O Conceito Rosacruz do Cosmos", de Max Heindel, ao qual remetemos o leitor.<br />
<br />
A EVOLUÇÃO RELIGIOSA E A LEI DA CONSEQUÊNCIA<br />
<br />
Segundo o desenvolvimento de cada indivíduo ou agrupamento humano e as necessidades de cada estágio evolutivo, as Inteligências Superiores têm dado, por intermédio dos seus Profetas e Escolhidos, os meios adequados de evolução. Renascemos sempre no tempo e no lugar requeridos por nossas necessidades.<br />
<br />
Deu-se assim a evolução religiosa.<br />
<br />
O Supremo Arquitecto é Omnisciente. Ele não daria a um povo uma religião cujos ideais não pudesse compreender e os meios que não pudesse executar. Dentro da Lei de Consequência, Deus nos provê conforme as novas necessidades suscitadas por nossa evolução.<br />
<br />
Nos primeiros passos da consciência humana (e com as tribos selvagens actuais) foi ensinado que Deus era um Ser terrível, vingativo e mau, que retribuía com pragas, fome e terremotos, às transgressões dos homens. Só um tal Deus poderia ser respeitado. Num segundo estágio (o dos antigos judeus), Deus já amenizou sua ira. Embora continuasse a castigar "olho por olho e dente por dente", já recompensava os bons actos, pela multiplicação dos rebanhos e abundância das colheitas. Os homens sacrificavam cordeiros e bezerros pelos seus pecados, porque não estavam preparados para fazer de si um sacrifício a Deus, pelo domínio de sua natureza inferior. Num terceiro estágio (o do Cristianismo popular, até agora vigente, com pequenas actualizações), foi o Cristo sacrificado pelo mundo e nunca mais se sacrificaram animais; cada homem deve buscar a sua salvação e, embora Deus ainda "castigue" (temor) já se ofereceu a recompensa futura de um céu aos que agissem bem. A natureza humana é ainda muito egoísta. Age por interesse de alcançar o céu e quando faz a promessa de um sacrifício, condiciona-a ao prévio recebimento da graça desejada. O quarto estágio está sendo pregado e realizado pelos Aspirantes Rosacruzes, pelos seguidores do Cristianismo Esotérico, a religião do futuro. Nela o indivíduo evolui pelo entendimento e pelo amor, fazendo de si um sacrifício vivo no altar da humanidade. Renuncia à natureza inferior, não por medo de castigo, nem de inferno. Age bem, não para ganhar o céu, mas porque reconhece que nisso está uma lei natural. É virtuoso porque conhece o bem e o mal e segue o bem, como sinónimo de Deus e da expressão do Criador em Si.<br />
<br />
Compreendemos estas etapas todas, ainda nos dias actuais. Por isso respeitamos todas as crenças e convicções.<br />
<br />
A LEI DA CONSEQUÊNCIA, O INFERNO E O PURGATÓRIO<br />
<br />
A palavra inferno significa "o mais inferior" e simboliza o baixo estado de consciência em que vive o transgressor, seja na terra ou após a morte. O "fogo eterno" não existe. O vocábulo eterno é má tradução. A palavra original tem raiz grega: AIONIAN; quer dizer "um período indeterminado de tempo". Não tem o sentido que lhe deram, de interminável, de eterno.<br />
<br />
O único fato comprovado por todos os iniciados, é este: no estado "post-mortem" o Ego vai à região inferior do Mundo dos Desejos e lá os registros de suas acções erróneas provocam reacção da força de repulsão, sofrendo por tempo e intensidade variáveis, efeitos dolorosos e purificadores.<br />
<br />
É o que podemos chamar de purgatório, porque nos livra da matéria mais inferior, a fim de podermos subir aos planos superiores, onde assimilamos, depois, o bem realizado. O tempo e intensidade do processo purgatorial são proporcionais à quantidade de erros e da gravidade dos mesmos. De maneira geral, são três vezes mais dolorosos que os sofrimentos provocados e inversamente três vezes mais curtos.<br />
<br />
A acção da Lei da Consequência, através da força de repulsão, actuante nos planos inferiores da natureza, é como um fogo depurador. Não o dizemos para inspirar medo, mas para evidenciar a realidade de que todos colhemos os frutos de nossa sementeira. No processo purgatorial, a dor desenvolve a CONSCIÊNCIA, essa voz interna que nos permite discernir entre o bem e o mal. Quando, na próxima vida, pela força do hábito, nos vemos tentados a repetir o erro, a consciência nos adverte. Se vencemos a tentação, crescemos em virtude; se caímos novamente, novas e mais fortes reacções virão, até que o hábito se modifique.<br />
<br />
Como estudiosos da Bíblia, os Aspirantes rosacruzes interpretam racionalmente as expressões: purgatório, inferno, geena, fogo eterno, ira de Deus, e outras, como sinónimas do efeito negativo da Lei da Consequência. Assim, eles compreendem que, tanto os efeitos dolorosos como as facilidades que se oferecem na vida individual e nas colectividades, através dos tempos, são o justo resultado do uso da liberdade. Em tal sentido, o que chamam ou parece um mal, é um bem em gestação. E viver de acordo com as leis divinas, é o conhecimento aplicado, usando essas forças, amorosa e desinteressadamente, ao serviço dos demais.<br />
<br />
LEI DA CONSEQUÊNCIA E O PERDÃO DOS PECADOS<br />
<br />
O perdão dos pecados, ou purificação, é uma realidade, desde o advento de Cristo. Quem estiver interessado no aprofundamento do assunto, no sincero propósito de regeneração, poderá fazê-lo em "O Conceito Rosacruz do Cosmos", de Max Heindel.<br />
<br />
O perdão dos pecados consiste na possibilidade concedida a cada ser, não importa quão pecaminoso seja, de modificar ou apagar em seu interior o registro das más acções, para o restabelecimento da paz interna indispensável à felicidade. Com isto realiza um progresso muito grande e rápido, caminho à libertação e que, pelo viver comum, levaria muitas vidas a efectuar.<br />
<br />
O perdão dos pecados concilia-se perfeitamente com a Lei da Consequência, posto que o homem, sendo o construtor de seu destino, tem outrossim, o poder e oportunidade para mudá-lo. Melhor dizendo, o que o homem faz, pode também desfazer. E quando se trata de erro, essa possibilidade se transforma num dever de consciência.<br />
<br />
Dizer que o homem não pode fugir da acção da Lei da Consequência é um erro. Pode e deve. Há muitos ocidentais que abraçam doutrinas orientais, julgando-as mais lógicas do que o Cristianismo popular, de vez que ensinam as Leis do Renascimento e o Karma (Lei da Consequência). De facto o Cristianismo Popular não expõe explicitamente essas leis, embora elas estejam bem claras na Bíblia. Essa omissão estava prevista na evolução do Ocidente, onde os indivíduos tinham de concentrar-se na matéria para dela extrair todas as experiências necessárias à sua evolução material. A Fraternidade Rosacruz, promulgando os ensinamentos do Cristianismo Esotérico, faz ressurgir claramente essas leis da sabedoria antiga, conciliando-as com o perdão dos pecados a fim de dar aos ocidentais a mais actualizada orientação evolutiva.<br />
<br />
As doutrinas orientais tendem ao fatalismo, porque não incluem normalmente a prerrogativa de modificarmos e até anularmos as causas geradoras de um destino doloroso, reduzindo seus seguidores a escravos do passado e tirando a muitos esforçados a possibilidade de caminhar mais depressa O conhecimento do Karma e do Renascimento, sem a lei do Perdão dos Pecados, pode tornar-se, desse modo, mais prejudicial do que se as ignorássemos.<br />
<br />
O perdão dos pecados (ou purificação interna), pode ser obtido pelos seguintes meios:<br />
<br />
1. Reparação Directa - Desfazendo os prejuízos físicos ou morais causados a outrem, pessoal e integralmente.<br />
<br />
2. Reparação Indirecta - Pela oração, exercício retrospectivo nocturno e prática do bem.<br />
<br />
Ninguém é perfeito. Não há homem inteiramente bom nem inteiramente mau. Como Aspirantes cristãos, embora nos esforcemos sinceramente, muitas vezes transgredimos as leis de Deus. Sob um impulso emocional, calcando em vícios de origem, dizemos ou fazemos coisas de que, depois, nos arrependemos amargamente. Muitas vezes somos levados a isso por incitação de injustiças, mas, pensando bem, o erro dos outros não justifica o nosso. Ao contrário, esses são os momentos que nos ensejam exercitar o equilíbrio e domínio próprio. Se caímos, pelo menos devemos ter a coragem de nos sobrepor ao amor próprio e conseguir uma solução cristã, enquanto é tempo. (Mat. 5:22/25). E quando um Amigo incorre nessa falha tão frequente, ajudemo-lo à conciliação com o desafecto (Mat. 5:9).<br />
<br />
Se já passou a oportunidade, que faremos? O desafecto morreu ou mudou-se para longe ou ficou tão magoado com a injustiça que não quer conciliação? Temos outro recurso, enquanto estamos no caminho, ou seja, neste mundo: é a reparação indirecta. Temos de cumprir nossa parte, a fim de limpar no íntimo o que possa gerar reacção futura desagradável. A prece verdadeira, sincera, sentida, tem o poder de elevar nossa súplica e arrependimento ao próprio trono de Deus, atraindo Sua ajuda e desfazendo em nosso interior, não a memória mas o que nela existe de inferior. Pela oração muitos irmãos nossos conseguiram atrair os desafectos e reconciliar-se com eles, numa amizade mais afectiva que antes. Orar pelos que ofendemos ou pelos quais fomos ofendidos, é não só agir com sabedoria e amor verdadeiros, como também "amar os nossos inimigos". Mas cuidemos bem de não guardar inconscientemente nenhum elo de mágoa ou ressentimento. Isso nos tornaria carcereiros do desafecto porque na realidade não o libertamos: a limpeza não se efectiva em nosso íntimo. E, como a intenção sem actos é incompleta (Tiago 2:14/18) é preciso completar o arrependimento e o perdão com a prática do bem, no amplo sentido cristão, esse bem que todos podem fazer, pela dádiva de si mesmos aos outros na orientação cristã, no incentivo, no conforto moral e material, na tolerância, na visita a enfermos, com propósito amoroso e esclarecido, espontâneo e discreto (Mat. 6:3).<br />
<br />
A isto devemos juntar ainda o exercício nocturno de retrospecção. É feito ao deitarmo-nos. Relaxamos o corpo e, com a mente activa, vamos recordando, em ordem inversa, cada acto do dia, começando pelos da noite, para trás, passando aos da tarde, depois aos do meio dia e aos da manhã, buscando ver, imparcialmente, se fomos justos no que pensamos e sentimos em cada acto. Arrependemo-nos sinceramente do que fizemos de mal e regozijamo-nos no que de bem realizamos. Este exercício, tão singelo, quão eficiente, é minuciosamente explicado em "O Conceito Rosacruz do Cosmos", já citado. Constitui o mais poderoso meio de purificação do homem, quando realizado sinceramente e na prática da vida demonstramos o firme propósito de correcção. Aliado, pois, ao domínio de si mesmo, à oração e à prática do bem, discreto e altruísta, transforma o homem ou a mulher, paulatina e imperceptivelmente de tal modo, que, ele ou ela, chegam a admirar-se, tempos depois, da enorme transformação e paz decorrente, no seu interior."<br />
<div>
<br /></div>
<div>
<span style="font-size: x-small;">(texto de autor desconhecido)</span></div>
</div>
Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-76052868326090622252013-01-11T17:14:00.001-08:002013-01-17T16:35:40.325-08:00Instrumentos usados nas culturas e religiões afro-brasileiras<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikZ1VPsPovXsz5RZcDrAHit2bTmzv-eEZN3NF24qFaR9v_AcRtefHB4ntAVrgMQ9K185HkpMQvwgrRnMa8r0g92X1IqPBj7E66Iqc1YI3N-JfaIYLdRH6HqOx1fsM4umZboRrjm1SCeT9t/s1600/tambores+192.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikZ1VPsPovXsz5RZcDrAHit2bTmzv-eEZN3NF24qFaR9v_AcRtefHB4ntAVrgMQ9K185HkpMQvwgrRnMa8r0g92X1IqPBj7E66Iqc1YI3N-JfaIYLdRH6HqOx1fsM4umZboRrjm1SCeT9t/s400/tambores+192.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Instrumentos usados nas culturas e religiões afro-brasileiras</span></b></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
A contribuição da religião dos escravos africanos é muito forte no Brasil. Nos primeiros séculos de formação do nosso país, os africanos não tinham liberdade para praticar sua religião, pois as crenças africanas eram alvo de preconceito. Por isso, os escravos passaram a praticar a religião católica, mas associavam os santos do catolicismo aos deuses africanos.<br />
<br />
Com isso, muitos escravos não adotaram de fato a religião de seus donos, apenas disfarçavam seus deuses sob a forma dos santos católicos. Assim, encontraram uma forma de continuar a praticar sua religião. Ao longo do tempo, as autoridades ora reprimiam ora toleravam os cultos africanos.<br />
<br />
<div>
Outras manifestações culturais africanas, como o samba e o lundu, também foram alvos de vigilância e repressão pelas autoridades.</div>
<div>
Enquanto trabalhavam, os escravos entoavam cantos. No campo, a música os ajudava a manter um ritmo de trabalho. Nas cidades, os escravos entoavam “chamadas” para anunciar os seus produtos, que eram cantadas tanto na sua língua de origem como em português. Quando se reuniam em grupo, nos raros momentos de descanso, também cantavam e dançavam.<br />
<br />
Na falta de instrumentos musicais, improvisavam com o que tinham à mão. Para isso, usavam seus próprios objetos de trabalho e deles tiravam sons para acompanhar a cantoria. Havia também escravos que tocavam em orquestras ou que cantavam nos coros das igrejas.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div>
O samba, que entre os quiocos significa brincar, o calango e o lundu são manifestações musicais dos africanos que contribuíram para a música brasileira.<br />
Alguns instrumentos musicais, como a cuíca ou puíta, o berimbau e o ganzá, também foram heranças culturais dos africanos.<br />
<br />
<br />
Alguns instrumentos usados nas culturas e religiões afro-brasileiras:<br />
<br />
<br />
<b>Adjá:</b></div>
<div>
<br /></div>
<div>
O adjá é um instrumento folclórico afro-brasileiro, idiofone, espécie de campainha de metal, simples ou dupla, também conhecido por campa ou sineta. Tem a função de invocar os orixás, chamar os crentes para o ritual de “dar comida” ao santo, ou para reverenciá-lo, além de acompanhar as danças e os toques de atabaque.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE2r7Um-pPAfG600H8j1aH7J2KqA-5K4zvW3J0ofOkftUzRl9iVmZBV0DWKNqTfEn0JYji6wRRIWfsbKPEonsIv6VqyZQWv9aKRzDWD27DGhNQt99C4_vR51AeFxp53dhgHFL-yZkeSSws/s1600/adj%C3%A1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE2r7Um-pPAfG600H8j1aH7J2KqA-5K4zvW3J0ofOkftUzRl9iVmZBV0DWKNqTfEn0JYji6wRRIWfsbKPEonsIv6VqyZQWv9aKRzDWD27DGhNQt99C4_vR51AeFxp53dhgHFL-yZkeSSws/s320/adj%C3%A1.png" width="320" /></a></div>
<div>
<br />
<br />
<b>Agogô:</b></div>
<div>
<b><br /></b>O Agogô é um instrumento musical formado por dois cones metálicos unidos por um arco também de metal. É outro instrumento muito presente na cultura afro-brasileira. Sua entrada no Brasil aconteceu com a chegada dos negros africanos. Inclusive o vocábulo agogô é de origem nagô e significa sino. Presente em diversas danças e ritmos da cultura popular, sua maior participação é muito comum no samba e nos terreiros, nas cerimônias religiosas afro-brasileiras.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDKorSDjjCLkP0dOciY2J8ivgEa3X4tgGAJOYtq7mtPVpOOwYVjY7ZnzGmR_SoPfwh6DdBfpTaOjeuCr5qF61H0Au-HO1PbvYNOO-updUcTsR8XqQSiYx1_58cZN7JFD2ff-ZyqOKQfon3/s1600/agogo.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDKorSDjjCLkP0dOciY2J8ivgEa3X4tgGAJOYtq7mtPVpOOwYVjY7ZnzGmR_SoPfwh6DdBfpTaOjeuCr5qF61H0Au-HO1PbvYNOO-updUcTsR8XqQSiYx1_58cZN7JFD2ff-ZyqOKQfon3/s320/agogo.png" width="320" /></a><br />
<br />
<br />
<b>Afoxé:</b></div>
<div>
<br />
Afoxé é um instrumento musical composto de uma cabaça pequena redonda, recoberta com uma rede de bolinhas de plástico. </div>
<div>
<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje2AYBUP-pxmpdlDcnx2U99wCCKacvht7GoovasmAPHq9T-NwgaJfUR92LJv3HkIBK63NJ6fMGdCTUGp5CvS5a2ZrZaiv6r5wc2YaXYP2YZmBwCZvau-Fe17JYNXsGEkIfBKK2yP7Rf2HS/s1600/afoxe.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje2AYBUP-pxmpdlDcnx2U99wCCKacvht7GoovasmAPHq9T-NwgaJfUR92LJv3HkIBK63NJ6fMGdCTUGp5CvS5a2ZrZaiv6r5wc2YaXYP2YZmBwCZvau-Fe17JYNXsGEkIfBKK2yP7Rf2HS/s320/afoxe.png" width="320" /></a><br />
<br />
<br />
<b>Atabaque:</b><br />
<br />
Atabaque é um instrumento musical de percussão. Constitui-se de um tambor cilíndrico ou ligeiramente cônico, com uma das bocas cobertas de couro de boi , veado ou bode. É tocado com as mãos, com duas baquetas, ou por vezes com uma mão e uma baqueta, dependendo do ritmo e do tambor que está sendo tocado.<br />
<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIdQeAKl847wlyVP6Ru7UG95rGzo9NbiMAKubBAfylq4ioNWAp0ucC4o62NN037eGcCn5p7B_AawxeG5FgrYjGKW9lfV4a3MwSFGGdSoYrXH3PohQFfy1Pu57DzSgrqrZZid2HyNDO7_x3/s1600/atabaque.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIdQeAKl847wlyVP6Ru7UG95rGzo9NbiMAKubBAfylq4ioNWAp0ucC4o62NN037eGcCn5p7B_AawxeG5FgrYjGKW9lfV4a3MwSFGGdSoYrXH3PohQFfy1Pu57DzSgrqrZZid2HyNDO7_x3/s320/atabaque.png" width="320" /></a><br />
<br />
<br />
<b>Djembé:</b><br />
<br />
O Djembe é construído com uma pele única de animal - hoje normalmente de cabra, embora os originais fossem feitos a partir de pele de antílope. Alguns djembes industriais são feitos de fibra e com peles sintéticas, ganhando em termos de durabilidade e perdendo, naturalmente, em termos de riqueza de som.<br />
No Senegal e no Mali. “Djem” se refere à árvore de onde sai à madeira para fazer o corpo do instrumento, e “be” significa cabra; onde a pele do animal serve como a superfície do djembe.<br />
<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnmMPQeMyAiOrkrRMvtOgrMRSluasYOt2_s01_fWjsF5LPj739yQahLmVdO78P-SkKhtTpRJkHjutzJrMNkFTYjsedDHF0rf7ydha04zlO3421_zVv_L8vDJ672xjJITwPvF65zP3lfz7Y/s1600/djambe.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnmMPQeMyAiOrkrRMvtOgrMRSluasYOt2_s01_fWjsF5LPj739yQahLmVdO78P-SkKhtTpRJkHjutzJrMNkFTYjsedDHF0rf7ydha04zlO3421_zVv_L8vDJ672xjJITwPvF65zP3lfz7Y/s320/djambe.png" width="320" /></a><br />
<br />
<br />
<b>Berimbau:</b><br />
<br />
Arco de madeira retesado por corda de arame, com uma cabaça aberta presa à parte inferior externa do arco, tocado com uma vareta de madeira e com o dobrão (peça de metal), com acompanhamento do caxixi.<br />
<br />
<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlPklg2c8R8QKgnLvAV7rbTzWODFisoLerUmp1E14txHU-45phNanHQKJmeKtIuHV1bXNNWSx6nmz-9RWWdKkqy4yyLJWIB2cSgzstpAKZC99TxsMV60gJ-1Z7BBiEeVM2EpfcDJrLP4RA/s1600/berimbau.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlPklg2c8R8QKgnLvAV7rbTzWODFisoLerUmp1E14txHU-45phNanHQKJmeKtIuHV1bXNNWSx6nmz-9RWWdKkqy4yyLJWIB2cSgzstpAKZC99TxsMV60gJ-1Z7BBiEeVM2EpfcDJrLP4RA/s320/berimbau.png" width="320" /></a><br />
<br />
<br />
<br />
<b>Caxixi: </b></div>
<br />O caxixi é um chocalho feito de palha trançada com a base de cabaça, cortada em forma circular e a parte superior recta, terminando com uma alça da mesma palha, para se apoiar os dedos durante o toque. <br />No interior do caxixi há sementes secas, que ao se sacudir dá o som característico.<br /><br /><div>
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyMPj_mvR1tg1hWFS_6NwlxaG4x3uQlGuFWgZB-IMGHqns-bLxGIPcmetIcIuaQIGybzipF66qhI8gabUxtRm1hQ-RR1XlwdsioenkOhAcgp19Zjie0PloKJiLKhPU7rRqeUfmg1cfB_vL/s1600/caxixi.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyMPj_mvR1tg1hWFS_6NwlxaG4x3uQlGuFWgZB-IMGHqns-bLxGIPcmetIcIuaQIGybzipF66qhI8gabUxtRm1hQ-RR1XlwdsioenkOhAcgp19Zjie0PloKJiLKhPU7rRqeUfmg1cfB_vL/s320/caxixi.png" width="320" /></a><br />
<br />
<br />
<b>Ganzá:</b><br />
<br />
Ganzá é um instrumento brasileiro que é semelhante a um chocalho e usado em samba e outros ritmos brasileiros, como um instrumento de percussão. O ganzá cilindricamente é a forma que é feito de uma cesta de tecidos à mão ou um tubo de metal ou plástico que é preenchido com miçangas, pedras, bolas de metal ou outros artigos similares.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2w61ugI76X5ybNEHMhzVm76K_D26IJL8K3eKtQxb1Godstw70Jwkaoh-iFrlGVHZ9jkyKUkDHYQrD2hiLrOwkrT-eidzycOIIICm7Co_aawVVjhKoYIBLNUwgkCFZ3G8VNkohbSaiLrQB/s1600/ganz%C3%A1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2w61ugI76X5ybNEHMhzVm76K_D26IJL8K3eKtQxb1Godstw70Jwkaoh-iFrlGVHZ9jkyKUkDHYQrD2hiLrOwkrT-eidzycOIIICm7Co_aawVVjhKoYIBLNUwgkCFZ3G8VNkohbSaiLrQB/s320/ganz%C3%A1.png" width="320" /></a><br />
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div>
<b>Gonguê:</b><br />
<br />
O gonguê é um grande agogô, com uma única campânula, percutido com uma vareta de madeira.<br />
<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha32Btp1kNXco2kEhe1gbkl0bP4AXxVnJ9FaClSl98ZyuYHehzeP3Ec6Htwx5nE5sBDRbk4pNXfwBiFE1Z_xgLRl35l7f19crpR-K0xEcxEFRKcjiBp2dbE5HQwgoJ0Wx-jorKaKQV5Can/s1600/gongu%C3%AA.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha32Btp1kNXco2kEhe1gbkl0bP4AXxVnJ9FaClSl98ZyuYHehzeP3Ec6Htwx5nE5sBDRbk4pNXfwBiFE1Z_xgLRl35l7f19crpR-K0xEcxEFRKcjiBp2dbE5HQwgoJ0Wx-jorKaKQV5Can/s320/gongu%C3%AA.png" width="320" /></a><br />
<br />
<br />
<b>Xequerê:</b><br />
<br />
O xequerê é instrumento musical feito de uma cabaça cortada ao meio em uma das extremidades e envolta por uma rede de contas. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO54aYdTvVzFK9_Z1TZo8RqxBRqtbcWF-UIZNmDSdhTC0mJTJoqBvLq4fbC9ANjT1ZKYiuvYCKU2BmggKWH3uXViJCtmUZKo6_AAcSg5shi6omuYe24dJdw_1JbhBti1lza5Yxq3pAuJtM/s1600/xequer%C3%AA.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO54aYdTvVzFK9_Z1TZo8RqxBRqtbcWF-UIZNmDSdhTC0mJTJoqBvLq4fbC9ANjT1ZKYiuvYCKU2BmggKWH3uXViJCtmUZKo6_AAcSg5shi6omuYe24dJdw_1JbhBti1lza5Yxq3pAuJtM/s320/xequer%C3%AA.png" width="320" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: x-small;">(Textos e imagens sem autor conhecido, retirados em pesquisas na internet)</span></i></div>
</div>
<div>
<br /></div>
</div>
Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-29402801246657371522012-09-21T12:34:00.000-07:002012-09-21T12:35:37.771-07:00De Exu a Oxalá - Os Deuses Yorùbá<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbQzEcZC9L2wk0FVGWWfdibEy17EvrXkgJ0p_y6KH9jRzRue7woiY5QsIIR5v92CTcKaIcogSPBGRdEKD4J4NmyCfz3HE1Uz1L1mddmw4O1a_zNDngAhgVIssH9JXDiFGZhQSBI8OY5YrN/s1600/curso+prof+fernandez.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbQzEcZC9L2wk0FVGWWfdibEy17EvrXkgJ0p_y6KH9jRzRue7woiY5QsIIR5v92CTcKaIcogSPBGRdEKD4J4NmyCfz3HE1Uz1L1mddmw4O1a_zNDngAhgVIssH9JXDiFGZhQSBI8OY5YrN/s400/curso+prof+fernandez.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: blue; font-size: large;"><b style="background-color: cyan;">Curso sobre as religiões afro-brasileiras</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: yellow; font-size: large;">"De Exu a Oxalá - Os Deuses Yorubá"</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><span style="color: orange;">Sábados 20 e 27 de Outubro de 2012</span></b>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><span style="color: orange;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b>Ministrado pelo Professor Fernandez Portugal Filho*</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
- Autor de 13 livros e 26 apostilas -</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<u><br /></u></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
O curso será repartido em dois (2) Sábados de 7h cada, e terá seu inicio Sábado dia 20 de Outubro, e fim no Sábado seguinte dia 27 de Outubro.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
O horário será das 09.30 ás 17.30, com intervalo de 1h para almoço, e pausas para café.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
O local será em Almada nas instalações do Templo Arani.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Programa do curso:</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Antecedentes históricos.</div>
<div style="text-align: center;">
A chegada dos Africanos no Brasil.</div>
<div style="text-align: center;">
O conceito de nação.</div>
<div style="text-align: center;">
Os primeiros candomblés.</div>
<div style="text-align: center;">
O surgimento no Rio de Janeiro da Umbanda.</div>
<div style="text-align: center;">
Os Òrìsà Yorùbá.</div>
<div style="text-align: center;">
A iniciação no candomblé e na Umbanda.</div>
<div style="text-align: center;">
Noções de magia yorùbá, oferendas e os ebo.</div>
<div style="text-align: center;">
O uso de folhas ritualísticas, os cânticos sagrados.</div>
<div style="text-align: center;">
Atual perspectiva dos cultos Afro-Brasileiros</div>
<br />
<br />
<b>Todos os formandos terão direito a certificado emitido pelo Instituto de Cultura Yorùbá, passado pelo Professor Fernandez Portugal Filho
</b><br />
<br />
<br />
<b><span style="color: cyan;">Além do curso já anunciado, e durante a sua permanência em Portugal, o Professor e Babalawo Fernandez Portugal, aceita também marcações para Leituras de Búzios, nos dias úteis das semanas do curso.</span></b><br />
<br />
<div style="text-align: left;">
O curso tem um pequeno investimento que deverá ser entregue no local antes do seu inicio. Todas as informações relativas ao valor do curso, ao local, ás inscrições e marcações para as Leituras de Búzios, podem ser obtidas através dos telefones:</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: center;">
<b style="background-color: blue;">96 326 94 99 / 91 529 02 36</b></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: center;">
<b>Site do Templo Arani: <a href="https://sites.google.com/site/temploarani/">https://sites.google.com/site/temploarani/</a></b></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
Faça já a sua reserva de inscrição, pois as inscrições tem um numero limite.</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br />
<br /></div>
<br />
* Gumercindo Fernandez Portugal Filho, babalawo, antropólogo, professor, escritor, bacharel e licenciado em ciências sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, formado em comunicação Social pela Universidade Gama Filho, formado também um Naturopatia pela escola Portuguesa de Naturopatia.<br />
<div>
<br /></div>
<div>
Doutor Honoris Causa pela World University Roundtable (USA), membro da Comissão Alagoana de Folclore(BR), membro da Egbe Logun of Ifon – Oyo State (Nigéria), Diretor Presidente do Egbe Awó Ati Oniségun Omo Sàngó.</div>
<div>
Sacerdote do Culto de Íya Mi Òsóróngá, na Nigéria, iniciado no Culto Palo, em Havana (Cuba), professor convidado do Departamento de História da Universidade Estácio de Sá (Rio de Janeiro), professor titular da Cadeira de Cultura Afro-Negra do centro de Estudos e Pesquisa de Cultura Yorubana (Rio de Janeiro), professor convidado do Departamento de Ciências Sociais da Faculdade de História da Filosofia da Universidade de Havana (Cuba).</div>
<div>
Prestou assessoria para diversas produções da TV Globo e filmes.</div>
<div>
<br />
Alguns de seus livros já publicados:<br />
<br />
Curso de Cultura Religiosa Afro-Brasileira;<br />
Yorúbá, A Língua dos Orixás;<br />
Ossanyn, Orixá da Folhas;<br />
Axé, O poder dos Deuses Africanos;<br />
Cânticos e Encantos dos Orixás no Candomblé;<br />
Rezas e Folhas do Meu Orixá;<br />
O Jogo dos Búzios;<br />
Formulário Mágico e Terapêutico;<br />
Magias e Oferendas afro-brasileiras.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdXgpQ-Q-L_CZqV7ZT55WF60_U7VnTMAUvSgGMUi-dMOJiiiO7LN6i8EqnocqrnuPo88DrWO1Tdz-4Je9XI22pgYSoyty27VitsvY5qpfLRl8mfoan5qXn3L-5dGx4uc4f6aTnH94CERK5/s1600/livros+professor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="380" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdXgpQ-Q-L_CZqV7ZT55WF60_U7VnTMAUvSgGMUi-dMOJiiiO7LN6i8EqnocqrnuPo88DrWO1Tdz-4Je9XI22pgYSoyty27VitsvY5qpfLRl8mfoan5qXn3L-5dGx4uc4f6aTnH94CERK5/s400/livros+professor.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div>
Foi também recentemente homenageado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, recebendo a Medalha de Mérito, considerado assim um dos maiores pesquisadores e divulgadores da cultura e religiosidade afro-brasileira.</div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/BjFjjba5Kb4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://lituca.wordpress.com/2012/08/24/homenagem-a-cultura-afro-brasileira-na-camara-municipal-do-rio/">http://lituca.wordpress.com/2012/08/24/homenagem-a-cultura-afro-brasileira-na-camara-municipal-do-rio/</a>
</div>
<div>
<br />
<br /></div>
</div>
Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-50113158425751487452012-05-29T01:41:00.001-07:002021-10-28T08:15:13.735-07:00Templo Arani - culto aos Orixás<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
O Templo Arani, situa-se no Concelho de Almada, onde todos os Sábados pelas 15h se realizam rituais na linha de Umbanda, cultuando as entidades (Caboclos, Pretos-Velhos, Exus/Pombogira, Marinheiros, Boiadeiros, etc.) que trabalham na irradiação dos Orixás. Os rituais são abertos ao publico (com algumas restrições), excepto os rituais fechados somente para os que já fazem parte da casa. Todas as informações e consultas podem ser marcadas pelos telefones do templo.<br />
<br />
Os assistentes podem livremente consultar as entidades incorporadas nos médiuns, sendo "limpos" e descarregados de energias negativas e conseguindo ajuda e conselhos para resolver os mais variados problemas do dia a dia:<br />
<br />
Problemas de Saude, Amor, Trabalho, Justiça, Magias negativas, Invejas, Ciumes, Espirituais, etc...<br />
<br />
<br />
No Sábado dia 2 de Junho, pelas 15h, realiza-se um ritual festivo com os "Pretos-Velhos"<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://sites.google.com/site/temploarani/"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnMcDTTvMsI12dWjlU2wa4aTw0PtelKttKwUQi6OzafT6Tb8c6W9tQcMbfBJWpl5yEwwIDO49AVIVbCiNYam_tC9Q3v5p8dfJJpSUXYCG_6DgTYB4RcdpS1wbbba0evQuspivyw0vjLV8t/s400/Gira+de+pretos+velhos,jpg.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Durante a semana, existem também Leituras de Tarot que podem ser marcadas através dos telefones:<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>96 326 94 99 / 91 529 02 36</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
Visite o site oficial para todas as informações: <a href="https://sites.google.com/view/temploarani/" style="text-align: left;">Templo Arani</a></div>
<br />
<br />
<br /></div><div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br /></div><div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br /></div><div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br /></div><div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br /></div>
Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-43728310518977354602012-04-18T16:27:00.002-07:002012-04-18T16:34:04.766-07:00Quinta da Regaleira<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd4rnyenVL9IPqu48b-0V3vf_LeZtHVOtcZfQDhDHjzG8WkAXyG2k9sL6kH9MnMpNWj2ATyUV6vABMU96UKwkk07It-CBKgIXprGbYIm2czougB2shfA2L5DQw1VePXflnwN-fbYEVaTcj/s1600/estela_qa_da_regaleira_070.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd4rnyenVL9IPqu48b-0V3vf_LeZtHVOtcZfQDhDHjzG8WkAXyG2k9sL6kH9MnMpNWj2ATyUV6vABMU96UKwkk07It-CBKgIXprGbYIm2czougB2shfA2L5DQw1VePXflnwN-fbYEVaTcj/s400/estela_qa_da_regaleira_070.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
"Sintra foi desde sempre considerada pelos vários povos como o fim do caminho, um ponto de chegada aprazível, rico em água e terras férteis e de clima ameno. Além do mais, Sintra sempre transmitiu fortes sentimentos telúricos. A forma serpenteante que entra pelo mar, a sua proximidade com os astros (o facto de nascer abruptamente de uma planície fá-la parecer mais alta do que é) e as árvores milenares tão apreciadas pelas civilizações druídicas conferiram à serra o cariz sagrado que, na Antiguidade Clássica, serviu de inspiração para a designação de Promontório da Lua.<br />
Neste contexto, a Quinta da Regaleira apresenta-se como o mais significativo e imponente dos monumentos simbólicos edificados em Sintra.<br />
<br />
<b>Um percurso glorioso</b><br />
<br />
A história da Quinta da Regaleira, como ela se apresenta nos nossos dias, começa em 1892, altura em que é adquirida por António Au-gusto Carvalho Monteiro. O Monteiro dos Milhões, epíteto que popularizou esta misteriosa personagem, nasceu no Rio de Janeiro em 1848, filho de pais portugueses. Herdeiro de uma grande fortuna familiar, multiplicada no Brasil com o monopólio do comércio dos cafés e pedras preciosas, este homem rapidamente se tornou conhecido pela imprensa da época graças ao carácter, simultaneamente altruísta e excêntrico, que o levou a gastar uma verdadeira fortuna na realização desta fantasia. <br />
<br />
Licenciado em Leis pela Universidade de Coimbra, Carvalho Monteiro tinha como grandes interesses os livros, a ópera, os instrumentos musicais, os relógios, as conchas, as borboletas e as antiguidades. Tinha também o desejo de construir um espaço grandioso, em que vi-vesse rodeado de todos os símbolos que espelhassem os seus interesses e as suas ideologias. Esse espaço encontrou-o em Sintra, um local que Monteiro considerava representar a essência de Portugal, uma espécie de baluarte da alma lusitana. Assim, decidiu comprar a Quinta da Regaleira (propriedade de uma rica família de comerciantes do Porto agraciados com o título de barão) por 25 contos de réis (125 euros).<br />
<br />
Cinquenta anos mais tarde, já com as características actuais, a quinta foi vendida a Waldemar D'Orey que, sem ter desvirtualizado o que tinha sido concebido com tanto método, procedeu a pequenas obras que lhe permitissem acolher a grande família que tinha. Em 1987 a Quinta da Regaleira passa a ser propriedade da empresa japonesa Aoki Corporation, entrando num período de dez anos de plena inactividade. <br />
<br />
Em 1997, dois anos depois de Sintra ter sido classificada Pa-trimónio Mundial, a Câmara Municipal adquire este valioso património, iniciando pouco depois um exaustivo trabalho de recuperação do património edificado e dos jardins. Uma vez concluídas as obras, a quinta foi finalmente aberta ao público como centro de actividades culturais.<br />
<br />
<b>Artes, artífices e estilos</b><br />
<br />
Mas regressemos à história da Regaleira. O arquitecto escolhido por Carvalho Monteiro para a concepção da Regaleira foi o italiano Luigi Manini, que trouxe para trabalhar consigo os mestres coimbrãos, formados na prestigiada Escola Livre das Artes e Desenho. Arquitecto, pintor e cenógrafo, Manini veio para Portugal em 1876 para trabalhar no Real Teatro de São Carlos. Tinha trabalhado no Scala de Milão e gozava de muito boa reputação no meio artístico. O seu trabalho na construção do Palácio-Hotel do Buçaco agradou especialmente a Carvalho Monteiro. Porém, não era só nas questões estéticas que Monteiro e Manini estavam de acordo, ambos partilhavam as mesmas filosofias e estas afinidades foram determinantes para o desenvolvimento do projecto de concepção da Quinta da Regaleira.<br />
<br />
<div>
O início das obras deu-se em 1898 com a adaptação da Casa da Renascença (actual sede da Fundação CulturSintra) para residência do casal Carvalho Monteiro. Seguiu-se a remodelação das cocheiras, depois a construção da capela e, finalmente, a edificação do palácio. Durante todas estas obras, até 1910, o trabalho dos artífices de Coimbra foi exclusivamente dedicado a Carvalho Monteiro, sendo a maioria das peças artísticas trabalhada na oficina de João Machado e depois enviada para Lisboa por comboio.<br />
<br />
Da conjugação dos sonhos de Carvalho Monteiro com as artes de Manini e dos artesãos da pedra, nasceu um edifício arquitectonicamente muito rico num misto de estilos e de grande originalidade. Traços manuelinos são visíveis na utilização de ornamentos como cordames, elementos vegetais, esferas armilares e colunelos torsos, sendo utilizados uma série de novos elementos como animais e espécies antropomórficas, símbolos esotéricos relacionados com a alquimia e a maçonaria, revelando as ideias e convicções de Carvalho Monteiro. <br />
<br />
O grande mentor da Regaleira era um homem conservador, monárquico e cristão gnóstico e, como tal, adepto de uma arte simbólica, com o objectivo de ressuscitar o passado. A predominância do estilo neomanuelino e a recorrência a elementos do sobrenatural e do sagrado não é mais do que o assumir a nostalgia dos tempos gloriosos e ricos dos descobrimentos. Neste mesmo contexto, a Arte Gótica é escolhida como a mais representativa da Quinta. Baseada na repetição de linhas geométricas e na forma ogival das abóbadas e dos arcos, sugere, para além dos objectos reais, os seres e animais estranhos que povoam os nossos sonhos e pesadelos. Castelos em ruínas, florestas sem saída, mansões com alas desertas e corredores escuros, criptas ocultas e subterrâneos húmidos, passagens secretas e portas interditas através das quais se adivinha a presença dos espíritos, são os ingredientes essenciais do cenário gótico que tão bem representado está na Quinta da Regaleira.<br />
<br />
<b>O romantismo dos jardins e a magia do poço</b><br />
<br />
<br />
<img src="http://www.rotas.xl.pt/1201/imagem/mapa_regaleira.jpg" /><br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">A - Entrada dos Guardiães e Terraço Celeste.<br />B - Poço iniciático, uma galeria subterrânea em espiral, por onde se descem nove patamares até às profundezas da terra.<br />C - Capela da Santicima Trindade, com uma magnifica fachada que aposta no revivalismo do gótico e do manuelino.<br />D - Lago dos Cisnes e Banco 515, na Gruta da Catedral.<br />E - A Torre da Regaleira, foi construida para dar a quem a sobe a ilusão de se encontrar no eixo do mundo.</span><br />
<div>
<br /></div>
A visita a todo este universo começa junto ao chamado Patamar dos Deuses, terraço onde estátuas de vários seres divinos estão alinhadas ao longo do caminho. Daqui parte-se para uma visita ao interior dos jardins onde a cada momento o visitante é surpreendido por lagos, fontes, torres, terraços, grutas e muitos elementos simbólicos.</div>
<div>
<br />
Românticos de concepção, os Jardins da Regaleira são construídos sobre socalcos e constituídos por uma mistura de plantas e árvores, trazidas das mais variadas partes do globo, que foram integradas de forma harmoniosa com a vegetação autóctone. O passeio pelos jardins e pelo bosque faz-se por caminhos de ascensão, partindo das zonas delicadas e subindo até à floresta espontânea, onde a vegetação é plantada sem ordem aparente, tão ao gosto da sensibilidade romântica vigente durante o século XIX.<br />
<br />
A certa altura do percurso surge, num dos lugares mais bonitos da mata, um aglomerado de pedras que esconde uma disfarçada porta de pedra. Essa porta transporta-nos para um dos locais mais impressionantes da quinta - o fantástico poço iniciático, que, como se fosse uma torre invertida, nos leva ao interior da terra. De quinze em quinze degraus descem-se os nove patamares circulares do poço, recriando o ritual em que se descia ao abismo da terra ou se subia em direcção ao céu, consoante a natureza do percurso iniciático escolhido. Os nove patamares aludem aos nove círculos do Inferno, às nove secções do Purgatório e aos nove céus do Paraíso, que Dante consagrou na Divina Comédia. Lá no fundo, a carga dramática acentua-se. Gravada em embutidos de mármore em tons rosa, sobressai a grande cruz dos Templários, aliada a uma estrela de oito pontas, afinal o emblema heráldico de Carvalho Monteiro. É neste último patamar que entramos num conjunto de grutas que nos conduzem ao exterior, em autênticos labirintos, pelo mundo subterrâneo, aqui e além porventura povoado de morcegos. De construção artificial, na sua maioria, estas galerias aproveitam, no entanto, as características geológicas da mancha granítica da Serra de Sintra. Uma vez cá fora, espera-nos a luz e um cenário habitado por animais fantásticos, cascatas de água e passagens de pedra que parecem flutuar à superfície dos lagos.<br />
<br />
Depois da experiência marcante de atraves-sar caminhos tão místicos, o passeio continua, cada vez mais deslumbrante até chegar à Capela da Santíssima Trindade. De nave única, este templo segue a mesma linha decorativa que reveste o palácio, assentando, sobretudo, no revivalismo do gótico e do manuelino. Mas a Capela revela uma outra surpresa, escondida de olhares menos atentos. Umas escadas estreitas situadas à entrada do lado direito descem em espiral até à cripta. Trata-se, na verdade, de outro templo, de decoração despojada, com pavimento revestido a mosaico em xadrez preto e branco, um local imerso na escuridão, proprício à meditação e à comunhão com os mortos.<br />
<br />
Muito perto e um pouco mais acima, encontra-se finalmente o palácio de onde se tem uma vista soberba do vale por onde se estendem os jardins, da Serra e do Palácio da Pena. O monograma de Carvalho Monteiro destaca-se na fachada do edifício, todo ele ligado por cordas, nós, laçadas e frisos, num manifesto recurso aos elementos típicos do estilo manuelino. <br />
A arte gótica impele-nos a olhar para cima. O edifício desafia as leis da gravidade e prolonga-se em direcção ao céu, numa sucessão de capitéis, gárgulas e pináculos ogivais, muitos deles quase imperceptíveis. <br />
A visita termina no interior do palácio, onde se destaca o lindíssimo pavimento polícromo de mosaico veneziano. Riquís-simo nos seus ornamentos, o palácio alberga actualmente uma exposição dedicada à colecção de objectos maçónicos de José Eduardo Pisani Burnay, um dos mais importantes acervos mundiais do género, constituído por mais de 600 peças.<br />
<br />
<b>Os Templários</b><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img src="http://www.rotas.xl.pt/1201/imagem/reg_poco.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: -webkit-auto;"><span style="font-size: x-small;">Poço Iniciático: de quinze em quinze degraus se descem os nove patamares desta imensa galeria subterrânea, construida em espiral.</span></span>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Criada no auge das Santas Cruzadas, a Ordem do Templo era constituída por monges-soldados que tinham por missão proteger os lugares santos da Palestina contra os infiéis. Com o decorrer do tempo, estes cavaleiros foram adquirindo riquezas e poderes e, consequentemente, inimigos muito fortes. De tal forma que, em 1314, a Ordem foi perseguida e extinta pelo papa e pelo rei de França. Em Portugal, D. Dinis afectou os bens dos Templários à Ordem de Cristo. Mas o desaparecimento dos templários não significou o desaparecimento do templarismo, cujo espírito, resumido na defesa dos lugares sagrados e na luta contra o mal, renasceu em várias correntes e organizações iniciáticas. A cruz templária no fundo do poço iniciático e a cruz da Ordem de Cristo no pavimento da Capela, testemunham, precisamente a influência do templarismo em Carvalho Monteiro. Há ainda, na Regaleira, referências à corrente esotérica iniciada no século XVII, de tendência cristã, utilizando os símbolos conjuntos da rosa e da cruz. O movimento Rosa-Cruz propunha reformas sociais e religiosas, exaltava a humildade, a justiça, a verdade e a castidade, apelando à cura de todas as doenças do corpo e da alma.<br />
<br />
<b>Iniciação e Maçonaria</b><br />
<br />
A Franco-Maçonaria tem origem nas associações profissionais de pedreiros-livres e de construtores de catedrais medievais, que se reuniam em lojas para debaterem questões profissionais e questões de carácter filantropo, moral e religioso. Com o decorrer do tempo, estas sociedades secretas começaram a aceitar membros estranhos à profissão, mas que partilhavam dos mesmos ideais. Esta degeneração fez com que, em 1717, surgisse em Inglaterra a Maçonaria moderna, já desligada das práticas profissionais originais. Sempre rejeitados pela Igreja Católica, os ensinamentos maçónicos que defendiam a caridade, a imortalidade da alma e a existência de um princípio espiritual superior (o Grande Arquitecto do Universo), tinham também implícitos na sua simbologia, afinidades com correntes esotéricas como a Alquimia, o templarismo e o rosacrucianismo."<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><a href="http://www.regaleira.pt/">http://www.regaleira.pt/</a></b>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Este talvez seja o mais famoso espaço esóterico e mistico de Portugal.</div>
<div style="text-align: left;">
Algumas fotos da minha visita á Quinta e ao Palácio da Regaleira:</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUtbpcExhI4Z18FrW-BPJ0LnJp175xDSETChVbCqcbkeRpxBrkNyWMyeAGY9p0eyyyuig2RYOqrX8O-B8_LWbGPmlJFVEy9vA5sDitZh8CS3UA-ZFhR8gBRXfor4wnByG4X8zqgJoemnPa/s1600/CIMG2937.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUtbpcExhI4Z18FrW-BPJ0LnJp175xDSETChVbCqcbkeRpxBrkNyWMyeAGY9p0eyyyuig2RYOqrX8O-B8_LWbGPmlJFVEy9vA5sDitZh8CS3UA-ZFhR8gBRXfor4wnByG4X8zqgJoemnPa/s320/CIMG2937.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixHtZ2XhFPiBXTCGZfpBmrOUOPuaDZAmKzgCUd1naP2W2GgwHDWchIQg21Cl5LWBm6FrELwb937A_1qea1CAgJY4eNHSHFAK0GmbxAPKaboWWbVcziYkmMm6_cQfUaFqFHufGGHzXSvYPq/s1600/CIMG2938.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixHtZ2XhFPiBXTCGZfpBmrOUOPuaDZAmKzgCUd1naP2W2GgwHDWchIQg21Cl5LWBm6FrELwb937A_1qea1CAgJY4eNHSHFAK0GmbxAPKaboWWbVcziYkmMm6_cQfUaFqFHufGGHzXSvYPq/s320/CIMG2938.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBJu__AD0T-LDhf1jJGX11gVvdGcTXHfnVLmN312xulanCIC4Ncaud3TJNOCr_hNR9KOsz-pNJ-oAqIQA2sVLOyHHrGOw346cVtPWUIPGRh3QeTEV47SZoP8EZW6GlFyESNm_3zkc-jqvz/s1600/CIMG2943.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBJu__AD0T-LDhf1jJGX11gVvdGcTXHfnVLmN312xulanCIC4Ncaud3TJNOCr_hNR9KOsz-pNJ-oAqIQA2sVLOyHHrGOw346cVtPWUIPGRh3QeTEV47SZoP8EZW6GlFyESNm_3zkc-jqvz/s320/CIMG2943.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqHZ1bsqin8RRERCVvHhyphenhyphengTtB0OVAVBLqXATLug_XYJwhxmuu4uTeiFMMCkU9cnCZrjMOlEOOwdq8nNqrA9Pr3PfO7YRM_HsS6T2uFQIvj9YoV_u4FMit5IShXLL5KzxLN4APEYEApqKet/s1600/CIMG2944.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqHZ1bsqin8RRERCVvHhyphenhyphengTtB0OVAVBLqXATLug_XYJwhxmuu4uTeiFMMCkU9cnCZrjMOlEOOwdq8nNqrA9Pr3PfO7YRM_HsS6T2uFQIvj9YoV_u4FMit5IShXLL5KzxLN4APEYEApqKet/s320/CIMG2944.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPpUSlVhmWLjT6PVugT7mx4jQk3Dae0fljDIF_wsypqRIaa7inau6Z93sPuB-dJFcwi0KG_vEwrG1nL_Swy7Sl2YnbF9MVzs7qZuDuYHewANUA3KBxPNEH8arsF2PQkl33v3WUCiwadGJB/s1600/CIMG2949.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPpUSlVhmWLjT6PVugT7mx4jQk3Dae0fljDIF_wsypqRIaa7inau6Z93sPuB-dJFcwi0KG_vEwrG1nL_Swy7Sl2YnbF9MVzs7qZuDuYHewANUA3KBxPNEH8arsF2PQkl33v3WUCiwadGJB/s320/CIMG2949.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPcF_6UPwSQdtlGjs9vnR1KkOCtT8gWaGw5mMPdD_24KgWRgCLkQfBa-K-lJzj0Zhr5MpMnxi7EMZdsVAJQ8f_44kSU6pT8LFTJbS0xX2cLwQylxa76rzi0r5O-U2zAR9TNq2swWuLlGGG/s1600/CIMG2951.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPcF_6UPwSQdtlGjs9vnR1KkOCtT8gWaGw5mMPdD_24KgWRgCLkQfBa-K-lJzj0Zhr5MpMnxi7EMZdsVAJQ8f_44kSU6pT8LFTJbS0xX2cLwQylxa76rzi0r5O-U2zAR9TNq2swWuLlGGG/s320/CIMG2951.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwfWGWQG_2Bn2LZ-6YTLZl6cqgMOdmRUYkOSyCVHujXI0kdLli-_PyXbUdQKMKTdY5HWQatyHs5Xl3FMUdt8gGfB0voQy3Mwb6ZtVvCn0q-_eWysURDNipiveuIHuYWXH8_G_i829bRJ6K/s1600/CIMG2953.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwfWGWQG_2Bn2LZ-6YTLZl6cqgMOdmRUYkOSyCVHujXI0kdLli-_PyXbUdQKMKTdY5HWQatyHs5Xl3FMUdt8gGfB0voQy3Mwb6ZtVvCn0q-_eWysURDNipiveuIHuYWXH8_G_i829bRJ6K/s320/CIMG2953.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE2NOdKig8rRJA7W7CWfyW66bTiyqmZsTQZl_5EOOH1Zv3ibFm3N4EfCHINIDIJjGWed0WloMVeOugKPkwYLpPJG9T0aeTk6dumFAFyOzIVXCeyS3o3A3Nr-CASJOMqwaAgXopl3enCiV1/s1600/CIMG2956.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE2NOdKig8rRJA7W7CWfyW66bTiyqmZsTQZl_5EOOH1Zv3ibFm3N4EfCHINIDIJjGWed0WloMVeOugKPkwYLpPJG9T0aeTk6dumFAFyOzIVXCeyS3o3A3Nr-CASJOMqwaAgXopl3enCiV1/s320/CIMG2956.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtagVX1pysNygbZ3TA1-ofG8S0SpI39NlcZFe_iyjxseeAjZSr2rUKHJFO-8cuAuEZZEi7QdJR0D3AOD2gGFxNJ092Mka-Eahw-k-mK5wfUDpnbqOXS0nLXZT_pw1KQjfOrZA6o9736dGM/s1600/CIMG2957.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtagVX1pysNygbZ3TA1-ofG8S0SpI39NlcZFe_iyjxseeAjZSr2rUKHJFO-8cuAuEZZEi7QdJR0D3AOD2gGFxNJ092Mka-Eahw-k-mK5wfUDpnbqOXS0nLXZT_pw1KQjfOrZA6o9736dGM/s320/CIMG2957.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglTKPwT78n-m2CbpFi4MGxgiimZfWZzfvyECR6N9n07Fhz3TrHxvHfE7ARczHbs35-q0hn-fK94qygbg1WX6-eg7X_75Q0iJEpGHVS_qZh3vd9AWKlfmVRDrleSd8ALgYhd0Tlb4SlrnpX/s1600/CIMG2959.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglTKPwT78n-m2CbpFi4MGxgiimZfWZzfvyECR6N9n07Fhz3TrHxvHfE7ARczHbs35-q0hn-fK94qygbg1WX6-eg7X_75Q0iJEpGHVS_qZh3vd9AWKlfmVRDrleSd8ALgYhd0Tlb4SlrnpX/s320/CIMG2959.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicAnEDnUR3na0dcfkwoVYdVvxDO5IbFOLxgwvjZKJrFtrD0of9ohk_FEqVFKarTi-n9oLtIGByzzwW9si_LSpy3Mln0shoy1GGWxeuXif6tIW7K2-lKmFoZDR0oBYUff8FyY-LzC_nOdAF/s1600/CIMG2960.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicAnEDnUR3na0dcfkwoVYdVvxDO5IbFOLxgwvjZKJrFtrD0of9ohk_FEqVFKarTi-n9oLtIGByzzwW9si_LSpy3Mln0shoy1GGWxeuXif6tIW7K2-lKmFoZDR0oBYUff8FyY-LzC_nOdAF/s320/CIMG2960.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKQLhaeR9irhyUzn3LV-31Oi4A2jxDi-wAoqEGXhyphenhyphenfyEZvV0ejusSu-y7b9fyJx6PCqO_5iyFGrYvlSoCCO2MGLJsbTwssHaZcJ7AQNBs_Z8i6by79wyj3G_Ing-lr_Rte0pPV8AiQ3j0-/s1600/CIMG2962.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKQLhaeR9irhyUzn3LV-31Oi4A2jxDi-wAoqEGXhyphenhyphenfyEZvV0ejusSu-y7b9fyJx6PCqO_5iyFGrYvlSoCCO2MGLJsbTwssHaZcJ7AQNBs_Z8i6by79wyj3G_Ing-lr_Rte0pPV8AiQ3j0-/s320/CIMG2962.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidNkEd9lqEqWq7fLJvNHphNsDEZwakcnsHbKnnSTU7ZUWHczO1dVcZ1M-Oy7Lw25luEsf3YoSSfWBPzzElsJdWnISGjSalzOxhzm3KOn0Ii4pq_Nv9XI47Z6sdS_CGiAzr2k276BC0WNkF/s1600/CIMG2963.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidNkEd9lqEqWq7fLJvNHphNsDEZwakcnsHbKnnSTU7ZUWHczO1dVcZ1M-Oy7Lw25luEsf3YoSSfWBPzzElsJdWnISGjSalzOxhzm3KOn0Ii4pq_Nv9XI47Z6sdS_CGiAzr2k276BC0WNkF/s320/CIMG2963.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHsjJc0Y9yadD7oeKZ3QNyzBK8MgcGNN9EeJ1zNZdU_gEJSEfq89FiNrBBNO6Wqyzg2oUjmooGbhFtJWNLl4yS2DhY_-kr2nmCa1hiDmR_rsnF0m9O1MbUwKoe1PCmqBvyAMOKv83ZJuw7/s1600/CIMG2964.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHsjJc0Y9yadD7oeKZ3QNyzBK8MgcGNN9EeJ1zNZdU_gEJSEfq89FiNrBBNO6Wqyzg2oUjmooGbhFtJWNLl4yS2DhY_-kr2nmCa1hiDmR_rsnF0m9O1MbUwKoe1PCmqBvyAMOKv83ZJuw7/s320/CIMG2964.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTtgcB_PWI97UY6wB_9LHTJEpOqJ4S1mXg-tOaXo1XsNnFE6_bvw881Ol_pIYSUd6VJlE6yBz3r5Tr3kodilkleAuvqPkSB1XQ0DYi37244TmtXkx47X61mWKFmg2rSWwCQT6Hpno0vkgn/s1600/CIMG2965.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTtgcB_PWI97UY6wB_9LHTJEpOqJ4S1mXg-tOaXo1XsNnFE6_bvw881Ol_pIYSUd6VJlE6yBz3r5Tr3kodilkleAuvqPkSB1XQ0DYi37244TmtXkx47X61mWKFmg2rSWwCQT6Hpno0vkgn/s320/CIMG2965.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbsRTgTipuin5PEeIMzO2dkbDygEyWpnFGljVEQloQKWpzB0QrD82cUBqD8MBQ9ZRJC4ty-kRaEMIImhNigDT-RCEgersCLXWDIxyBV6iVfpBo8yvsOBVWevWzBar5ehI1soYCGdiyaME6/s1600/CIMG2966.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbsRTgTipuin5PEeIMzO2dkbDygEyWpnFGljVEQloQKWpzB0QrD82cUBqD8MBQ9ZRJC4ty-kRaEMIImhNigDT-RCEgersCLXWDIxyBV6iVfpBo8yvsOBVWevWzBar5ehI1soYCGdiyaME6/s320/CIMG2966.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpN_5Uzi66P8-Q8Q_EztO6yvR-RBP_8Q2kUqaECk_1kwSd-Sn3mIvreoN8fThxutEzessjZAe1p7ctDAnhdAYbwHprOD6aLoME9-tb1jBwWmYFKeBRG8j3yQNWMdKStLXhCO9i9EtuqHz6/s1600/CIMG2967.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpN_5Uzi66P8-Q8Q_EztO6yvR-RBP_8Q2kUqaECk_1kwSd-Sn3mIvreoN8fThxutEzessjZAe1p7ctDAnhdAYbwHprOD6aLoME9-tb1jBwWmYFKeBRG8j3yQNWMdKStLXhCO9i9EtuqHz6/s320/CIMG2967.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWaf28bQ8skwOVOSPoWvRlU_ndg2Zan-yWAAN9aDQFXyImB32-unwVt08KCW15BUSw83jsy0v2RedoFxsqpD65xmytqjYCrwasFi-tTWg5NaenRCaa_66L6lvZFlA8atUxtoAWNZI9OpM6/s1600/CIMG2968.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWaf28bQ8skwOVOSPoWvRlU_ndg2Zan-yWAAN9aDQFXyImB32-unwVt08KCW15BUSw83jsy0v2RedoFxsqpD65xmytqjYCrwasFi-tTWg5NaenRCaa_66L6lvZFlA8atUxtoAWNZI9OpM6/s320/CIMG2968.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4mxKhCvtd6xLefH7bo-7PuTHGSdOgx_I4eGgHGCIxTHzKRiMY4nB7CU-RoQIfBTLv3mMcH4itUA4SX38L1rFiRfZXUu_p1TbX0LeFZRj6ldzHaN9akzDvbO8wz11mV3cJNavqPKbO1mzj/s1600/CIMG2969.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4mxKhCvtd6xLefH7bo-7PuTHGSdOgx_I4eGgHGCIxTHzKRiMY4nB7CU-RoQIfBTLv3mMcH4itUA4SX38L1rFiRfZXUu_p1TbX0LeFZRj6ldzHaN9akzDvbO8wz11mV3cJNavqPKbO1mzj/s320/CIMG2969.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrMkwAZ6bGqTt119eoG4ck25ceELZEw_ruyVhyphenhyphenX0NMcmzPhv6e49iBDsU4K5WW-cnpESeaw9W6Qt0ex-r2rSbfA4Zy8ozTLEq5tOkyaEfT4BhzCrO-JhPco6tcR9YoIC75vRssfSZq-Hq2/s1600/CIMG2970.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrMkwAZ6bGqTt119eoG4ck25ceELZEw_ruyVhyphenhyphenX0NMcmzPhv6e49iBDsU4K5WW-cnpESeaw9W6Qt0ex-r2rSbfA4Zy8ozTLEq5tOkyaEfT4BhzCrO-JhPco6tcR9YoIC75vRssfSZq-Hq2/s320/CIMG2970.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5elQAhGc9uWLmg6VK3z9eLnP4852ABgeab3-68pJtoVJGzyE1OvAgyOqDn1-hA6OhpxWC9k6t5Jar47EPY1nZXp_PgKUxb_DxiXzG2X0M4-h2-Zlx3KwVhvcs_DbGSVEVli2_P-Br4-dB/s1600/CIMG2971.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5elQAhGc9uWLmg6VK3z9eLnP4852ABgeab3-68pJtoVJGzyE1OvAgyOqDn1-hA6OhpxWC9k6t5Jar47EPY1nZXp_PgKUxb_DxiXzG2X0M4-h2-Zlx3KwVhvcs_DbGSVEVli2_P-Br4-dB/s320/CIMG2971.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeVA5Svhvqojol_Imb_cUTvn-JfQmf-EeJTpG259S-4q8OlORtWRC3M_FQcrn_gQiZmzkHhVaa25k-6x6ihV0Oz918oQotK8O397kSb3aaDtY5bblayXXtyOjCw_i6d7anqJ1VaQ6bKdHI/s1600/CIMG2972.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeVA5Svhvqojol_Imb_cUTvn-JfQmf-EeJTpG259S-4q8OlORtWRC3M_FQcrn_gQiZmzkHhVaa25k-6x6ihV0Oz918oQotK8O397kSb3aaDtY5bblayXXtyOjCw_i6d7anqJ1VaQ6bKdHI/s320/CIMG2972.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhPCiYArWhlZBe8hJVOW2gjysF1hqxMeRxzf-a3LjEdbP6AmBUQuHWTyQWYQNsyfQ3qYZaXjDZqUH6yAxxtRt1fiOgAJ9nyxRcG4yg9kirixUWbPF6PHFAjJsGTBsCSs0Np3KMr6RVCyXk/s1600/CIMG2974.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhPCiYArWhlZBe8hJVOW2gjysF1hqxMeRxzf-a3LjEdbP6AmBUQuHWTyQWYQNsyfQ3qYZaXjDZqUH6yAxxtRt1fiOgAJ9nyxRcG4yg9kirixUWbPF6PHFAjJsGTBsCSs0Np3KMr6RVCyXk/s320/CIMG2974.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxps2LN46-FN-dIpdToMa5mUVX6kTdb-8CGaeSQy-fBeOS0UC-e3ZT6pMJEu-N-eSBYuQO4RfR9h40IEc1Frfdju_a3r5aMjpEP6QgX5l5m4ajt3AX1Odjh9Zr54TkbJ_-eXjCK7uJ6LlX/s1600/CIMG2975.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxps2LN46-FN-dIpdToMa5mUVX6kTdb-8CGaeSQy-fBeOS0UC-e3ZT6pMJEu-N-eSBYuQO4RfR9h40IEc1Frfdju_a3r5aMjpEP6QgX5l5m4ajt3AX1Odjh9Zr54TkbJ_-eXjCK7uJ6LlX/s320/CIMG2975.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAc02ifkTs1f2a6a5B9LFPbfy0PMpHXCSA_DWp_XY8UHAOc2RuDlJGsmKRVcxmussim_qPsLjmy90kQHugGnBi1cQlCtchk2Hx_P4_5PW9Cve3B4eOCQB3Uf5B20ta2mLaiYOmLVx2RjPu/s1600/CIMG2976.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAc02ifkTs1f2a6a5B9LFPbfy0PMpHXCSA_DWp_XY8UHAOc2RuDlJGsmKRVcxmussim_qPsLjmy90kQHugGnBi1cQlCtchk2Hx_P4_5PW9Cve3B4eOCQB3Uf5B20ta2mLaiYOmLVx2RjPu/s320/CIMG2976.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZohrNuQq0-VuymKMPJ_CL3iH2cv1JkQQi3xH3koDKsGt3ZShMwYeYhCAIGmRU3FoSrElqO9FdGycCHNpcK2X98niehdY8U59539zIjsHH-tZazWMk0ccRvKZ2e3A3pd9uZGaIKnDHM-Ao/s1600/CIMG2977.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZohrNuQq0-VuymKMPJ_CL3iH2cv1JkQQi3xH3koDKsGt3ZShMwYeYhCAIGmRU3FoSrElqO9FdGycCHNpcK2X98niehdY8U59539zIjsHH-tZazWMk0ccRvKZ2e3A3pd9uZGaIKnDHM-Ao/s320/CIMG2977.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr6ltyPqHoIsn8zwTAd3MR32sv5o0Im7AoYQkZDA2SIPyABg7QMnREO7ts4EkCzgmnhM2487cmchqUhdN-rYbUDtczVhoSfLDvNOadMvXBPh90b4A-LbJma0ESKfyLc_x3dcaQrosUCigk/s1600/CIMG2978.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr6ltyPqHoIsn8zwTAd3MR32sv5o0Im7AoYQkZDA2SIPyABg7QMnREO7ts4EkCzgmnhM2487cmchqUhdN-rYbUDtczVhoSfLDvNOadMvXBPh90b4A-LbJma0ESKfyLc_x3dcaQrosUCigk/s320/CIMG2978.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMxhzvP-vwlCLmq9X8gq98i5TvGgoh0iKHwXOBKXyHj18GbOJMNX3mjaIcieoluy8iD_DBmdzOkUy0V2Y12iJj3F48_8Rl16nQk8-_-H9hA7D-lgG5vbC3Xj1pIoyIk2JzTE-08k-NKEYA/s1600/CIMG2979.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMxhzvP-vwlCLmq9X8gq98i5TvGgoh0iKHwXOBKXyHj18GbOJMNX3mjaIcieoluy8iD_DBmdzOkUy0V2Y12iJj3F48_8Rl16nQk8-_-H9hA7D-lgG5vbC3Xj1pIoyIk2JzTE-08k-NKEYA/s320/CIMG2979.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidGV0Xug8KCaHmhpWh7uF8Pb4PRnbO4bfOf0GUol5muJCnmSr5micrqnpzvBHk3g4PHVP91SlLByDOW6yKH11lRKs2HWOB5Z1smbtUO_wT6PZv3yoDklHE1nmLY3vs8V4G5Qej2kyNx2G8/s1600/CIMG2981.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidGV0Xug8KCaHmhpWh7uF8Pb4PRnbO4bfOf0GUol5muJCnmSr5micrqnpzvBHk3g4PHVP91SlLByDOW6yKH11lRKs2HWOB5Z1smbtUO_wT6PZv3yoDklHE1nmLY3vs8V4G5Qej2kyNx2G8/s320/CIMG2981.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicjDq03HAmRftQUKSSsgClS7NCGKVFCTvE7TYtvD48p8zAGyBY6NPurAPMTQgleQOBgL1OMKvvznvVWNoP06anjPQU3NYvXZVz9XsaeaFouDdeXfOWdcNFvh7w4tP98XfEnsW85jhYWbLY/s1600/CIMG2982.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicjDq03HAmRftQUKSSsgClS7NCGKVFCTvE7TYtvD48p8zAGyBY6NPurAPMTQgleQOBgL1OMKvvznvVWNoP06anjPQU3NYvXZVz9XsaeaFouDdeXfOWdcNFvh7w4tP98XfEnsW85jhYWbLY/s320/CIMG2982.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiySnBPs9X87pKaFHP5EPcKa0ZsVKlVAx_WSqZnQksAlO51eDtHyZcJt2FTsG0JXBt_cRps4eSzhCEr2hyphenhyphen9eYXmIN9Y0XQBbc89XYqauurGZmuGtnqO6do9CqJ4lwLsn9328WnJF8O0PTZu/s1600/CIMG2983.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiySnBPs9X87pKaFHP5EPcKa0ZsVKlVAx_WSqZnQksAlO51eDtHyZcJt2FTsG0JXBt_cRps4eSzhCEr2hyphenhyphen9eYXmIN9Y0XQBbc89XYqauurGZmuGtnqO6do9CqJ4lwLsn9328WnJF8O0PTZu/s320/CIMG2983.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbzwR38ZTfZlEf_0LxwaDmyiXjBGPhJhya72a5BrmakcMoNfpD-VXARNgiuxhLuEf3cMzwUEOzQEVoa9cOYOpmUPAUW51rqf6vqTj8Lknh4YB1RO4BJezDaDLwDadLcjoQk6nwV2TFD1fe/s1600/CIMG2984.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbzwR38ZTfZlEf_0LxwaDmyiXjBGPhJhya72a5BrmakcMoNfpD-VXARNgiuxhLuEf3cMzwUEOzQEVoa9cOYOpmUPAUW51rqf6vqTj8Lknh4YB1RO4BJezDaDLwDadLcjoQk6nwV2TFD1fe/s320/CIMG2984.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8zRjxtiuSdepkVF3toV3axOQl14pzPPPwahYH5uPg1X7XitOAwlj4D7XJ0Hxz4RMFBBZKi5qSEVci3E-3ljg1mbL4f7r3U-mXWiL7yQKEMN0wo7SdmOPSE8D6prdr5H4d1n1-YxyVPHo8/s1600/CIMG2985.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8zRjxtiuSdepkVF3toV3axOQl14pzPPPwahYH5uPg1X7XitOAwlj4D7XJ0Hxz4RMFBBZKi5qSEVci3E-3ljg1mbL4f7r3U-mXWiL7yQKEMN0wo7SdmOPSE8D6prdr5H4d1n1-YxyVPHo8/s320/CIMG2985.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwrHX9KU0UmRRadGurLVRH_4OllarlcOpE9FMxY_4cTYzGcFwJBRVyGYpQ-bqJlUfThV2aZ3HIEUlxxAcfc1rOYzNmjyPurhjE39ZibIQMSxnnDdsEu3G__roatw7DEK47O-wQLpyyPI40/s1600/CIMG2986.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwrHX9KU0UmRRadGurLVRH_4OllarlcOpE9FMxY_4cTYzGcFwJBRVyGYpQ-bqJlUfThV2aZ3HIEUlxxAcfc1rOYzNmjyPurhjE39ZibIQMSxnnDdsEu3G__roatw7DEK47O-wQLpyyPI40/s320/CIMG2986.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlR-MwjT_r6ud2NeneUDNuuKRb2XXT-IUgLFKSv8Rm6JdVsztdIKv8jjKdzwc1Z5u7G9AgY8ZYkY0kNO7nX-QQyNiY2tnljS8E1so11v2RAQJ7F8aOeVjO6DnPf9vcnVBcCCmABbZz8ZaM/s1600/CIMG2987.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlR-MwjT_r6ud2NeneUDNuuKRb2XXT-IUgLFKSv8Rm6JdVsztdIKv8jjKdzwc1Z5u7G9AgY8ZYkY0kNO7nX-QQyNiY2tnljS8E1so11v2RAQJ7F8aOeVjO6DnPf9vcnVBcCCmABbZz8ZaM/s320/CIMG2987.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjopewdnl512DYR1hvFuyiKxKnN_vWVR4AERWXIF7WkVmfVwyjYF9yLv-lQ7pJj8l6ketN0wV0YpDLgbYOHmE4o6amKKsjt-a1DuW7xPNy5iI0EjlsHJO5mvHYlzp4qUyjTaQMFXGLVZLrb/s1600/CIMG2988.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjopewdnl512DYR1hvFuyiKxKnN_vWVR4AERWXIF7WkVmfVwyjYF9yLv-lQ7pJj8l6ketN0wV0YpDLgbYOHmE4o6amKKsjt-a1DuW7xPNy5iI0EjlsHJO5mvHYlzp4qUyjTaQMFXGLVZLrb/s320/CIMG2988.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9NuDJ-LrEngH3UxEjjAtuX405R0XKL7CjUZBkS_fEAJ1VOBrIXa6j-YJZXz6TngFc-4jLwYx67i3kLDJgyHFXNpZVxg-YINRpkuIq-C7j_0WzJ0svDK3xEZEv1u0LluCWu0svUya3K5OM/s1600/CIMG2989.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9NuDJ-LrEngH3UxEjjAtuX405R0XKL7CjUZBkS_fEAJ1VOBrIXa6j-YJZXz6TngFc-4jLwYx67i3kLDJgyHFXNpZVxg-YINRpkuIq-C7j_0WzJ0svDK3xEZEv1u0LluCWu0svUya3K5OM/s320/CIMG2989.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI3X4uJI6HemD4IHBWxkA7294_Cf4wt6U9oYjleSSg0ao9Tit-asHlYwUCq3W0P5kRDa2NC2StY4Ro96nPiwu73g4fzDkpqWK4IJGZNVeYRPYRkwfKQTmHG3DsjsdkXu4mpi0LMyEWog_B/s1600/CIMG2990.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI3X4uJI6HemD4IHBWxkA7294_Cf4wt6U9oYjleSSg0ao9Tit-asHlYwUCq3W0P5kRDa2NC2StY4Ro96nPiwu73g4fzDkpqWK4IJGZNVeYRPYRkwfKQTmHG3DsjsdkXu4mpi0LMyEWog_B/s320/CIMG2990.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgNunVDUnsKvbD1d_vPF5fqwsntkJ1SWaUhu8rhySiiSBc6f6BMpv6iEPLva1veCt3d0NYpzawpwSMHu550yFrbCylyTfV0_m5oCGxTNP8YwbcD5rCXh9XnJafPHnXPJJ7Ym-TegwKHJ8r/s1600/CIMG2991.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgNunVDUnsKvbD1d_vPF5fqwsntkJ1SWaUhu8rhySiiSBc6f6BMpv6iEPLva1veCt3d0NYpzawpwSMHu550yFrbCylyTfV0_m5oCGxTNP8YwbcD5rCXh9XnJafPHnXPJJ7Ym-TegwKHJ8r/s320/CIMG2991.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9PkyBMDfYTUmK_4U0c8lPEPlHHvuPpTMgszL4jRSLju2GYtLptMNrPxE1dShSF5T6DqARPgRSuh9re4QU29vE0yfpsMup7kXuLseGaM4Vbh2FhyphenhyphenROWoqRVpSqog_JUFdwJDwUnDI614DP/s1600/CIMG2992.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9PkyBMDfYTUmK_4U0c8lPEPlHHvuPpTMgszL4jRSLju2GYtLptMNrPxE1dShSF5T6DqARPgRSuh9re4QU29vE0yfpsMup7kXuLseGaM4Vbh2FhyphenhyphenROWoqRVpSqog_JUFdwJDwUnDI614DP/s320/CIMG2992.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoo1a7d8JvT0iorKMd514NM0i9GkybY2_CjPLiulxW243UhrLoFYHJjTqTf-DDLn_IMYI9-2pjyVeX4YZvup2_gU0WnSaxwsUrukqR50TmTShbj9t2eYJn1-yl308ljaDh4TY4S2zzJCQ4/s1600/CIMG2994.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoo1a7d8JvT0iorKMd514NM0i9GkybY2_CjPLiulxW243UhrLoFYHJjTqTf-DDLn_IMYI9-2pjyVeX4YZvup2_gU0WnSaxwsUrukqR50TmTShbj9t2eYJn1-yl308ljaDh4TY4S2zzJCQ4/s320/CIMG2994.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimoClbiYJIdFGRHe_7nH4C8ncsE76_9k9PCAPMKOzrOd5NiRGh68ShQLDRwhSqJatYffc_4a4xzq5Va1lgFhaovZUBu8b_vb34SwbIZosKONDreunnjhIH2hdK4EpCBq_VYhEEl1foYQ2f/s1600/CIMG2995.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimoClbiYJIdFGRHe_7nH4C8ncsE76_9k9PCAPMKOzrOd5NiRGh68ShQLDRwhSqJatYffc_4a4xzq5Va1lgFhaovZUBu8b_vb34SwbIZosKONDreunnjhIH2hdK4EpCBq_VYhEEl1foYQ2f/s320/CIMG2995.JPG" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><i>fotos tiradas por Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"</i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<br /></div>
</div>Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-76635614683954178462012-01-18T03:58:00.000-08:002012-01-18T04:09:25.677-08:00O Cavaleiro da Estrela Guia<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div>
<b id="internal-source-marker_0.017940996680408716"></b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b id="internal-source-marker_0.017940996680408716"><a href="http://paulo-lourenco.blogspot.com/2012/01/o-cavaleiro-da-estrela-guia.html" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzMfJj_MxPTPHSHYKQZ3D8TUS5ghIAwMiZ6wRzGKbTuZT5UtnikhqFESBGlFu02onoQAKjWKbPy7SbnN9CgFbvqBIKAs-rh7nX2CIFZxSH51CMSmyKdkiLuXFXlGVLISX_fflo4VoOiH9H/s320/O+Cavaleiro+da+estrela+guia.jpg" width="217" /></a></b></div>
<b id="internal-source-marker_0.017940996680408716">
</b><br />
<div dir="ltr" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;">
<b id="internal-source-marker_0.017940996680408716"><span style="font-family: Arial; font-size: 16px; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></b><br />
<b id="internal-source-marker_0.017940996680408716"><span style="font-family: Arial; font-size: 16px; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O Cavaleiro da Estrela Guia - a saga completa</span></b></div>
<b id="internal-source-marker_0.017940996680408716">
<span style="font-family: Arial; font-size: 16px; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><br /><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Um apaixonante livro relacionado com as religiões afro.brasileiras, psicografado por Rubens Saraceni</span><br /><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><br /><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O Cavaleiro da Estrela Guia – é uma psicografia de Rubens Saraceni, inspirada por Pai Benedito de Aruanda, repleta de conhecimentos, beleza e emoção. Neste livro, é contada a história de Simas de Almoeda, ou o Cavaleiro da Estrela Guia, homem perseguido por uma terrível história e por um implacável sentimento de culpa, apesar de suas ações e realizações maravilhosas. Por meio do desenrolar desta narrativa, vários ensinamentos a respeito da realidade do “outro lado da vida” são revelados, dando ao leitor a exata dimensão dos atos humanos, colocando-o diante de situações que expressam os conflitos do homem do novo milênio, tais como religião, fé, riqueza, poder, alma. Simas de Almoeda foi um juiz da Inquisição, que em sua existência terrena julgava o próximo de acordo com as leis humanas e que, de repente, viu-se diante do tribunal divino, sendo julgado por um juiz implacável: a sua própria consciência. Sua sentença: o tormento.</span><br /><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Não se espante se, sem ao menos esperar, você se encontrar às lágrimas diante desta narrativa que mostra o início da saga deste Cavaleiro da Estrela Guia dos negros africanos trazidos como escravos para o Brasil, em meados do século XVII.</span><br /><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><br /><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Leia abaixo a saga completa dividida em 3 volumes</span><br /><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><br /><span style="color: cyan;"><a href="https://docs.google.com/open?id=0B1CMAAVtwC4zMjQ1MjU5ZjItZGMxZi00NjBmLWIzMTgtZmFjZDUyY2RjYTUy" target="_blank"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; font-weight: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O Cavaleiro da Estrela Guia - Volume 1</span></a><br /><a href="https://docs.google.com/open?id=0B1CMAAVtwC4zMjQ1MjU5ZjItZGMxZi00NjBmLWIzMTgtZmFjZDUyY2RjYTUy"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; font-weight: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span></a><br /><a href="https://docs.google.com/open?id=0B1CMAAVtwC4zMzE5MWNhMTMtZjIzMy00NGFjLTk2YmItNmRjZGJkOWQyZTg5" target="_blank"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; font-weight: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A Iniciação no Amor - Volume 2</span></a><br /><a href="https://docs.google.com/open?id=0B1CMAAVtwC4zMzE5MWNhMTMtZjIzMy00NGFjLTk2YmItNmRjZGJkOWQyZTg5"><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; font-weight: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span></a><br /><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; font-weight: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="https://docs.google.com/open?id=0B1CMAAVtwC4zY2VjMTk5MGEtMTM0YS00OTMxLWJkZGUtMDQ0MzA2OWYzNGY0" target="_blank">Um Mergulho nas Trevas - Volume 3</a></span></span></b></div>
<div>
<b><span style="color: cyan;"><br /></span></b></div>
</div>Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-56480311410090730882011-11-30T08:20:00.000-08:002011-11-30T08:56:54.461-08:00Zé Pelintra e os Malandros na Umbanda<a href="http://paulo-lourenco.blogspot.com/2011/11/ze-pelintra-e-os-malandros-na-umbanda.html" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 226px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzIXzqIO8Z6IZ7_Zc4DeEYYTj-gcYpqCDU29tqVWilQlF-f0DjWuWfC4QnGfCYKzgUJ-J1noWELQabgGiusfeBDzMMUmmh4GpKkMrd11xVPf86cHs0qtBQcbwgTrCaQFh-sXtBeSew2FeG/s320/ze_pilintra_by_peff7.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5680831805039002018" /></a><div style="background-color: transparent; "><span><div style="text-align: center;"><b><span class="Apple-style-span"><br /></span></b></div><div style="text-align: center;"><b><span class="Apple-style-span">A origem de Zé Pelintra</span></b></div></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span><br />Seu Zé torna-se famoso primeiramente no Nordeste seja como frequentador dos Catimbós ou já como entidade dessa religião. O Catimbó está inserido no quadro das religiões populares do Norte e Nordeste e traz consigo a relação com a Pajelança indígena e os Candomblés de Caboclo muito difundidos na Bahia.<br />Conta-se que ainda jovem era violento e brigava por qualquer coisa mesmo sem ter razão. Sua fama de “erveiro” vem também do Nordeste. Seria capaz de receitar chás medicinais para a cura de qualquer mal, benzer e quebrar feitiços dos seus consulentes.<br />Já no Nordeste a figura de Zé Pelintra é identificada também pela sua preocupação com a elegância. No Catimbó, usa chapéu de palha e um lenço vermelho no pescoço. Fuma cachimbo, ao invés do charuto ou cigarro, como viria a ser na Umbanda, e gosta de trabalhar com os pés descalços no chão.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span><br />De acordo com Ligiéro (2004), Seu Zé migra para o Rio de Janeiro onde se torna nas primeiras três décadas do século XX um famoso malandro na zona boêmia carioca, a região da Lapa, Estácio, Gamboa e zona portuária. Segundo relatos históricos, Seu Zé era grande jogador, amante das prostitutas e inveterado boêmio.<br />Quanto á sua morte, autores descordam sobre como esta teria acontecido. Afirma-se que ele poderia ter sido assassinado por uma mulher, um antigo desafeto, ou por outro malandro igualmente perigoso. Porém, o consenso entre todas essas hipóteses é de que fora atacado pelas costas, uma vez que pela frente, afirmam, o homem era imbatível.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span><br />Para Zé Pelintra a morte representou um momento de transição e de continuidade”, afirma Ligiéro, e passa a ser assim, incorporado à Umbanda e ao Catimbó como entidade “baixando” em médiuns em cidades e paises diversos que nem mesmo teriam sido visitadas pelo malandro em vida, como Porto Alegre ou Nova York, Japão ou Portugal, por exemplo.<br />Todo esse relato em última instância não tem comprovação histórica garantida, e o importante nesse momento é o mito contado a respeito dessa figura. Seu Zé é a única entidade da Umbanda que é aceite em dois rituais diferentes e opostos: a “Linha das Almas” (caboclos e pretos-velhos), Baianos - estes todos da linha da Direita, e o ritual do “Povo de Rua” (Exus e Pombas-Giras) - estes da linha da Esquerda.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span><br />A Umbanda de Zé Pelintra é voltada para a prática da caridade, fora da caridade não há salvação, tanto espiritual quanto material; ajuda entre irmãos, propagando que o respeito ao ser humano, é a base fundamental para o progresso de qualquer sociedade. Zé Pelintra também prega a tolerância religiosa, sem a qual o homem viverá constantemente em guerras. Para Zé Pelintra, todas as religiões são boas, e o princípio delas é fazer o homem se tornar espiritualizado, se aproximando cada vez mais dos valores reais, que são Deus e as obras espirituais. Na humildade que lhe é peculiar, Zé Pelintra, afirma que todos são sempre aprendizes, mesmo que estejam em graus evolutivos superiores, pois quem sabe mais, deve ensinar a quem ainda não apreendeu e compreender aquele que não conseguiu saber. </span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span><br /></span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span>Zé Pelintra, espírito da Umbanda e mestre Catimbozeiro, faz suas orações pelo povo do mundo, independente de suas religiões. Prega que cada um colhe aquilo que planta, e que o plantio é livre, mas a colheita é obrigatória. Zé Pelintra faz da Umbanda, o local de encontro para todos os necessitados, procurando solução para os problemas das pessoas que o procuram. Ajudando e auxiliando os demais espíritos. Zé Pelintra é o médico dos pobres e advogado dos injustiçados, é devoto de Santo António, e protector dos comerciantes, principalmente Bares, Lanchonetes, Restaurantes e Boites.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span><br />A gira de Zé Pelintra (gira de Malandros) é muito alegre e com excelente vibração, e também disciplina é o que não falta. Sempre Zé pelintra procura trabalhar com seus camaradas, e às vezes, por ser muito festeiro, gosta de uma roda de amigos para conversar, e ensinar o que traz do astral. Zé Pelintra atende a todos sem distinção, seja pobre ou rico, branco ou negro, idoso ou jovem. Seu Zé Pelintra tem várias histórias da sua vida, desde a Lapa do Rio de Janeiro até o Nordeste.<br />Todavia, a principal história que seu Zé Pelintra quer escrever, é a da caridade, e que ela seja praticada e que passemos os bons exemplos, de Pai para filho, de amigo para amigo, de parente para parente, a fim de que possa existir uma corrente inesgotável de amor ao próximo. Zé Pelintra prega o amparo aos idosos e às crianças desamparadas por esse mundo de Deus. Se você, ajudar com pelo menos um sorriso, a um desamparado, estará, não importa sua religião ou credo, fazendo com que Deus também sorria e que o amor fraterno triunfe sobre o egoísmo. Zé Pelintra pede que os filhos de fé achem uma creche ou um asilo, e ajudem no que se puder, as pessoas e crianças jogadas ao descaso. Não devemos esquecer que a fé sem as obras boas é morta.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span><br />Zé Pelintra nasceu no Nordeste, há controvérsias se o mesmo tivesse nascido no Recife ou em Pernambuco e veio para o Rio de Janeiro, onde se fez malandro na Lapa e um certo dia foi assassinado a navalhadas em uma briga de bar.<br />Assim, Zé Pelintra formou uma bela falange de malandros de luz, que vêm ajudar aqueles que necessitam. Os malandros são entidades amigas e de muito respeito, sendo assim não se aceita que pessoas que não respeitam as entidades e a Umbanda, digam que estão incorporados com seu Zé ou qualquer outro malandro, e que eles fumam maconha ou tóxicos; entidades usam cigarros e charutos, pois a fumaça funciona como defumador astral.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span><br />Podemos citar além de Seu Zé Pelintra, Seu Chico Pelintra, Cibamba, Zé da Virada, Seu Zé Malandrinho, Seu Malandro, Malandro das Almas, Zé da Brilhantina, João Malandro, Malandro da Madrugada, Zé Malandro, Zé Pretinho, Zé da Navalha, Zé Manquinho, Zé do Cais, Zé do Morro, Maria Navalha, Maria do Cais, Malandra 7 Navalhas, Maria do Baralho, Malandra Rosa da Lapa, Malandra do Cabaré, Malandrinha das Almas, Rosa Malandra, Malandra da Estrada, Malandra do Morro, etc.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span><br /></span></span></div><div style="text-align: center;background-color: transparent; "><b><span class="Apple-style-span">A linha dos Malandros</span></b></div><div style="text-align: center;background-color: transparent; "><br /></div><div style="background-color: transparent; ">Os malandros têm como principal característica de identificação, a malandragem, o amor pela noite, pela música, pelo jogo, pela boemia e uma atração pelas mulheres (principalmente pelas prostitutas, mulheres da noite, etc...). Isso quer dizer que em vários lugares de culturas e características regionais completamente diferentes, sempre haverá um malandro. O malandro de Pernambuco, dança côco, xaxado, passa a noite inteira no forró; no Rio de Janeiro ele vive na Lapa, gosta de samba e passa suas noites na gafieira. Atitudes regionais bem diferentes, mas que marcam exatamente a figura do malandro. No Rio de Janeiro aproximou-se do arquétipo do antigo malandro da Lapa, contado em histórias, músicas e peças de teatro. Alguns quando se manifestam se vestem a rigor. Terno e gravata brancos. Mas a maioria, gosta mesmo é de roupas leves, camisas de seda, e justificam o gosto lembrando que: “a seda, a navalha não corta”. Navalha esta que levavam no bolso, e quando brigavam, jogavam capoeira (rabos-de-arraia, pernadas), às vezes arrancavam os sapatos e prendiam a navalha entre os dedos do pé, visando atingir o inimigo. </div><div style="background-color: transparent; "><br /></div><div style="background-color: transparent; ">Bebem de tudo, da Cachaça ao Whisky, fumam na maioria das vezes cigarros, mas utilizam também o charuto. Em alguns terreiros são também servidas comidas que eles gostam e petiscavam em vida, tais como queijos e salgados, e costumam ser colocadas em pequenas mesas e cadeiras, aonde eles se sentam muitas vezes e falam com os consulentes, bebendo e petiscando os comeres. </div><div style="background-color: transparent; ">São cordiais, alegres, dançam a maior parte do tempo quando se apresentam, usam chapéus ao estilo Panamá. Podem se envolver com qualquer tipo de assunto e têm capacidade espiritual bastante elevada para resolvê-los, podem curar, desamarrar, desmanchar, como podem proteger e abrir caminhos. </div><div style="background-color: transparent; ">Têm sempre grandes amigos entre os que os vão visitar em suas sessões ou festas. Existem também as manifestações femininas da malandragem, Maria Navalha é um bom exemplo. Manifesta-se como características semelhantes aos malandros, dança, samba, bebe e fuma da mesma maneira. Apesar do aspecto, demonstram sempre muita feminilidade, são vaidosas, gostam de presentes bonitos, de flores, principalmente vermelhas, e vestem-se sempre muito bem. Ainda que tratado muitas vezes como Exu, os Malandros não são Exus. Essa ideia existe porque quando não são homenageados em festas ou sessões particulares, manifestam-se tranquilamente nas sessões de Exu e parecem um deles. </div><div style="background-color: transparent; "><br /></div><div style="background-color: transparent; ">Os Malandros são espíritos em evolução, que após um determinado tempo podem (caso o desejem) se tornarem Exus. Mas, desde o início trabalham dentro da linha dos Exus. Pode-se notar o apelo popular e a simplicidade das palavras e dos termos com os quais são compostos os pontos e cantigas dessas entidades. Assim é o malandro, simples, amigo, leal, verdadeiro. Se você pensa que pode enganá-lo, ele o desmascara sem a menor cerimonia na frente de todos. Apesar da figura do malandro, do jogador, do arruaceiro, detesta que façam mal ou enganem aos mais fracos. </div><div style="background-color: transparent; "><br /></div><div style="background-color: transparent; ">Na Umbanda o malandro vem na linha dos Exus, com sua tradicional vestimenta: Calça Branca, sapato branco (ou branco e vermelho), seu terno branco, sua gravata vermelha, seu chapéu branco com uma fita vermelha ou chapéu de palha e finalmente sua bengala. Gosta muito de ser agradado com presentes, festas, ter sua roupa completa, é muito vaidoso, tem duas características marcantes: Uma é de ser muito brincalhão, gosta muito de dançar, gosta muito da presença de mulheres, gosta de elogiá-las ,etc...Outra é ficar mais sério, parado num canto assim como sua imagem, gosta de observar o movimento ao seu redor mas sem perder suas características. Às vezes muda um pouco, pede uma outra roupa, um terno preto, calças e sapatos também pretos, gravata vermelha e às vezes até cartola. Em alguns terreiros ele usa até uma capa preta. E outra característica dele é continuar com a mesma roupa da direita, com um sapato de cor diferente, fuma cigarros, cigarilhas ou até charutos, bebe batidas, pinga de coquinho, marafo, cerveja, conhaque e uísque; é sempre muito brincalhão, extrovertido. Seu ponto de força é na subida de morros, esquinas, encruzilhadas e até em cemitérios, pois ele trabalha muito com as almas, assim como é de característica na linha dos pretos velhos e exus. Sua imagem costuma ficar na porta de entrada dos terreiros, pois ele também toma conta das portas, das entradas, etc...É muito conhecido por sua irreverência, suas guias podem ser de vários tipos, desde coquinhos com olho de Exu, até vermelho e preto, vermelho e branco ou preto e branco.</div><div style="background-color: transparent; "><i style="font-family: 'times new roman'; font-size: small; "><br /></i></div><div style="background-color: transparent; "><i style="font-size: small; "><span class="Apple-style-span">Textos adaptados do “Curso de Umbanda da Sociedade Espiritualista Mata Virgem” e outros sem autor identificado</span></i></div><div style="background-color: transparent; "><i style="font-size: small; "><span class="Apple-style-span"><br /></span></i></div><div style="text-align: center;background-color: transparent; "><i style="font-size: small; "><span class="Apple-style-span"><br /></span></i></div><div style="background-color: transparent; "><span style="font-size: 15px; font-family: Arial; background-color: transparent; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></div><br /><center><br /><iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/Jp9q1qJnVAM" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><br /></center><center><br /></center>Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-15516417917299380922011-08-18T10:21:00.000-07:002011-08-18T14:42:13.805-07:00Máscaras Africanas<div style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjr92Ax1vOJ1ONRmkKup2-uISyqvznwL5Ngh3lIQBfugbqR0nEmtoeICzIgLcA9fvv7hb2MeloqYKUNFWvmnH-mcT9Koqy3VVQKaNHRg8hmNjDcTFR1lSRKxc5vZ7Jc_pngMr1KiGYrQkK/s200/danvi.jpg" style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 200px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5642313628365744946" /><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicp5rrIe5avvWuxpHdE2qm8UqSuFl0fcDpkH1arRurXOTtnh2ddvEGDEFcm5z839cB63qGl_gVtFH7Cgo0CwWlhnXkCONST9EV7rEjKLR_xqtk8BVJHiZB6s7LV1PgZBEyhVfTZp_n-CVn/s200/African-Masks-Jimini-Mask-8-LeftA.jpg" style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 142px; height: 200px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5642313624076847794" /><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGDV2pmQE2pnFsAtUjqWXeA183wqi9TAz_wt4tnrQnyhh-RREMPFWcCvITkWRUrfWvPWrSvUyzBZ_t-nqOrvXRcYOnp76XvYq7krn-qV1qAWlrCxGZKpN4rEglpRllc8t3fUYaxz2hywaM/s200/4526080039_7d82fdd745.jpg" style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 200px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5642313621657204290" /></div><div style="text-align: center;">
<br /></div><div style="text-align: center;"><b>O Papel das Máscaras na Cultura Africana</b></div><div style="background-color: transparent; "><span><div style="text-align: center;"><b>
<br /></b></div></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span>A máscara é um objeto que causa um fenômeno intrigante, qualquer individuo pode se tornar outra pessoa por debaixo de sua cobertura. Este processo de transformação é apreciado por diferentes culturas para simbolizar seus ancestrais e divindades na maioria dos rituais. Para alguns grupos, como tribos africanas, o poder da máscara vem desde o pe</span></span>ríodo de migração dos antigos povos. Algumas são criadas para assegurar colheitas férteis, fator muito importante na maioria das sociedades africanas, outras representam um papel sagrado na vida do indivíduo africano vindo desde sua infância até o momento de seu enterro. A máscara é vista como um símbolo e instrumento dentro de diversas comunidades facilitando a identificação de qualquer família ou clã dentro de seus ciclos.</div><div style="background-color: transparent; "><span><span>
<br /></span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span>A maioria das máscaras é feita de madeira, devido a sua abundância natural nas florestas. Os escultores selecionam freqüentemente os tipos diferentes de madeiras com várias razões em mente. Para o africano, a árvore é um ser vivo </span></span>com alma, assim eles a cultuam com vestimentas acreditando que elas tenham uma vida melhor até o momento de seu corte ou morte natural. Elas também possuem espíritos que habitam seu interior, este fato leva o escultor a consultar freqüentemente um Bàbáláwo, que realiza cerimônias de purificação e oferece um sacrifício para satisfazer o espírito da árvore com antecedência. Assim que a árvore é cortada, o escultor chupa sua seiva para alcançar uma fraternidade com o este mesmo espírito, fazendo com que ele possa achar uma nova moradia em outro lugar. O escultor acredita que este espírito transfere uma parte de sua força à máscara ou escultura, tornando-as poderosas. O talento do escultor em fazer máscaras sagradas se assemelha ao de um mestre que utiliza muita filosofia e sentimento em seus ensinamentos e doutrina. A madeira fresca é verde e macia, fator que facilita o trabalho do escultor, que por muitas vezes esfrega óleo de palma na peça para reduzir a velocidade no processo de secagem.</div><div style="text-align: center;">
<br /></div><div style="background-color: transparent; "><span><span>Geralmente a madeira apresenta várias manchas de sangue causadas pelos ritos de sacrifício a fim de simbolizar seu valor e poder. O escultor retira somente o excesso destas manchas amolecendo sua superfície com materiais orgânicos como folhas, peles de animais e arenito. A pintura é feita com a extração de tinturas vind</span></span>as de folhas, frutos, alguns legumes e até mesmo da terra.</div><div style="background-color: transparent; "><span><span>
<br /></span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span>Existem outros tipos de máscaras feitas com outros materiais como pano, ráfia, conchas, contas, dentes, ossos, fibras vegetais e pedaços de metal. As Máscaras retratam variedades faciais que podem ser abstratos, animais, uma combin</span></span>ação de características humanas como expressões amedrontadoras exageradas ou alegres e festivas, além de se diferenciar através de suas várias formas e tamanhos diferentes. Algumas Máscaras ficam presas diretamente na cabeça do dançarino, outras podem se sustentar frente à face presa na fantasia ou coberta de cabeça, como também existe um tipo parecido com um grande capacete que cobre a cabeça inteira e fica descansada sobre os ombros. Existe também uma máscara de panos bem grossos que tem uma aparência quadrada que fica presa na coroa da cabeça, unida a uma fantasia que cobre o corpo inteiro até os dedos dos pés. O dançarino olha por uma abertura no material da fantasia ou por um fino pano negro que lhe cobre face. O efeito é fazer o dançarino se aparecer com um antigo sacerdote, confirmando a convicção que ele é um espírito sobrenatural. São de dois modos primários as funções das máscaras africanas: o primeiro é utilizado em cerimônias públicas com participação de audiência; e o segundo provê uma cerimônia privada para sócios de uma sociedade secreta. Elas exercem funções nos principais rituais comuns como funerais, cultos de antepassado, iniciações e mitos que podem ser representados por máscaras de animais mitológicos, heróis e até mesmo o sol e a lua.</div><div style="background-color: transparent; "><span><span>
<br /></span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span>A fertilidade e aumento de humanos, animais ou a terra estão entre as preocupações mais vitais do africano. Ele depende de harmonia com a natureza e seus Deuses. Sendo assim, as festividades agrícolas são periodicamente celebradas ao longo das fases diferentes da estação crescente, de clarear a terra a encher as reserv</span></span>as de comida. Os altos sacerdotes utilizam suas máscaras durante todas as festividades representando uma comemoração teatral de suas divindades e ancestral, mostrando o conceito básico que a terra pertence aos antepassados. Uma colheita próspera depende da bênção deles e do testemunho do Ser Supremo. Observem que não estou representando diretamente os Òrìsà ou Olódùmaré simplesmente por estar falando de várias tribos e cidades diferentes de toda África. Os ritos funerários e o culto de espíritos ancestrais estão entre os rituais mais difundidos no mundo. Estes cultos são relacionados a uma larga variedade de ocorrências extremamente importantes, como a fertilidade da terra, seus animais e seres humanos. Os africanos acreditam que aqueles que morrem e são enterrados, fertilizam a terra com suas almas. Sendo assim, a terra pertence a eles, os antepassados, que são invocados para comemorar junto com seus familiares à harmonia do presente momento. Eles são vestidos com belas roupas que seriam preparadas justamente para o momento do retorno após a morte, como também utilizam as máscaras que simbolizavam suas identidades dentre os outros membros da comunidade. Para as sociedades secretas, os ritos de passagem acontecem quando um homem se move de um ciclo a outro em suas fases da vida. Nenhuma transição é mais importante que a passagem de adolescente para adulto, lhe dando direito de se tornar um sócio responsável da sociedade. As Máscaras que são usadas nas sociedades secretas servem para manter em segredo várias cerimônias de iniciação. </div><div style="background-color: transparent; ">
<br /></div><div style="background-color: transparent; ">Há vários tipos de sociedades secretas, mas o propósito principal delas é manter as leis e o exercício de controle social e político em cima das atividades comunitárias. Podemos concluir que as máscaras são símbolos que ilustram pessoas diferentes em diversas partes de sua cultura, estando presente no nascimento, adolescência, maioridade, matrimônio e morte. Embora estas passagens são semelhantes em toda natureza, nossas interpretações destes rituais ou cerimônias mostram que sempre esteve bem centralizada a formação social africana que até hoje continua mascarada para muitos outros povos.</div><div style="background-color: transparent; "><span><span><div style="text-align: center;">
<br /></div></span></span></div><div style="text-align: left;font-size: small;"><span style="font-size: x-small><span class=">Texto de:</span></div><div style="text-align: left;font-size: small;"><span style="font-size: x-small><span class="><i>
<br /></i></span></div><div style="text-align: left;font-size: small;"><span style="font-size: x-small><span class="><i>Awò Fagbenusola - Sacerdote da Indigenous Faith of African Tradition, Isin Egúngún ati Orò. </i></span></div><div style="text-align: left;font-size: small;"><span style="font-size: x-small><span class=">
<br /></span></div><div style="text-align: left;font-size: small;"><span style="font-size: x-small><span class=">Responsável pela Ègbé Awò Omo Egúngún Onífe. Maricá / RJ - Brasil
<br /></span></div><div style="text-align: left;font-size: small;"><span style="font-size: x-small><span class=">
<br /></span></div><div style="text-align: left;font-size: small;"><span style="font-size: x-small><span class="><i>
<br /></i></span></div><div style="text-align: left;font-size: small;"><span style="font-size: x-small><span class="><i></i></span></div><span><span><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA6M4leacA_n1MQLF9lNbMd9BvL8weguk9YWGESYhd4MvMKzdFJDmS47frUZGKbdaFMhT-VwuB0Ga4oXPrrY2BuJgGBdtQjTWJB_Sm8zet1TdMtPfbJvV6wWWoCPB2gln9DlQLSsP0O4Tq/s200/African-Mask.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5642309941972908226" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 132px; height: 200px; " /><div style="text-align: center;"><b>
<br /></b></div><div style="text-align: center;"><b>As Máscaras nas Sociedades Africanas</b></div></span></span><span><span>
<br /></span></span><div style="text-align: center;"><i>Os domínios de intervenção</i></div><div><span><span>
<br /></span></span></div><div><span><span>A máscara não é, na realidade, esta figura esculpida que costumamos ver, ela é uma personagem, um ser que representa por sua vez, uma divindade e uma força da sociedade humana. No momento em que alguém a enverga, seu portador está investido dos atributos reconhecidos de certa força divina ou social.
<br />
<br /></span></span></div><div><span><span>A máscara resulta numa variedade de domínios de intervenção que atesta a variedade de suas funções. Podemos distinguir quatro domínios de intervenção.Á máscara intervêm nas cerimônias de iniciação, nos ritos ligados ao nascimento e nas cerimônias funerárias; ela pode também dirigir os ritos de adoração. Nesse domínio estritamente religioso, as máscaras servem de proteção contra os espíritos maléficos e desempenham um papel de intermediários entre os deuses e os homens.</span></span><span><span>A máscara regula os litígios da paz e da Guerra e suas decisões são então irrevogáveis; no plano estritamente político as máscaras dão as diretrizes políticas aos responsáveis pelos destinos da comunidade; enfim asseguram a segurança das vilas e funcionam como policias das cidades. São ainda os mascarados que trocam informações em caso de necessidade. </span></span></div><div>A máscara desempenha um papel na vida económica porque deve velar pelo bom desempenho das semeaduras e das colheitas, intervir para apaziguar os deuses no caso das calamidades naturais que poderiam prejudicar a vida agrícola e ameaçar a sobrevivência da comunidade. </div><div>
<br /></div><div>As representações, as festas contam ainda com as máscaras para as danças, o canto e os desfiles mascarados. Estes domínios de intervenção correspondem ainda a funções sociais importantes desempenhados pelos mascarados. Mas cada função pede um tipo de máscara apropriada e a hierarquia das funções corresponde a uma hierarquia das máscaras. A função fundamental é de manter a ordem.</div><div>
<br /></div><div>A máscara é encarregada de manter a ordem do mundo, das sociedades e das famílias. A máscara intervêm para regularizar a ordem cósmica, ameaçada pelos interditos contra as leis sociais e naturais. Em face das calamidades naturais e das catástrofes humanas, as máscaras ordenam os sacrifícios para reparar os efeitos das transgressões que são a causa de todos esses males. </div><div>
<br /></div><div>Elas devem também velar pela rectitude dos modos sociais e manter os interditos que fundam a estrutura das famílias e das cidades.</div><div>
<br /></div><div>Enfim as máscaras de sabedoria ou grandes máscaras decidem por derradeiro as causas que a justiça comum não consegue regular. Sua intervenção nos problemas da guerra ou da paz visa também preservar a ordem social. Mas uma questão nos vem ao espírito: porque a necessidade de recorrer à máscara para assegurar a unidade social? </div><div>
<br /></div><div>Para manter a ordem na sociedade e no mundo, os homens tem tido a necessidade da autoridade dos deuses, dos espíritos e dos ancestrais. As máscaras encarnam os depositários naturais e sobrenaturais de autoridade. Elas funcionam como os fundamentos da lei, fonte da ordem e da energia. Assim, a sacralização da autoridade através de sua investidura (da máscara) torna-se um meio de assegurar a legitimidade e a energia necessária. As máscaras aparecem então, em última análise, como aparelhos ideológicos da sociedade tradicional africana que asseguram a conservação da ordem natural e a procura do equilíbrio e da luta contra a anarquia. Elas exprimem também a situação das sociedades que procuram não romper a continuidade primordial entre o mundo dos homens e o dos deuses, entre o natural e o sobrenatural.</div><div>
<br /><div style="text-align: left;font-size: small;"><i>Tradução livre do francês pelo Prof. Dr. Sérgio Paulo Adolfo – Tata Kiundundulu</i></div></div><div style="text-align: left;font-size: small;"><i>
<br /></i></div>Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-57673489900640130002011-07-10T09:01:00.000-07:002011-07-10T23:17:54.457-07:00"Você é Insubstituível" (Augusto Cury)<a href="http://www.secth.com.br/imagens/editor/e-book/Augusto_Cury_Voce_E_Insubstituivel.pdf" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 221px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJQNAqQ2bwUdhIG8uPiImdJ5zEbivagXAkqWb_g-SQyUD08HhTZNBjat9eBDz7aFfyRCWUzwxBoLQOornlGkHe3H50DjGPbCohaQvXq5k9rGSTgT8y9DMx06pAn9NhLiShyphenhyphenSNo-L58excT/s320/voce+%25C3%25A9+insubstituivel-capa+livro.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5627768457306755170" /></a><div style="text-align: center;font-size: small;"><span style="font-size: x-small><span class="><br /></span></div><div style="text-align: center;font-size: small;"><span style="font-size: x-small><span class=">Livro «Você é Insubstituível» Copyright © Augusto Jorge Cury 2002 </span></div><div style="text-align: center;font-size: small;"><br /></div><div><i><b><br /></b></i></div><div><i><b>"Eu considero você uma pessoa insubstituível. Sua capacidade de lutar pela vida é fantástica. A vida que pulsa em você é mais importante que todo o dinheiro do mundo e mais bela do que todas as estrelas do céu."</b></i></div><div><br /></div><div><br /></div><div><i>"Este livro fala do amor pela vida que habita em cada ser </i><i>humano. Ele conta a sua biografia. Se até hoje sua história nunca foi </i><i>contada em um livro, agora ela será, pelo menos em parte. Você descobrirá </i><i>alguns fatos relevantes que o tornaram um dos maiores </i><i>vencedores do mundo, dos mais corajosos dos seres, dos que mais </i><i>cometeram loucuras de amor para poder estar vivo.</i></div><div><i>Talvez você não saiba, mas você foi profundamente "apaixonado" </i><i>pela vida desde que o relógio do tempo começou a registrar as </i><i>fagulhas de sua existência. Não é tão simples viver a vida. As vezes, ela </i><i>contém capítulos imprevisíveis e inevitáveis. Mas é possível escrever os </i><i>principais textos de nossas vidas nos momentos mais difíceis de nossa </i><i>existência."</i></div><div><br /></div><div><div style="text-align: left;font-size: small;"><span style="font-size: x-small><span class=">Augusto Cury</span></div><div><br /></div><div>Todo ser humano passa por turbulências em sua vida. A alguns falta o pão na mesa; a outros, a alegria na alma. Uns lutam para sobreviver. Outros são ricos e abastados, mas mendigam o pão da tranqüilidade e da felicidade.</div><div><br /></div><div>Que pão falta em sua vida?</div><div><br /></div><div>Quando o homem explorar intensamente o pequeno átomo e o imenso espaço e disser que domina o mundo, quando conquistar as mais complexas tecnologias e disser que sabe tudo, então ele terá tempo para se voltar para dentro de si mesmo. Nesse momento descobrirá que cometeu um grande erro. Qual?</div><div><br /></div><div>Compreenderá que dominou o mundo de fora, mas não dominou o mundo de dentro, os imensos territórios da sua alma.</div><div>Descobrirá que se tornou um gigante na ciência, mas que é um frágil menino que não sabe navegar nas águas da emoção e que desconhece os segredos que tecem a colcha de retalhos da sua inteligência.</div><div><br /></div><div>Quando isso ocorrer, algo novo acontecerá. Ele encontrará pela segunda vez a sua maior invenção: a roda. A roda? Sim, só que dessa vez será a roda da emoção. Encontrando-a, ele percorrerá territórios pouco explorados e, por fim, encontrará o que sempre procurou: o amor, o amor pela vida e pelo Autor da vida.</div><div><br /></div><div>Ao aprender a amar, o homem derramará lágrimas não de tristeza, mas de alegria. Chorará não pelas guerras nem pelas injustiças, mas porque compreendeu que procurou a felicidade em todo o universo e não a encontrou. Perceberá que Deus a escondeu no único lugar em que ele não pensou em procurá-la: dentro de si mesmo.</div><div><br /></div><div>Nesse dia, sua vida se encherá de significado e uma revolução silenciosa ocorrerá no âmago do seu espírito: a soberba dará lugar à simplicidade, o julgamento dará lugar ao respeito, a discriminação dará lugar à solidariedade, a insensatez dará lugar à sabedoria. Mas esse tempo ainda está distante. Porquê?</div><div><br /></div><div>Porque nem sequer descobrimos que a pior miséria humana se encontra no solo da emoção. O homem sonha em viver dias felizes, mas não sabe conquistar a felicidade. Os poderosos tentaram dominá-la.</div><div>Cercaram-na com exércitos, encurralaram-na com armas, pressionaram-na com suas vitórias. Mas a felicidade os deixou atônitos, pois nunca o poder conseguiu controlá-la.</div><div><br /></div><div>Os magnatas tentaram comprá-la. Construíram impérios, amealharam fortunas, compraram jóias. Mas a felicidade os deixou perplexos, pois ela jamais se deixou vender e disse-lhes: "O sentido da vida se encontra num mercado onde não se usa dinheiro!" Por isso há miseráveis que moram em palácios e ricos que moram em casebres.</div><div><br /></div><div>Os cientistas tentaram entender a felicidade. Pesquisaram-na, fizeram estatísticas, mas ela os confundiu, falando-lhes: "A lógica numérica jamais compreenderá a lógica da emoção!" Perturbados, descobriram que o mundo da emoção é indecifrável pelo mundo das idéias. Por isso, os cientistas que viveram uma vida exclusivamente lógica e rígida foram infelizes.</div><div><br /></div><div>Os intelectuais buscaram a felicidade nos livros de filosofia, mas não a encontraram. Por quê? Porque há mais mistérios entre a emoção e a razão do que jamais sonhou a mente dos filósofos. Por isso, os pensadores que amaram o mundo das idéias e desprezaram o mundo da emoção perderam o encanto pela vida.</div><div><br /></div><div>Os famosos tentaram seduzir a felicidade. Ofereceram em troca dela os aplausos, os autógrafos, o assédio da TV.Mas ela golpeou-os, dizendo: "Escondo-me no cerne das coisas simples!" Rejeitando o seu recado, muitos não trabalharam bem a fama. Perderam a singeleza da vida, se angustiaram e viveram a pior solidão: sentir-se só no meio da multidão.</div><div><br /></div><div>Os jovens gritaram: "O prazer de viver nos pertence!" Fizeram festas e promoveram shows, alguns se drogaram e outros apreciaram viver perigosamente. Mas a felicidade chocou-os com seu discurso:</div><div>"Eu não me encontro no prazer imediato, nem me revelo aos que desprezam seu futuro e as conseqüências dos seus atos!"</div><div><br /></div><div>Algumas pessoas creram que poderiam cultivar a felicidade em laboratório. Isolaram-se do mundo, baniram as pessoas complicadas de sua história e as dificuldades de sua vida. Gritaram: "Estamos livres de problemas!" Mas a felicidade sumiu e deixou-lhes um bilhete:</div><div>"Eu aprecio o 'cheiro' de gente e cresço em meio aos transtornos da vida."</div><div><br /></div><div>Por que muitos falharam em conquistar a felicidade? Porque quiseram o perfume das flores, mas não quiseram sujar suas mãos para cultivá-las; porque quiseram um lugar no pódio, mas desprezaram a labuta dos treinos. Precisamos aprender a navegar nas águas da emoção se quisermos ter qualidade de vida no mundo estressante em que vivemos.</div><div><br /></div><div>O mundo da emoção não aceita atos heróicos tais como: "De hoje em diante acordarei bem-humorado", "Daqui para frente serei uma pessoa calma", "De agora em diante serei uma pessoa feliz, com alto astral e cheia de auto-estima". Grande engano! No calor da segunda-feira todas essas intenções se evaporam...</div><div><br /></div><div>No mundo da emoção as palavras-chaves são "treinamento" e "educação". Você precisa treinar sua emoção para ser feliz. Você precisa educá-la para superar as perdas e as frustrações. Caso contrário, sua emoção nunca será estável e nem capaz de contemplar o belo nos pequenos eventos da rotina diária. Você contempla o belo?</div><div><br /></div><div>Pisou nesta Terra um excelente mestre da emoção. Ele conseguia erguer os olhos e enxergar o belo num ambiente de pedras e areias.</div><div>No auge da fama e sob intensa perseguição, ele fazia pausas e dizia:</div><div>"Olhai os lírios do campo." Somente alguém plenamente feliz e em paz é capaz de gerenciar seus pensamentos e fazer de uma pequena flor um espetáculo aos seus olhos.</div><div><br /></div><div>Entretanto, muitos não conseguem ter prazer de viver. Eles estão desanimados e ansiosos. Por isso dizem: "A felicidade não existe. Ela é um sonho de homens que não acordam." </div><div>Eles se sentem sem forças para superar seus pensamentos negativos e para vencer as batalhas do dia-a-dia. Alguns, apesar de não terem problemas exteriores, também perderam o sentido da vida.</div><div><br /></div><div>A vida é belíssima, mas não é tão simples vivê-la. Às vezes, ela se parece com um imenso jardim. De repente, a paisagem muda e ela se apresenta árida como um deserto ou íngreme como as montanhas.</div><div>Independentemente dos penhascos que temos de escalar, cada ser humano possui uma força incrível. E muitos desconhecem que a possuem.</div><div><br /></div><div>Para provar isso, vou contar-lhe uma história real e impressionante de alguém que possui uma capacidade descomunal de lutar pela vida e que um dia foi o maior vencedor da Terra, o mais corajoso dos seres. Sabe quem? Você! Duvida? Deixe-me contar alguns fatos relevantes da sua biografia que talvez você desconheça!</div><div><br /></div><div>Um dia você foi inscrito para participar do maior concurso do mundo, da maior corrida de todos os tempos. Acredite, você estava lá!</div><div>Eram mais de quarenta milhões de concorrentes. Pense nesse número. Todos tinham potencial para vencer e só um venceria. Será que você era mais um número na multidão ou tinha algo especial?</div><div><br /></div><div>Analise quais seriam as suas chances. Zero, zero, zero, zero, zero, zero, zero, zero, quatro (0,000.000.04). Você nunca foi tão próximo de zero. Suas chances eram quase inexistentes. Tinha tudo para ser mais um derrotado, tinha todos os motivos para ser um grande perdedor. Qualquer um acharia loucura participar dessa corrida. Mas você participou e ainda achava que iria vencer.</div><div><br /></div><div>Talvez fosse melhor desistir e se conformar com a derrota. Mas você era o ser mais teimoso do mundo, sua garra era incrível. Por isso jamais admitiu recuar. A palavra desistir não fazia parte do seu dicionário genético. Por quê? Porque, se perdesse essa corrida, perderia o maior prêmio da História. Qual?</div><div><br /></div><div>A VIDA</div><div><br /></div><div>Que disputa era essa? A disputa do espermatozóide para fecundar o óvulo. A corrida pelo direito de formar uma vida. Talvez você nunca tenha imaginado, mas já participou da mais excitante e perigosa aventura da existência. Seria mil vezes mais fácil vencer as eleições para presidente de seu país. É incrível, mas você venceu! Como você conseguiu?</div><div><br /></div><div>Seria também mais fácil ganhar dezenas de prêmios de melhor ator ou atriz. Você foi surpreendente! Sinto-me honrado em tê-lo como leitor. Mas cada ser humano não foi um vencedor? Sim!</div><div>Contudo, esta é a sua biografia. Somente alguém com uma força descomunal como a sua poderia vencer uma corrida com milhões de concorrentes pisoteando-o, pressionando-o, ultrapassando-o.</div><div><br /></div><div>Contudo, hoje, os tempos mudaram. Se alguém pisa no seu pé, você perde a paciência. Se alguém o pressiona ou o critica, você se estressa e desespera. E se alguns concorrentes estão à sua frente, você desanima e tem insônia. Volte a suas origens! Naquela época nada o abalava. Quem o controlava era o sonho de estar vivo, não os seus problemas ou seus concorrentes.</div><div><br /></div><div>Você foi um grande sonhador. Sonhou sem ter capacidade de sonhar. Sonhou, através do seu programa genético, com o espetáculo da vida. O que você pensou na grande corrida? Nada! Você ainda não pensava. O passo mais importante da vida foi dado na ausência das idéias. Você agiu antes de pensar. Entretanto, hoje você deve pensar antes de agir. Quem reage sem pensar atira sem pontaria.</div><div><br /></div><div>Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para executar seus sonhos.</div><div>Melhor é errar por tentar do que errar por se omitir! Não tenha medo dos tropeços da jornada. Não se esqueça de que você, ainda que incompleto, foi o maior aventureiro da História.</div><div><br /></div><div>Vamos analisar suas façanhas para conquistar o pódio da vida para que você fique plenamente consciente das batalhas que superou. Você sabia que foi o maior alpinista do planeta? Não? Vou contar a história sintética de dois grandes alpinistas que conquistaram o topo do mundo</div><div>para mostrar-lhe que você foi o mais corajoso alpinista de todos os tempos.</div><div><br /></div><div>Na primavera de 1953 ocorreu um feito notável. Uma expedição internacional chegou ao Nepal com a grandiosa ambição de escalar o topo do mundo, o Everest. Eram 8.550 metros de altura.</div><div>Uma façanha enorme! Um desafio dramático. A brancura do gelo vestia as montanhas e produzia medo e excitação no solo da emoção.</div><div><br /></div><div>Muitos já haviam tentado. Alguns desistiram no meio do caminho, outros simplesmente morreram. Morreram congelados, soterrados pelas avalanches de gelo, por asfixia, devido ao ar rarefeito, ou pelo mal das montanhas, caracterizado por tontura, falta de ar, dor de cabeça, hemorragia nasal e até perda da consciência.</div><div><br /></div><div>Dois homens simples, sem fama, mas extremamente ousados faziam parte da expedição: Edmund Hillary e Tenzing Norgay. Eles partiram para a glória ou para o caos. Era mais prudente desistir.</div><div>Mas um projeto saturava a emoção deles. Se os seus projetos não saturarem a sua emoção, você não terá perseverança para executá-los.</div><div><br /></div><div>O corpo esfriava e a alma tremia com medo de avalanches à medida que avançavam. Os pulmões estavam ofegantes. De repente, fatigados, chegaram a mais um topo. Seus olhos brilharam. Então descobriram que haviam chegado ao topo do mundo. Quando desceram, o mundo ficou sabendo da extraordinária conquista.</div><div><br /></div><div>Todos ambicionam chegar ao topo de alguma coisa. Uns querem chegar ao topo da fama; outros, da eficiência profissional, da hierarquia acadêmica, do poder financeiro. Outros, mais sábios, almejam atingir o topo da qualidade de vida, o auge do sentido da vida, os patamares mais altos da tranqüilidade.Você quis chegar ao topo da vida.</div><div><br /></div><div>A conquista do Everest por Hillary e Norgay foi um momento inesquecível. Mas, tenha convicção, você foi o maior alpinista do mundo. Naquela época sua capacidade de lutar era imensurável. Você era pequeníssimo, mas ousado. Hoje você é grande, mas sente-se pequeno. Por quê? Porque as barreiras o assustam e, às vezes, o paralisam.</div><div><br /></div><div>Lembre-se de que, comparando o tamanho do espermatozóide com as montanhas que teve que escalar dentro do útero de sua mãe para fecundar o óvulo, você escalou centenas de montes Everest. Nada podia detê-lo. Quando temos um grande sonho, nenhum obstáculo é grande demais para ser superado.</div><div><br /></div><div>Todavia, é possível que, hoje, você veja seus obstáculos e tenha se tornado um especialista em reclamar e não em agradecer. Por isso, não consegue deixar de falar da crise financeira, das pessoas que o machucam e das frustrações da vida. Talvez você gaste energia excessiva com as críticas que recebe e com coisas que prejudicam o encanto pela vida. Desperte!</div><div><br /></div><div>Vamos continuar a ver as suas peripécias para fecundar o óvulo e se tornar um ser humano. Conhecer os perigos enormes que você correu e as façanhas que você fez para estar vivo hoje é fazer um laboratório de auto-estima.Você sabia que, no começo da vida, não apenas foi o maior alpinista da História, mas também o maior nadador do mundo?</div><div><br /></div><div>Você nadou sem barco de apoio, bússola ou outra tecnologia para fecundar o óvulo. E, além disso, tinha de atingir um ponto minúsculo sem ter o mapa do alvo. Imagine sair a nado da Europa até os EUA e atingir um alvo pequeno como um ovo de páscoa. Sua pontaria foi incrível! Você bateu todos os recordes imagináveis de nado livre.</div><div><br /></div><div>Você deveria estar nas páginas do livro dos recordes. Por isso, nunca diga que você não realizou nada de extraordinário. Se você se distraísse, perderia a disputa. Se desistisse, morreria. Seu destino era vencer. No início você era apenas uma célula. Mas, em seguida, ela se dividiu e, em poucos dias, desdobrou-se em milhões.</div><div><br /></div><div>Na lógica da vida dividir é aumentar. Dividir as conquistas multiplica a felicidade. Siga sempre a lógica da vida. Você foi tecido de modo assombrosamente maravilhoso no ventre de sua mãe. Nem todos os computadores do mundo unidos são tão complexos como você. A ciência é uma criança para explicar o espetáculo da vida que pulsa em seu ser. Nunca despreze a vida.</div><div><br /></div><div>Você cresceu no útero materno e foi envolvido numa bolsa de líquido amniótico. Era uma deliciosa piscina. Nela, você movia-se sem parar.Virou mais de quinhentas cambalhotas e chutou mais de mil vezes por dia sua mãe. Você era muito travesso, mas sua mãe o achava lindo. Você foi o maior chutador e o maior malabarista do mundo.</div><div><br /></div><div>Mas o útero era um mundo pequeno demais para as suas aspirações. Então você se encaixou no colo uterino e esperou cada minuto até que alguém abrisse a porta. Se pudesse, gritaria: "Me dêem passagem!" Você era decidido. Já havia vencido a grande corrida da vida, agora mostrava uma coragem arrebatadora para entrar no jogo social.</div><div><br /></div><div>Hoje você procura lugares calmos e sem tumultos, naquela época ninguém o seguraria na barriga de sua mãe. Queria dar a cara ao mundo. De repente... Incrível! Abriram a porta. Você nasceu! Todavia, espere! O mundo começou a desabar sobre você. Aspiraram seu nariz, te amassaram, a luz agrediu seus olhos. Você suspirou: "Que sufoco!"</div><div><br /></div><div>Só lhe restava abrir a boca e berrar! Todos diziam: "Que choro lindo!" Mal sabiam que você estava expressando: "Devolvam-me para onde eu estava!" O choro o aliviou. Chorar foi a primeira coisa que aprendemos no mundo e foi a primeira que represamos. Não tenha medo de chorar. Os grandes homens também choram...</div><div><br /></div><div>Nos primeiros meses, você não sabia falar uma palavra, mas todos queriam falar com você. Mas, quando aprendeu a falar e precisava que alguém o ouvisse, quase todos se calaram. Sem o diálogo, nossas histórias não se cruzam, ficamos ilhados em nossas emoções. Mas, infelizmente, o diálogo é uma ferramenta que está morrendo nas sociedades modernas. Que mundo estranho!</div><div><br /></div><div>De fato, esse mundo é incompreensível. Quando as crianças nascem elas são especiais, o centro do mundo, mas pouco a pouco muitos adultos as deixam na periferia de suas vidas. Os beijos e as carícias evaporam-se. Os pais trabalham para o futuro dos seus filhos, querem lhes dar o mundo, mas não têm tempo para dar a si mesmos. Eles precisam ter uma alma de criança para penetrar no mundo das crianças.</div><div><br /></div><div>Ao nascer, a memória de uma criança parece uma esponja, absorve tudo, arquiva inúmeras experiências. Foi assim que aconteceu com você. Nos computadores, o registro das informações depende de um comando. Na memória humana, ele é automático e involuntário, produzido pelo fenômeno RAM (Registro Automático da Memória). O fenômeno RAM se tornou o artesão de sua inteligência.</div><div><br /></div><div>Diariamente, milhares de pensamentos e emoções foram registrados. As experiências com grande volume emocional foram arquivadas privilegiadamente. Desse modo, o medo, carinho, rejeição, correção, apoio foram tecendo a colcha de retalhos de sua memória consciente e inconsciente. Cuidar do que você arquiva é acarinhar a sua vida. Você sabe cuidar de si mesmo?</div><div><br /></div><div>Múltiplos fenômenos foram lendo sua memória e produzindo milhares de pensamentos diários que foram registrados novamente, num ciclo contínuo. E você, sem perceber e sem ninguém lhe ensinar, aprendeu a entrar na sua memória e, em meio a bilhões de opções, resgatar os verbos, os substantivos, os adjetivos e produzir as cadeias de pensamentos. Sua mente é insondável, mas talvez você nem perceba.</div><div><br /></div><div>Sem saber o endereço de uma pessoa, é possível encontrá-la em São Paulo ou em Nova York. Talvez demore anos para achá-la. Mas como você encontra, em frações de segundos, as informações na "grande cidade da memória" sem saber seus endereços? E como as organiza para produzir milhares de idéias? Sua inteligência é um mistério. Encante-se com ela. Jamais duvide que você possui uma biografia espetacular.</div><div><br /></div><div>Depois de arquivar milhões de pensamentos na sua memória, surgiu algo ainda mais fantástico: a consciência. Milhões de livros são insuficientes para explicá-la. Através dela descobrimos que temos um "eu" e que somos um ser exclusivo no teatro da vida. Através dela construímos as relações sociais, amamos, sentimos falta das pessoas e procuramos romper nossa bolha de solidão.</div><div><br /></div><div>A personalidade foi, assim, confeccionada de maneira multifocal e bela. Se você é negativista, inseguro, corajoso, sonhador, isto se deve à história escrita em sua memória. Você interpreta o mundo pelas janelas da sua história. Ela contém milhares de arquivos com bilhões de informações. Você não pode deletar a sua memória, nem as experiências dolorosas nem as prazerosas. Ela só pode ser reescrita.</div><div>Como?</div><div><br /></div><div>Aplique a técnica do DCD (duvide, critique e determine).</div><div>Duvide de tudo aquilo que controla sua emoção e conspira contra sua vida. Critique cada pensamento negativo. Critique a passividade do "eu". Critique seu conformismo e reflita sobre as causas de seus conflitos. Determine ser alegre, seguro,' feliz. Dê um choque de lucidez em sua emoção, arquive novas experiências! Seja autor e não vítima de sua história.</div><div><br /></div><div>O homem é líder do mundo em que está, mas não é líder de seu mundo psicológico. A técnica do DCD deve ser feita diariamente com emoção e realidade e durante pelo menos seis meses. Ela contribui para reeditar o filme do seu inconsciente. Você não pode apagar o filme de sua vida, mas pode reeditá-lo. Não há milagre para mudar a personalidade, mas é possível treinar a emoção para ser feliz.</div><div><br /></div><div>Ao longo da formação da personalidade nos tornamos seres que pensam e que podem mudar a nossa história, privilégio indizível da espécie humana. Somos uma espécie inteligente num universo desconhecido. Só não se encanta com a vida quem está sufocado por preocupações, atolado com suas atividades e não consegue ver além da cortina das suas dificuldades.</div><div><br /></div><div>Cada ser humano possui um mundo único no palco da sua alma e espírito. Descubra-o. Reis e súditos, miseráveis e abastados são igualmente ímpares. Acima de sermos negros, brancos, árabes, judeus, americanos, somos uma única espécie. Quem almeja ver dias felizes precisa aprender a amar a sua espécie tanto quanto o seu grupo social.</div><div><br /></div><div>Se você amar profundamente a espécie humana, estará contribuindo para provocar a maior revolução social da História.</div><div>Estamos perdendo o instinto de espécie. Temos culturas e habilidades distintas, mas somos iguais no funcionamento da mente. Até as crianças deficientes mentais são tão complexas quanto os intelectuais. A diferença está apenas na reserva da memória.</div><div><br /></div><div>Por isso, toda discriminação é insana e inumana. Nunca se diminua ou se considere superior a alguém. Estenda as mãos, a partir de hoje, para as pessoas que pensam diferente de você.Você também comete erros e nem sempre é fácil suportá-los. Seja um sábio, reconheça seus erros e não se esconda atrás da sua rigidez e de seus julgamentos.</div><div><br /></div><div>Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior. A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe.</div><div><br /></div><div>Tenha a sabedoria superior. Seja um eterno aprendiz na escola da vida. A sabedoria superior tolera, a inferior julga; a superior alivia, a inferior culpa; a superior perdoa, a inferior condena.</div><div><br /></div><div>Sem o perdão, o monstro do passado eclodirá em seu presente e controlará seu futuro. Qual é a melhor forma de enfrentar um inimigo? É perdoá-lo.</div><div><br /></div><div>A palavra-chave para perdoá-lo não é tentar perdoá-lo, mas compreendê-lo. Ao compreendê-lo, você o perdoa. Se o perdoa, ele morre dentro de você e renasce de outra forma. Caso contrário, seu inimigo dormirá com você...</div><div><br /></div><div>Se alguém lhe bloquear a porta, não gaste energia com o confronto, procure as janelas. Lembre-se da sabedoria da água: "A água nunca discute com seus obstáculos, mas os contorna."</div><div><br /></div><div>Quando alguém o ofender ou o frustrar, "você" é a água e a pessoa que o feriu é o obstáculo! Contorne-o sem discutir. Aprenda a amar sem esperar muito dos outros.</div><div><br /></div><div>Proteja sua emoção. Filtre as agressividades e as incompreensões geradas pelos que o rodeiam. A emoção é a parte mais frágil da alma humana e, paradoxalmente, é a que mais tem proteção.</div><div><br /></div><div>Se você permitir, uma crítica o destruirá. Mas, se você se proteger, um milhão de ofensas não o afetarão. Não faça de sua emoção uma lata de lixo social.</div><div><br /></div><div>Não gravite em torno dos seus insucessos. É impossível evitar algumas derrotas. Quando for derrotado, saiba que não existe o fundo do poço para a inteligência humana, há sempre uma saída que você não enxerga. Aprenda a caminhar pelas vielas do seu ser para encontrá-la. Nosso mundo está dentro da casca de uma noz. Rompa-a e veja as oportunidades pulsando lá fora. Areje sua emoção.</div><div><br /></div><div>Todavia, se você estiver desanimado, zerado de auto-estima, frustrado com tudo e com todos que o cercam, gostaria que soubesse de mais uma façanha vivida por você no maior concurso do mundo, a mais poética de todas. Você sabia que viveu o maior romance da História? Quando? Espere um pouco, deixe-me falar sobre Shakespeare.</div><div><br /></div><div>O grande dramaturgo e poeta inglês William Shakespeare destilava emoção em seus textos. Ele passeava pela alma humana enquanto escrevia. Ele escreveu o drama de Romeu e Julieta, um fascinante par romântico que foi impedido de se amar. O amor entre esses jovens retrata o mundo belo e inexplicável da emoção.</div><div><br /></div><div>Talvez Shakespeare tenha baseado seu famoso drama em um casal de jovens de Verona, na Itália. Lá existe a casa de Julieta, aberta à visitação pública. Milhares de turistas vão anualmente a esse ardente cenário romântico. As mulheres japonesas, americanas, alemãs, brasileiras posam para fotos na sacada. Todo mundo quer viver um grande romance.</div><div><br /></div><div>Você já viveu um grande romance na vida? Nunca diga que não!</div><div>Você viveu o maior romance do planeta e foi correspondido. Seu romance era genético, instintivo e incontrolável. Nem Hollywood filmou um romance tão dramático como o seu. Quando? Você era o Romeu-espermatozóide, profundamente solitário e apaixonado pela Julieta-óvulo.</div><div><br /></div><div>Um mundo de obstáculos havia entre você e sua amada.</div><div>Contudo, a vida só teria sentido se você a encontrasse e se unisse a ela. Só assim você seria um ser completo. Você cometeu loucuras de amor para viver esse romance. Nunca alguém foi tão apaixonado pela vida como você. Nunca alguém teve uma auto-estima tão sólida.</div><div><br /></div><div>Quando você encontrou sua Julieta, ainda não tinha uma inteligência, apenas a memória genética. Mas, se conseguisse pensar, talvez dissesse a ela: "Fui pisoteado, pressionado e esmagado. Escalei montes altíssimos, nadei oceanos, corri enormes perigos para encontrá-la.</div><div>De hoje em diante, eu e você seremos um. Jamais desistirei da vida, a amarei para sempre!"</div><div><br /></div><div>O tempo passou e hoje é provável que você não seja tão apaixonado pela vida. As dificuldades surgiram, a fadiga bateu-lhe à porta, o medo roubou-lhe a paz e a ansiedade assaltou-lhe a alegria. Suas atividades sociais, conta bancária e tensões profissionais entulharam a sua emoção. Seus sorrisos já não são tão espontâneos e nem frequentes.</div><div><br /></div><div>Talvez você esteja tão ocupado que nem ache tempo para dialogar consigo mesmo. É provável que você cuide de todo mundo, mas tenha se esquecido de você mesmo. Talvez seja bom você fazer um "stop introspectivo": pare e repense seriamente o que você tem feito com sua vida. Será que você não se auto-abandonou?</div><div><br /></div><div>Você faz faxina em seu escritório, em sua bolsa, em sua casa, mas não faz uma faxina em tudo que perturba a sua alma. Você não desliga sua mente, não gerencia seus pensamentos e vive fazendo o velório antes do morto. O que significa isso? Significa sofrer por antecipação, viver problemas que ainda não ocorreram e que talvez nem ocorram.</div><div><br /></div><div>A vida já tem suas complicações e, como sua mente está continuamente agitada, você a complica ainda mais. Se esse for seu caso, você está com a mais comum e moderna síndrome psíquica: a síndrome SPA, a síndrome do pensamento acelerado. Quando pesquisei essa síndrome, descobri que nem sempre ela representa uma doença psíquica, mas um estilo doentio de vida. Como está seu estilo de vida?</div><div><br /></div><div>As características dessa síndrome são: pensamento acelerado, fadiga excessiva, irritação, déficit de concentração, déficit de memória, insatisfação, humor flutuante, etc.</div><div><br /></div><div>Muitos cientistas não percebem, mas o ritmo de construção do pensamento do homem moderno acelerou-se de um século para cá.</div><div>As causas? O excesso de informações, estímulos, estresse e preocupações sociais.</div><div><br /></div><div>Como você não gerencia e aquieta seus pensamentos, seu cérebro começa a protegê-lo. Como? Desligando-o. Sua memória fica péssima. E você e alguns médicos desinformados começam a achar que você está com alterações cerebrais. Na realidade, nosso cérebro tem mais juízo do que nós mesmos. Ele fecha as janelas da memória para pensarmos menos e gastarmos menos energia.</div><div><br /></div><div>Será que, devido à síndrome SPA, você não envelheceu no único lugar em que não é permitido envelhecer, no território da emoção? Será que você não se aprisionou no único lugar em que deveria ser livre, no palco de sua mente?</div><div><br /></div><div>Se estiver se sentindo velho e aprisionado, não desanime, pois o destino não é um fato inevitável, mas uma questão de escolha. Opte por libertar-se do cárcere da emoção.</div><div><br /></div><div>Quanto pior for a qualidade da educação, mais relevante será o papel da psiquiatria no terceiro milênio. No mundo todo, a educação passa pelo caos. O reflexo disso é grave: nunca tivemos uma indústria do lazer tão diversificada, tais como a TV, o esporte, os parques de diversões, a internet, mas o homem nunca foi tão triste e sujeito a tantas doenças emocionais.</div><div><br /></div><div>Entretanto, jamais diga: "O que estou fazendo neste mundo maluco? Não pedi para nascer!" Não é verdade. Você "optou" por nascer. Você não foi fruto passivo do seu pai e da sua mãe. Você "implorou" para nascer, lutou para nascer, batalhou para ter o direito à vida. A vida lhe pertence, você decidiu geneticamente por ela. Agora, precisa decidir intelectualmente por ela. Nunca desista da vida!</div><div><br /></div><div>Você não foi clonado. Você conquistou a maior disputa da História. Você correu todos os riscos do mundo para estar vivo. Isso faz uma diferença enorme. Você poderia ter sido um derrotado, mas venceu o mais arriscado concurso do universo.</div><div><br /></div><div>Lembre-se sempre de que no início da sua história você era fragilíssimo e solitário, mas foi um gigante. Agora você adquiriu uma fantástica inteligência e enormes habilidades e, além disso, possui pessoas que o amam e que você ama. Portanto, mais do que nunca, você tem todos os motivos para superar suas barreiras e vencer suas dores emocionais. O medo da dor as aumenta. Enfrente-as!</div><div><br /></div><div>Entretanto, se por qualquer motivo sentir que o mundo está desabando sobre você e que a carga dos seus problemas está insuportável, gostaria que refletisse sobre o que teria acontecido se você tivesse perdido a grande corrida pela vida. Pense! Por um lado, você estaria livre de todas as suas dificuldades. Não entraria em desespero, não choraria, não ficaria frustrado.</div><div><br /></div><div>Mas, por outro lado, estaria banido para sempre das páginas da vida. Ninguém notaria sua falta, pois você não existiria. Não teria um amigo para dialogar, pais para amar, filhos para beijar, pessoas complicadas para lhe dar lições de vida. Não teria ouvidos para apreciar uma música nem olhos para observar as flores. Outra pessoa estaria lendo este livro.</div><div><br /></div><div>Diante disso só lhe resta fazer uma coisa: amar a vida e ter coragem para vivê-la, mesmo que em alguns períodos você esteja cansado e transtornado. Nunca se esqueça de que o maior carrasco do homem é o próprio homem. Ninguém pode ferir mais você do que você mesmo. A vida é bela e delicada. Cuide carinhosamente dela.</div><div><br /></div><div>Se você é uma criança, não queira crescer rapidamente. Se quiser ser um adulto feliz, você precisa ser uma criança feliz. Se quiser ser feliz, desligue um pouco a TV e aprenda a brincar, sorrir, correr e viver intensas emoções. A vida adulta é muito séria e tem muitas ansiedades, por isso aproveite o tempo da ingenuidade. Curta seus amigos, role no tapete com seus pais, beije-os, toque-os.</div><div><br /></div><div>Se você é um adolescente, não viva numa crise crônica de insatisfação. Honre a sua inteligência, aprenda a fazer muito do pouco e a amar aquilo que você tem. Dê mais valor ao conteúdo do que à embalagem e não fique colocando defeitos em seu corpo. Rebele-se contra o padrão de beleza expresso pela mídia. Seja feliz do jeito que você é. A beleza está nos olhos de quem a vê...</div><div><br /></div><div>Se você é um adulto, não aja por instinto como agiu no começo da vida. Aprenda a expor e não impor as suas idéias. Treine ser eficiente, lúcido e trabalhar em equipe. Mas não viva para trabalhar - trabalhe para viver. Faça coisas fora da sua agenda que promovam seu prazer de viver e sua tranqüilidade. Que adianta você ser o mais rico do cemitério?</div><div><br /></div><div>Se você é uma pessoa idosa, deixe a sabedoria vestir a sua inteligência. Não tenha medo do fim da existência. A vida é apenas uma gota na perspectiva da eternidade. Viva cada minuto como um momento inesquecível. Não deixe o medo ser seu mestre. O medo é um péssimo matemático. Ele sempre aumenta e distorce a realidade. Aposente-se de seu trabalho, mas não aposente sua inteligência.</div><div><br /></div><div>Temos que aproveitar as oportunidades que a vida nos oferece.</div><div>Precisamos encontrar os oásis em nossos desertos. Os perdedores vêem os raios. Os vencedores vêem a chuva e com ela a oportunidade de cultivar. Os perdedores paralisam-se diante das perdas e dos fracassos. Os vencedores vêem uma oportunidade para começar tudo de novo.</div><div><br /></div><div>Por isso desejo que você seja um grande empreendedor. E, quando empreender, não tenha medo de cometer falhas. E, quando cometê-las, não tenha medo de reconhecê-las. E, quando reconhecê-las, não tenha medo de chorar. E, quando chorar, não tenha medo de reavaliar a sua vida. E, quando reavaliá-la, não esqueça de dar sempre uma nova chance para si mesmo.</div><div><br /></div><div>Você nasceu vencedor. Hoje, vencer não é deixar de cometer erros e falhas, mas reconhecer nossos limites e corrigir nossas rotas.</div><div>Vencer é não desistir. Espero que você se lembre sempre de que este livro relata uma parte preciosa da sua biografia, silenciosa, mas real.</div><div>Quando foi dada a largada da grande corrida da vida e o relógio do tempo começou a contar a sua existência, você brilhou.</div><div><br /></div><div>Brilhou tanto, que merecia o Oscar, o Nobel e todos os prêmios do mundo que promovem a criatividade, a competência e a perseverança. Mas tudo isso era pequeno para premiá-lo. Então entrou em cena um ser especial, o Autor da existência, Deus, do qual ouvimos muito falar e conhecemos tão pouco. Ele observou sua capacidade de lutar. E, por fim, o premiou com o maior de todos os prêmios: O MILAGRE DA VIDA.</div><div><br /></div><div>Só A VIDA poderia, ser o prêmio do maior alpinista da História, do maior nadador do mundo, do maior teimoso da Terra e daquele que viveu o maior romance de todos os tempos.</div><div><br /></div><div>Você é uma pessoa forte e especial. Superar um câncer, uma crise emocional, uma crise financeira, um transtorno profissional, um conflito de relacionamento é uma tarefa fácil comparada às turbulências que enfrentou para conquistar a vida que pulsa dentro de você. Nunca se auto-abandone e nem jamais desista das pessoas que o rodeiam, por mais que elas, ocasionalmente, o decepcionem!</div><div><br /></div><div>Não importa a idade que você tem nem mesmo se é uma pessoa famosa ou vive no anonimato. Também não importa se você está passando por uma derrota ou está no auge do sucesso. Nem mesmo importa se, em algumas situações, você fica angustiado, tenso, desesperado e tenha que admitir que não estava certo.</div><div><br /></div><div>O que importa e que você conquistou o direito de ser um ser humano, consciente, inteligente e livre. O que importa é que sua vida é mais importante do que todo o dinheiro do mundo e mais valiosa do que todos os aplausos das multidões.</div><div><br /></div><div>O que importa é que, apesar de todos os obstáculos, sua vida é mais bela e complexa do que todas as estrelas do céu. Ela é o maior espetáculo do mundo, a obra-prima do Criador.</div><div><br /></div><div>E por ter uma biografia tão magnífica, desejo que você continue lutando pelos seus sonhos, se apaixonando cada vez mais pela vida, amando intensamente os seus íntimos, conquistando novos amigos e sendo uma pessoa de grande utilidade para a sua sociedade.</div><div><br /></div><div>Traga sempre em sua memória que, ainda que você freqüente filas no banco, no trânsito, no supermercado, você não é mais uma conta bancária nem um número de identidade ou de cartão de crédito.</div><div><br /></div><div>Ainda que você tenha vários defeitos, cometa alguns erros e, em alguns momentos, seja derrotado pela ansiedade, não há duas pessoas iguais a você no palco da vida. Se você não existisse, o universo não seria o mesmo.</div><div><br /></div><div>Diante disso, que seja inesquecível que para o Autor da vida, para muitas pessoas que o conhecem e para mim, que escrevi parte de sua biografia neste livro, você não é mais uma pessoa na multidão. Todos nós consideramos você...</div><div><br /></div><div>UM SER-HUMANO INSUBSTITUÍVEL.</div><div><br /></div><br /><div style="text-align: left;font-size: small;"><span style="font-size: x-small><span class=">Sobre o autor:<br /><br />Augusto Jorge Cury é psiquiatra, cientista e autor de Inteligência Multifocal (Editora Cultrix), Treinando a Emoção para Ser Feliz (Academia de Inteligência), do qual alguns dos textos deste livro foram inspirados, e dos livros da coleção Análise da Inteligência de Cristo (Academia de Inteligência).<br />É também o fundador da Academia de Inteligência, um instituto que promove o treinamento de psicólogos, educadores e profissionais de recursos humanos.</span></div><div><br /></div></div>Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-81428076276938955062011-05-05T09:10:00.000-07:002011-05-05T17:16:17.434-07:00Em defesa de Exu<a href="http://paulo-lourenco.blogspot.com/2011/05/em-defesa-de-exu-historia-veridica.html" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 259px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr4lowqoL9M7ysgEUDQsrOZx6ZUneUTTJj70GYZZ8PYTX1DpIfzGCwaAIGpwnWMjqpOVt8Dw42-a1E2xZmygkWkaLH9y8QsXVRKTGrsuv1HEQbEa8UH0TVbPZgrDK4RX0aG_dMPQxQMtmo/s320/exu.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5603283030321016450" /></a><div style="text-align: center; font-size: large;"><b>Em defesa de Exu </b></div><div style="text-align: center;font-size: small;"><span style="font-size: x-small><span class=">(história verídica)</span></div><div style="text-align: center;"><br /></div>Aqui há um tempo atrás, estava eu a tomar café, e encontro uma amiga (que por acaso é brasileira) que já não via há algum tempo.<div>Cumprimentos e puxa palavra, quando toca o meu telefone. Espanto o dela, quando se apercebe da musica que tinha como toque. Que era nada mais nada menos, que um ponto de Exu gravado em mp3 (se não me engano começava assim: Laroiê, Exu é mojubá. Salve Exu Tiriri da Calunga).</div><div>Conclusão: discussão aberta. </div><div>Continuando, diz ela assim: - Ei, isso ai não é toque de macumba? coisa de Exu?</div><div>Eu - Isto é um ponto musicado de Exu. Porquê? Não Gosta?</div><div>E responde-me ela com uma ar irónico: - Credo, claro que não. Não me diga que você também é daqueles que andam nas encruzilhadas a acender velas?</div><div>Bom, eu da maneira mais calma possivel, tentei fazer ver a ela que as coisas não são bem assim, tentei explicar a ela o melhor que sei sobre Exu, pois as pessoas não nascem ensinadas, e ainda mais percebi que para ela, Exu é o demónio, o mal do mundo.</div><div>E depois da minha explicação toda, do meu esforço todo para tentar fazer ver a ela que estava errada, responde-me ela assim: - Pronto. Já vi que você é um defensor de Exu!</div><div>Quando ouvi aquelas palavras, fiquei um pouco sentido a olhar para ela, por uns momentos não me saia nada da boca. E aquelas palavras tocaram-me tão fundo, que pouco faltou para conter as lágrimas quando lhe respondi: - É isso mesmo. Sou defensor de Exu, sim!</div><div>Ela olhou para mim, virou-me as costas e foi embora.</div><div><br /></div><div>Aquela conversa deixou-me a pensar horas e horas seguidas nos nossos queridos irmãos, e em como deve ser dificil e ingrato exercerem suas funções. Como deve ser dificil proteger os seres humanos, lutar pela sua evolução, sem ver seu trabalho reconhecido, e ainda por cima ser difamado, esconjurado, e acusado de todos os males do mundo.</div><div>Por isso, dali em diante e até hoje, me sinto como "defensor de Exu". Porque se Exu nos defende no astral, temos nós a obrigação de o defender no material, da maneira que estiver ao nosso alcance.</div><div><br /></div><div>Laroyê Exu! Exu é mojubá!</div><div><br /></div><div style="text-align: center;font-size: small;"><span class="Apple-style-span">"Exú Lonan, (bis)</span></div><div style="text-align: center;font-size: small;"><span class="Apple-style-span">Modilê lodê e legbara,</span></div><div style="text-align: center;font-size: small;"><span class="Apple-style-span">Lebara mirê Exu tala kewa ô,"</span></div><div style="text-align: center;font-size: small;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'times new roman';font-size: small; "><i>Lisboa, 5 de Maio de 2011 © Paulo Lourenço “Ramiro de Kali”</i></span></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'times new roman'; "><i><br /></i></span></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span">Segue aqui também um texto sobre Exu, que não é da minha autoria, mas que gosto muito, e acho bem explicativo.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span"><div style="text-align: center;"><b>- Atuação dos Exus nos templos de Umbanda -</b></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">"Dentre as funções de Exu, a mais ostensiva e direta sobre as almas, sem dúvida é o controle das ações do submundo.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Essa função qualifica Exu como a polícia de choque do Astral, e os guardiões que executam essa tarefa plasmam corpos enormes e utilizam armas contundentes como espadas que, inibem os espíritos trevosos.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">O Exus Guardiões agem na guarda dos templos, selecionando as almas à serem admitidas no recinto do templo para doutrina, e agem também individualmente nos consulentes na manutenção da economia energética através da eliminação de bloqueios no kundalini, e na parte psicológica onde procuram orientar e dar cumprimento ao trabalho dos caboclos, pretos-velhos e crianças.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">E por meio de movimentações energéticas Exu ainda atua no inconsciente e subconsciente fazendo o aflorar e se personificar na pessoa, de modo que em diversos terreiros e em determinados casos, vemos pessoas que se contorcem, expondo seu inconsciente atulhado, e muitas ainda acham que estão incorporando um Exu.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">E por agir desse modo, em muitos terreiros médiuns acabam fazendo atrocidades, na ilusão de estarem possuídos por um Exu, quando na verdade estão se auto mediunizando. Então, para esses deixamos como alerta: Exu não é brincadeira, e lidar com Exu exige muito cuidado , responsabilidade e conhecimento.</div><div style="text-align: left;">Ainda assim, entendemos que esses processos anímicos são em alguns casos, uma válvula de escape para as pessoas, e muitos ainda vão aos terreiros para urrar, gritar, dançar e cantar, transformando o ritual numa festa profana. E haja bebida, e haja sensualismo...</div><div style="text-align: left;">Infelizmente muitos médiuns ou pseudomédiuns ainda não se conscientizaram da importância da Umbanda. E é óbvio que existem entidades, as almas endurecidas no mal, que se passam por Exus quando têm oportunidades ( e se diga de passagem: as oportunidades não são poucas), e instalam o caos nos templos ou terreiros gerando intrigas e estimulando a proliferação da baixa magia. Essas entidades também expõem formas deprimentes quando incorporam no médium, só que nesse caso ( quando o médium incorpora um espírito do submundo ) o médium não está expondo seu inconsciente mas, está sendo veículo de seres horríveis ( o que pode ser pior ); Apesar que, de qualquer forma o seu complexo etéreo físico será avariado e sua integridade psíquica violada para a satisfação dos desejos do seu companheiro astral que fará o possível para envolvelo em suas teias, portanto é difícil conseguir a reabilitação de um médium nesse estado.</div><div style="text-align: left;">No momento dessa obsessão pacífica, a simbiose entre encarnado e desencarnado acaba consolidando a união, e nesse caso não existe obsessão, existe um acordo de pessoas com interesses em comum, e essas ligações kármicas podem durar diversas encarnações onde, a função de obsessor encarnado e obsessor desencarnado se altera entre as duas ou mais almas.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Lembramos agora que, os vícios são as pontes que unem as almas frágeis. E que quando desencarnamos levamos conosco nossos vícios, e na dependência de nossos vínculos kármicos, não é raro que seres nos procurem oferendo trabalho em tarefas negras, as famigeradas macumbas, em troca da satisfação de nossos vícios.</div><div style="text-align: left;">Mas aí, o verdadeiro Exu não pode auxiliar o médium e não vai intervir de forma direta nesses casos, até que o julgo da lei caia sobre as almas endividadas ,e Exu seja obrigado a agir de forma mais enérgica para cumprir a justiça... É triste, mas nosso livre arbítrio acaba nesse caso se tornando um entrave para nossa evolução. Porém, temos que aprender a caminhar sozinhos, nem que seja pelo peso da lei.</div><div style="text-align: left;">Depois de tanta coisa que dissemos, percebemos que nós que somos cheios de imperfeições, quando olhamos o trabalho de Exu, sentimos como é difícil lidar com almas, com personalidades, como é triste quando um Exu vê um médium cair... um profundo pesar deve pairar na mente desses valorosos guardiões e de todas as entidades que militam na Umbanda ou em qualquer ramo espiritualista, de modo que só uma grande alma (mahatma) com um profundo senso de dever, pode impulsionar um trabalho tão digno e ao mesmo tempo tão ingrato pelo ponto de vista humano. É preciso ser muito especial para desempenhar essas nobres funções.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">E além de todo esse trabalho, no aspecto magístico e humano o Sr. Exu, como senhor do destino, ainda é o senhor do inconsciente e guardião dos arquivos referentes ao Dharma ( ficha Kármica), tanto a nível pessoal, como os arquivos referentes a coletividade. ( descida ao reino natural ). E tendo acesso a esses arquivos, Exu executa a Lei e em alguns casos, quando nos faculte algum merecimento, Exu pode intervir em nosso auxilio.</div><div style="text-align: left;">Mas nossa teias kármicas são densas e devemos lembrar que em nossas passagens terrenas (encarnações) nos relacionamos com inúmeras pessoas, direta ou indiretamente, e nos atamos a cadeias kármicas de difícil dissolução, e as vezes só a misericórdia divina pode nos dar aporte para nos libertarmos, e para que isso ocorra é imprescindível que tenhamos algum merecimento, e para termos algum merecimento precisamos nos conscientizar de novas fraquezas e falhas e agirmos já, em prol de nossa reforma íntima que se refletirá em nossos pensamentos, desejos, e ações, proporcionando horizontes mais claros para nossa vida.</div><div style="text-align: left;">Os Exus dizem com propriedade, que as humanas criaturas são imprevisíveis e volúveis, e esses comportamentos infelizes trazem conseqüências desastrosas para nós pois, costumamos encarnar com uma quantidade "x" de problemas a resolver e desencarnamos com uma quantidade de x+y+... , ou seja, além de não resolvermos nossas pendências, ainda arrumamos mais débitos na nossa ficha kármica.</div><div style="text-align: left;">Por essa razão é que ainda estamos entrevados na matéria densa, enquanto que outros espíritos, nossas antigos companheiros de jornada, já vislumbram oitavas superiores em planos mais sutis com missões mais nobres. E até quando permaneceremos na completa inércia ? Isso só nós é que podemos decidir, mas nos apressemos pois, muito tempo já se passou, muitos de nossos irmãos já se libertaram e nada nesse mundo é para sempre...</div><div style="text-align: left;">Então, também vimos que digerir e interagir em nossos processos mentais confusos também é tarefa de Exu, e isso enriquece nossa idéia da grandiosidade dessa classe de espíritos batalhadores.</div><div style="text-align: left;">Me desculpe o leitor pelo excesso de informações mas, tenho que dizer mais:</div><div style="text-align: left;">Não se limitando aos aspectos insólidos, Exu também é responsável pela manipulação da energia vital, utilizada na preparação dos corpos para encarnar e reciclada na desencarnação. Esse aspecto de Exu é próprio de sua função como senhor da energia e, permite que seres do submundo astral não se apoderem desse poder pois, nada é pior do que o poder em mãos erradas, as conseqüências seriam desastrosas, mas a divindade não há de permitir que isso ocorra e Exu nos protegerá de nós mesmos por misericórdia divina, até o ponto em que o karma coletivo esteja tão denso e pesado que só um hecatombe, uma exterminação em massa, possa lavar nossas almas; E não queremos que isso ocorra então trabalhemos na construção de um mundo melhor, com mais harmonia e justiça social. Isso não é impossível, é só sairmos da inércia, quebrarmos nossas cascas, lutarmos e proclamarmos a boa nova dos novos tempos que estão chegando. Façamos da virada do terceiro milénio um marco para o começo de um mundo melhor pois, o futuro depende do que fizermos agora, e já é hora de mudarmos.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">E a fórmula para nosso sucesso é simples, é só nos espelharmos nos nossos guias espirituais e procurarmos gradativamente sermos mais humildes, simples e verdadeiros pois, só assim um dia poderemos estar ao lado desses nossos velhos companheiros e mestres que hoje se identificam como caboclos, pretos-velhos e crianças, e porque não como guardiões de Umbanda, nossos ancestrais (Agbá)."</div></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: left;font-size: small;"><span class="Apple-style-span">Texto retirado do Livro: </span></div><div style="text-align: left;font-size: small;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: left;font-size: small;"><span class="Apple-style-span">«Umbanda - Uma Religião Autenticamente Brasileira» - <i>Eduardo Parra</i></span></div><div><br /></div><div><br /></div>Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-6234957939265849752011-05-04T03:46:00.000-07:002011-05-04T15:57:14.952-07:00Os Templários e o Baphomet<a href="http://paulo-lourenco.blogspot.com/2011/05/os-templarios-e-o-baphomet.html" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 314px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5swCrn-P4IAvd9bzFfADNlNnbOZk7EvZA4Eg6JKejBqCmPKS3qYK64v6LdJ1ONl0pzlo-ZqeGIIcwOYkJY_VNwd7uI1LC4KOlC8HR2GxW1UGRwwvKcd1abFCaXFlKs61PgJaFbTWu8nvc/s320/templ%25C3%25A1rios+templars+placa+slab+raku.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602992912982526770" /></a><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; "></span><span style="font-size: 16pt; span class=">Os Templários e o Baphomet</span></b></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; font-weight: bold; white-space: pre-wrap; "><br /></span></div><div style="background-color: transparent; "><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Baphomet (do grego), o andrógeno bode-cabra de Mendes. Segundo os ca</span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">balistas ocidentais, especialm</span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">ente os fra</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">nceses, os Te</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">mplários foram acusados por adorar Baphomet. Jacques de Molay, Grão-Mestre da Ordem do Templo, com todos os seus irmãos, morreram por </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">causa disso. Porém, esotérica e filosofi</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; "><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">camente falando, tal palavra nunca sig</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; font-size: 16px; white-space: pre-wrap; ">nificou “bo</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">de” nem qualquer outra coisa tão objetiva como um ídolo. O termo em questão quer dizer, segundo Von Hammer, “batismo” ou iniciação na sabedoria, das palavras gregas Baph e Metis, significando “Batismo de Sabedoria”, e da relação de Baphometus com Pã.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; "><br /></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Von Hammer deve estar certo, Baphomet era um símbolo hermético-cabalístico, mas a história, tal como foi inventada pelo clero, é falsa. Pã é o deus grego da Natureza, do qual deriva a palavra Panteísmo</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">; o deus dos pastores, caçadores, lavradores e habitantes das campinas. Segundo Homero, é filho de Hermes e Dríope; seu nome significa “Todo”. Foi inventor da chamada flauta </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; "><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">do deus Pã, e uma ninfa que ouvisse o som desse instrumento não resistia ao fascínio do grande Pã, apesar de su</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; font-size: 16px; white-space: pre-wrap; ">a figura grotesca. Pã tem certa relação com o bode de Mendes, no que este representa, como um talismã de </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; font-size: 16px; white-space: pre-wrap; ">grande potência oculta, a força criadora da Natureza.</span></span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Toda a filosofi</span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">a hermética se baseia nos segredos ocultos da Natureza e, assim como Baphomet, era inegavelmente um talismã cabalístico. O nome de Pã era de grande virtude mágica naquilo que Eliphas Levi </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">chamava de “Conjuração dos Elementais”. Outra teoria nos leva a uma composição do nome de três deuses: “Baph”, que seria ligado ao deus </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">Baal; “Pho”, que derivaria do deus Moloc; </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">e “Met”, advindo de um deus dos egípcios, Set. Para conhecê-los, sugiro a leitura do livro Maçonaria – Escola de Mistérios – Seus Sím</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">bolos e Tradições, de Wagner Veneziani Costa, lançamento da Madras Editora.</span></span></div><div style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; background-color: transparent; "><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "><br /></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="background-color: transparent;"><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; "></span></span><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre-wrap;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbTDLCmFbIOf_xZNW6ack3236wIB6dxAfau-uMqUSEnSq0w4dAtEWc5xOhvU9dRaigd6M5O6KeWw43vakI96m6nTe4NsqQKMe6P2vqNGm6ROppQgS4fnGC3jMFGB4MAUefDgoxyPrsHx0B/s200/thy-baphomet-aria.jpg" style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 200px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602839628385269538" /></span></span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">A palavra “Ba</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">phomet” em hebraico é como segue: B</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">eth-Pe-Vav-Mem-Taf. Aplicando-se a cifra Atbash (mét</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">odo de </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">codificação usado pelos cabalistas judeus), obtem-se Shin-Vav-</span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">P</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">e-Yod-Aleph, que se soletra Sophia, </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">palavra grega para Sabedoria.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; "><br /></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">O símbolo do Bap</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">homet é fálico, haja vista que em uma de suas </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">representações há a presença literal do falo, devida</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">mente inserido em um vaso (símbolo claro da vulva). O Baphomet de Levi possui mamas de </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">mulher, e o pênis é metaforicamente representado por um caduceu (símbolo de Mercúrio, usad</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">o h</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">oje na Medicina). Esse tipo de simbologia sexual aparece com freqüência na alquimia (o coito do rei e da rainha), com a qual o ocultismo tem relação. O Sol e a Lua ou, até mesmo, o S</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">ol e Vênus, a Estre</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">la matutina e vespertina, Phosforus, Lúcifer, o Portador da </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">Luz…</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Pode ser interpreta</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">do em seu aspecto metafísico, no qual pode representar o espírito divino que “ligou o céu e a</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; "> terra”, </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">tema recorrente na literatura esotérica. Isso pode ser visto no Baphomet de Eliphas Levi, que aponta com um braço para cima e co</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">m o outro para baixo (em uma posição muito semelhante a representações de Shiva na Índia). No ocultismo, isso representaria o conceito que diz: </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">“Assim é em cima, como é embaixo”.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; "></span><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT2n3APTppYfO-siANUgSFDEZL0b9pvyVXoU5NUweFTgFSVEGX5m1AigX_EopmME0n217tkorB1udxUfgg-8j_Fmav2lcFHiFPWq2HH8XOTP9U_5KzSVHXx0NJ4LIYWRgEjiFtFyIjNcju/s200/220px-Albert_Pike_-_Brady-Handy.jpg" style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 157px; height: 200px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602840336267918930" /><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Antes, porém, quero apresentar um personagem muito importante: Eliphas Le</span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">vi Zahed é tradução hebraica de Alphonse Louis Constant, abade francês, nascido no dia 8 </span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">de fevereiro</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; "> de 1810 em Paris. O maior ocultista do </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">século XIX, como muitos o consideram, era filho do </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">modesto sapateiro Jean Joseph Constant e da dona de casa Jeanne-Agnès Beaupu</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">rt. Tinh</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">a uma irmã, Paulina-Louise, quatro anos mais velha que ele. Apesar de mostrar desde menino aptidão para o desenho, seus pais o encaminharam para o ensino religioso. </span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Foi assim que, aos 10 anos de idade, ingressou na comunidade do presbitério da Igreja de Saint-Louis </span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">em L´lle, onde aprendeu o catecismo sob a direção do abade Hubault, que selecio</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">nava os garotos m</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">ais inteligentes que demonstravam alguma inclinação para a carreira eclesiástica. </span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Desse modo, Eliphas foi encaminhado por ele ao seminário de Saint-Nicolas du Chardonnet, para concluir seus estudos preparatórios. A vida familiar cessou para</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; "> ele a partir desse momento. No seminário, teve a oportunidade de se aprofundar nos estudos linguisticos e, aos 18 anos, já era capaz de ler a bíblia em seu texto original.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Após 15 anos de estudos, Eliphas Levi deixou o grande seminário para ingressar no mundo; tinha então 26 an</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">os de idade. Sua mãe, ao saber disso, suicidou-se. Abalado e sem nenhuma experiên</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">cia do mundo, teve muitas dificuldades para encontrar um emprego. </span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Essa ba</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">rreira aumentava ainda mais pelo boato que correu, segundo o qual ele ter</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">ia sido exp</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">ulso do seminário.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; "> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">Após ter percorrido o interior da França, trabalhando em um circo, Eliphas encontrou em Paris alguns trabalhos como pintor e jornalista. Fundou, com seu amigo </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">Henri-Alphonse Esquirros, uma revista intit</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">ulada As Belas Mulheres de Paris, na qual se aplicava como desenhista e </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">pintor, e Esquirros atuava como redator.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Eliphas Levi passou por vários empregos, sempre perseguido pelo clero que via nele um apóstata. Foi então que escreveu sua Bíblia da liberdade, desejando dividir com seus irmãos as alegrias d</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">e suas descobertas (1841). Essa publicação lhe custou oito meses de prisão </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">e 300 francos de multa! Foi acusado de profanar o santuário da religião, de atentar contra as bases da sociedade, de propagar o ódio e a insubordinação.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Ao sair da</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; "> prisão, realizou pequenos trabalhos, principalmente pintura de quadros e murais de igrejas, e fez colaborações jornalísticas. Apesar dos contratem</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">pos materiais, não deixou jamais de aperfeiçoar seus conhecimentos e enriquece</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">r sua erudição. Foi após E </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">manuel Swedenborg que encontrou os grandes magos da Idade Média, os quais o lançaram definitivamente no Adeptado: Guillaume Postel, Raymond Lulle, Henry Corneill </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">e Agrippa. Assim, em 1845, aos 35 anos de idade, escreveu sua primeira obra ocultista, intitulada O Livro das Lágr</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">imas ou o Cristo Consolador.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Em 1855, fundou a Revista Filosófica e Religiosa (cujos artigos principais se encontram em seu livro A Chave dos Grandes Mistérios. Nesse mesmo ano, publicou seu Dogma e Ritual da Alta Magia e o poema Calígula, identificando no personagem o imperador Napoleã</span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">o III. Por causa disso, foi preso imediatamente. No fundo da prisão escreveu uma réplica, o Anti-Calígula, retratando-</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">se</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">. Foi então po</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">sto em liberdade.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">No dia 31 de maio de 1875, faleceu Eliphas Levi. Aqueles que o acompanharam até o último momento testemunharam sua grande coragem e resignação. No momento de expirar, estava bastante calmo. Sua vida tinha sido plena de realizações espirituais. Havia </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">cumprido a missão de iniciado </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">e de iniciador.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">“Toda intenção que não se manifesta por atos é uma intenção vã,</span><span style="font-size: 12pt; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; "> </span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">e a palavra que a exprime é uma palavra ociosa. É a ação que prova a vida, e é também a ação que prova e demonstra a vontade.</span><span style="font-size: 12pt; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; "> </span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Por isso está </span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">escrito nos livros simbólicos e sagrados que os homens serão julgados, não conforme seus pensamentos e suas id</span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">éias, mas segundo suas obras.</span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Para ser é preciso fazer…”</span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">A ilustração mais famosa de Eliphas Levi sobre Baphomet, que muitos conhecem, seja de cartas de Tarot, como </span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">o demôni</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">o, seja como símbolo ocultista, é esta:</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "> </span></div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7zV61Z5qr1fc96PalqhREA6Urn5riP_iNp_ZfoBKGcQfShcnC9sLIbFjmQauenubnzfML-fUKFI8geWAYOOko6speXfsR-b9OCSGgrDhWAHYk_U8uOApzrDfLkBBUUUJ45WUTtY8wM0QA/s320/images+%25281%2529.jpg" style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 178px; height: 282px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602850795413117346" /><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">“Figura panteís</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">tica e mágica do absoluto. O facho colocado entre os dois chifres re</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">presenta </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">a inteligência equilibrante do ternário; a cabeça de bode, cabeça sintética, que reúne alguns car</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">acteres do cão, do touro e do burro, representa a responsabilidade só da matéria e a expiação, nos </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">corpos, dos pecad</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">os corporais. As mãos são humanas, para mostrar a santidade do trabalh</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">o</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">; fazem o sinal do esoterismo em cima e em baixo, para recomendar o mistério aos iniciados e mostram dois crescentes lunar</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">es, um branco que está em cima, o outro preto que está em baixo, para explicar a</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">s rela</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">ções d</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">o bem e do m</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">al, da misericórdia e da justiça. A parte baixa do corpo está coberta, imagem dos mistérios da ger</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">ação universal, expressa somente pelo símbolo do caduceu. O ventre do bode é escamado e deve ser </span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">colorido em verde; o semicírculo que está em cima deve ser azul; as pernas, que sobem até o peito, devem </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">ser de diversas cores. O bode </span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">tem peito de</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; "> mulher e, assim, só traz da humanidade os sinais da </span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">maternidade e do trabalho, isto é, os sinais redentores. Na sua fronte e em baixo do facho, vemos o signo do microcosmo ou pentagrama de ponta para cima, símbolo da inteligência h</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">umana que, colocado assim, embaixo do facho, faz da chama deste uma imagem da revelação divina”.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiofVmGwNNoUA5ErQ4uyw4t_LTXekr4eQOjeTpMHC7SXJbt-tV1zHtPpDKtxYX-eJ-wbu0dIyriJ-bOSzZ7jKMjSVsO2khlJf4n_3OsObDOcvgcULDcVrO1kDNIDUHeNZTKO5hClsErtj3v/s200/diabo-de-saint-merry.jpg" style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 166px; height: 200px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602842801571290898" /><span class="Apple-style-span"><div style="font-family: Georgia, serif; white-space: normal; background-color: transparent; "><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Esse panteu </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">deve ter por assento um cubo e, para estrado, uma </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">bola e um escabelo triangular</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">. </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">É uma boa representação; no entanto, peca historicamente e não deve ser tomado como “verdadeiro” Baph</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">omet, pois essa figura é muito parecida com a curiosa representação do Diabo, esculpida alguns anos antes da sua “tese”, em 1842</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">, no pórtico da igreja de Saint-Merri, em Paris.</span></div></span><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Em relação aos Templários, encontramos uma gárgula que poderia ter servido de </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">inspiração a Levi na comendoria de Saint Bris le Vineux que pertencia à Ord</span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">em.</span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Spectrum nos dá alguns esclarecimentos: “…Em meio às diversas polêmicas que compõem o tema do satanismo, alguns pontos não ficam totalmente esclarecidos. Por exemplo, a representação de uma cabra com corpo humano encontrada nos cultos do satanismo religioso é denominada Baphomet, que já era conhecida desde os tempos pré-cristãos. Portanto, não possui nenhuma relação com o demônio conhe</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">cido no cristianismo. Para os satanistas, Baphomet é uma energia da natureza que os </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">motiva a conseguir nossos objetivos. Nesse caso, a cabra com corpo humano e asas simboliza força, fertilidade e liberdade, características muito valorizadas pelos povos pagãos.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">O pentag</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">rama é um símbolo encontrado originalmente nas culturas pré-cristãs com diversos significados. No caso do satanismo religioso, é utilizado com duas ponta</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">s voltadas para cima, representando a face de Baphomet.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzKzSkT9HPQiZTrbH4uSdXN24-bD4-4bl3AZ0-dZ9_yJUoUIdxZPK0_5tTfrqzpA-iqOw6azBd4mJoYRAcuLaDOJyeoYK6d3PxLvMYuSgKHy5syS62RqY3fjwFP8oJVkxOOmfxxJM8UqxE/s320/POPE+WITH+UPSIDE+DOWN+SATANIC+CROSS.jpg" style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 185px; height: 276px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602843652223089218" /><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">A origem da cruz invertida nos remete a São Pedro, que não se julgava digno de morr</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">er como Jesus e p</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">ediu para ser crucificado de cabeça para baixo. Esse símbolo é encontrado na Basílica do Vatican</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">o, no trono ocupa</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">do pelo Papa. Porém, a cruz invertida também foi adotada por gr</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">upos que se intitulam satanistas ou anticristãos”.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "><br /></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; "></span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Na época dos celtas, o homem reconhecia </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">o espírito animador dos seres vivos. Ele era geralmente des</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">crito como o D</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">eus Cornudo, um homem com chifres. Era uma força sem moralidade, que não podia ser aplacada e com ela não se podia barganhar. Era simbolizada como o Deus Cornudo porque conferia certos poderes sobre os animais, e um</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; "> homem com chifres porque</span></span></div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgk1QsKcCu5eUyhY-gvr_MA_8am3CiznaSKNO6jCUGEgp8Ma8NFq0Cj7wZlYVxsfiIeEhluPsb7Q7MB4f1Nk9K5ZrlR1TWDo9bys3XDRAMFDBfD3YrMZZLoaWKgtsJUkAEpVNvg5PJS76G3/s320/2938819772_24dcf0a436.jpg" style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 213px; height: 320px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602844659601641490" /><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">representava algo extra que o homem poderia conquistar. Os chifres duplo</span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">s simbolizavam a natureza bipolar da força que era tanto boa quanto má, luz e escuridão, beleza e terror, positivo e negativo. Aind</span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">a mais, a imagem do Deus Cornudo dava uma impressão da espantosa e temível natureza desse tipo de poder.</span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Blavatsky relaciona Baphomet a Azazel, o bode expiatório do deserto, de acordo com a Bíblia Cristã, cujo sentido original – segundo a célebre ocultista russa – foi deploravelmente deturpado pelos tradutores das Sagradas Escrituras. Ela ainda explica que Azazel vem da união d</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">as palavras Azaz e El, cujo </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">significado assume a forma de um interessante “Deus da Vitória”. Não obstante a </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">essa definição, Blavatsky vai além em seus preceitos, quando equipara Baphomet – O Bode Andrógino de Mendes – ao puro Akasha, a Primeira Matéria da Obra Magn</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">a.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; "><br /></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">O Akasha é o princípio original, o espaço cósmico, o éter dos antigos, o quinto elemento cósmico. Ele é o substrato espiritual do Prakriti diferenciado. Segundo a </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">Teosofia, ele está relacionado a uma força chamada Kundalini. Eliphas Levi o chamou de Luz Astral. Na Filosofia Hindu é um lugar, o elemento éter. Tamb</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">ém significa ar, atmosfera, luz. Designa o espaço sutil onde estão armazenados todos os conhecimentos e feitos humanos, desde os primórdios. É a memória da humanidade. Corresponde ao Inconsciente Coletivo de Carl Jung.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></span></div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTwNR40Hefk0QesaHvlkmOuM9LYSq4kj_mXpg1-DAXmbM_I9REwhYLTmrRWYoKtx5ffSoyBjaWj5IsauGZc8hyo4yGtiVOj0yG_vliq0QWWcnxYz2ywRc9InXfJrIvSRWI1GQy67yqEm9R/s320/588.jpg" style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 214px; height: 320px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602855801838646482" /><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">O Deus Pã, antiquíssima divindade pelágica e</span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">special p</span><span style="font-size: 12pt; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; ">a</span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">ra </span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Arcá</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">di</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">a, </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">é o guarda dos rebanhos que ele tem po</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">r missão f</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">azer multiplicar. Deus dos bosques e dos pastos, protetor dos pastores, veio ao mundo com chifres e pernas de bode</span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">. Pã é</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; "> filho de Mercúrio. Era muito natural que o mensageiro dos deuses, sempre considerado intermediário, estabelecesse a transição entre os deuses de forma humana e os de forma animal. Parece, c</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">ontudo, que o nascimento de Pã provocou certa emoção em sua mãe, ela ficou assustadíssima com tão esquisita formação. As más línguas diziam que, quando Mercúrio apresentou o filho aos demais deuses, todo o Olimpo desatou a rir. Mas como é provável que ha</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">ja nisso um pouco de exagero, convém re</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">stabel</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">ecer os fatos na sua verdade, e eis o que diz o hino homérico sobre a estranha aventura: “Mercúrio chegou a Arcádia, que era fecunda em rebanhos; ali se estende o campo sagrado de Cilene. Nesses páramos, ele, de</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">us poderoso, guardou as alvas orelhas de um simples mortal, pois concebera o mais vivo desejo de se unir a uma bela ninfa, filha de Dríops. Realizou-se então o doce enlace matrimonial. Por fim, a jovem ninfa deu à luz o filho de Mercúrio, menino esquisito, de pés de bode e testa armada de dois chifres. Ao vê-lo, a nutriz abandona-o e foge. Espantam-na aquele olhar terrível e aquela barba tão espessa. Mas o benévolo Mercúrio, recebendo-o imediatamente, colocou-o no colo, cheio de júbilos. Chega assim à morada dos imortais ocultando o filho, cuidadosamente, na pele aveludada de uma lebre. Depois, apresenta-lhes o menino. Todos os imortais se alegram, sobretudo Baco, e dão-lhe o nome de Pã, visto que para todos foi considerado um objeto de diversão”.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></span><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Conta-se que as ninfas zombavam incessantemente do pobre Pã em virtude do seu rosto repulsivo, e o infeliz deus, ao que se diz, tomou a resolução de nunca amar. Mas Cu</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">pido é cruel, e afir</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">ma uma tradição que Pã, desejando um dia lutar corpo a corpo com ele, foi vencido e abatido diante das</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; "> ninfas que se riam.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">O deus Pã, entidade silvestre extremamente lúbrica (por isso é metade homem, metade bode), assedia a deusa Afrodite, personificação do amor carnal, com um sorriso maroto; E</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">ros, que personifica o impulso amoroso, empurra com ar brincalhão e malicioso os chifres de Pã, ocultando-os. Eros era considerado filho de Afrodite e de Ares, deus da guerra. </span></span></div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhajntucwMnDM_yBzhFw9tiuw9rF22KExGlRRehU_GaSf-oenOs-IBVS0nZvSmTesWxQHKyRPp5_at5FjtdXb-sdHiuMlW7ymw-ClQLFYIUppsMc6ZvGbFHtEnJP4DEB7nix0c3ptpcIZDd/s200/ram+god+gold.jpg" style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 156px; height: 200px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602846024540795506" /><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">Sua forma também me faz lembrar de outro deus, um deus Egípcio, AMON, que muitas vezes é representado também como um bode, com chifres grandes. Amon era o deus do oculto, do escuro </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">… da noite… do invisível…</span></span><div style="background-color: transparent; "><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "><br /></span></div><div style="background-color: transparent; "><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">No século XX, o controvertido ocultista inglês Aleister Crowley desenvolveu um culto e uma religião que têm como um de seus principais fundamentos exatamente o referido ídolo templário, segundo sua própria e peculiar concepção de Baphomet. </span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">O entendimento de Cro</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">wley por certo lançará mais matérias à reflexão sobre este discutível tema, bem </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">como ajudará a avaliar o modo polêmico de abordagem desse mistério, modo este que é típico de uma crescente vertente de ocultistas contemporâneos.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Ao longo </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">das obras de Crowley, são fartas as referências a Baphomet, chamado por ele de “Mistério dos Mistérios”, no cânone central de sua religião, composto na forma de um missal denominado Liber XV – A Missa Gnóstica. Tal era sua identificação com Baphomet, que esse nome foi adotado como um de seus mais importantes pseudônimos, ou motes mágicos.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">O assunto é tão relevante que nos Rituais de Iniciação da Ordo Templi Orientis, uma das Ordens lideradas por Crowley, praticamente todas as consagrações são feitas em nome de Baphomet, não importando se </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">os consagrados estejam conscientes ou não a respeito do sentido de tal ato e muito menos de suas implicaç</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">ões futuras. Tamanha é a proeminência do conceito implícito ao termo que no VI Grau da referida Ordem, a título de ilustração, numa clara referência a suas supostas raízes orientais, a palavra Baphomet é declarada como aquela que comporta os Oito Pilares (as oito letras que formam a palavra) que sustentam o Céu dos Céus, a Abóbada do Templo Sagrado dos Mistérios, no qual está o Trono do Rei Salomão.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjinFC9Y6jeOjNu7Z2HFuefA3qVWRnw5Q3ZQBQpNVvvnK3SaeX0YeOB_YYIeJ9zVjOHnhscQw2pDAu2ScSynpu-M85sLocSPNDL0hISQLix2YxHKfyEbCGxEvC-OILtHCWbAU8hTWOBOgzd/s320/lion_serpent_sun.png" style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 168px; height: 210px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602846572667870434" /><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Ainda em sua Missa Gnóstica, Crowley identifica Baphomet com um símbolo chamado “Leão-Serpente”, que, assim como Baphomet, é a representação do andrógino ou hermafrodita. Mais especifica</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">mente, ele é um composto que possui em si mesmo o equilíbrio das forças masculinas e femininas transmutadas num só elemento.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">O Leão-Serpente, na verdade, é uma forma cifrada de mencionar a concepção humana, a união dos princípios masculinos (Leão) com os femininos (Serpente), ou do espermatozóide com o </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">óvulo,</span></span></div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnhrE1pTv_pkZgOfEtpWM0xC6eHubNBfWFBu_SOdrMcsi5muJv1zdKMupsCjjeQwhbtnAct1wbM576hda8EQOxSiymGGk7pIz36EhRhYq34UfDrzJO_kjd_ed9pNIodd8h0rW6rEzLatOC/s200/kala_leontocefalo_mitraico.jpg" style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 108px; height: 200px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602846747493000738" /> <span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">formando o zigoto. </span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">Há, seguindo com os preceitos de Crowley, </span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">diversos modos de mencionar essa dualidade: Sol e Lua, Fogo e Água, Po</span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">nto e Círculo, Baqueta e Taça, Sacerdote e Sacerdotisa, P</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">ênis e Vagina, além de várias outras duplas de eternos polares. E eu tomo a liberdade de acrescentar A Espada e o Graal.</span></span><div style="background-color: transparent; "><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Originalmente, o símbolo representado pelo Leão-Serpente consta em alguns dos mais antigos documentos gnósticos, os quais remontam ao começo do século II d.C. Apresentado sob a forma de uma figura arcôntica com cabeça de leão e corpo de serpente, o Leontocéfalo era a própria imagem do Demiurgo do Mundo, sendo a versão gnóstica para o Jeová mosaico. Crowley, ao se utilizar desse mesmo simbolismo, pretendia resgatar os cultos de um cristianismo hoje considerado primitivo.</span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; "></span><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></span><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Crowley e seus adeptos, entretanto, não se detêm apenas em demonstrar o Mistério de uma forma puramente </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">alegórica. A “Luz da Gnose”, como é chamada, é celebrada de modo literal. Assim, o ponto máximo da encenação de seu missal consiste na celebração do Supremo Mistério, ou seja, durante a realização das Missas Gnósticas ocorre a comunhão, por parte de todos os partícipes da cerimônia, das hóstias, também chamadas de hóstias dos céus, ou bolos de luz, preparadas com sêmen e fluido menstrual. De acordo com Crowley, Baphomet, sob o nome Leão-Serpente, surge desse composto, da matéria primeva, oriunda da grande obra, ou seja, do ato sexual entre Sacerdote e Sacerdotisa.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIP5bWMY7E3P1-ywwI01lCPItp2l7VWgl3Ylw8KdC3fJs-QLSkSrCeLruTIqxpeQDgtjRgjxSMBZiQkeIoc4bD8_5WepQto-Y5wwIuQC8wSd3tgjCr6yG5TwFEXf7eauaWJAfwX2-tAc2t/s200/albion_oto_lamen.png" style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 127px; height: 200px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602847928520475826" /><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">Por meio dos poderes mágicos dos operantes do rito da grande obra, a matéria primeva é transmutada </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">em “Elixir”, ou “Amrita”. A grande obra, contudo, por meio das propriedades mágicas da fórmula de Baphomet, ainda teria a capacidade de transmutar os operantes do rito e não apenas a</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">s substâncias que o compõem. </span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">Baphomet, assim como concebido por Crowley, é então o Elixir ou tintura da sabedoria, o veículo da Luz da Gnose, a qual compõe o Mistério Místico Maior, também chamado seg</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">redo central de sua Ordo Templi Orientis. </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; white-space: pre-wrap; ">Crowley considerava Baphomet como o supremo Mistério Mágico dos Templários, segredo este que estaria concentrado nos graus superiores de sua Ordem. Da mesma forma, ele clamava que esse era o mesmo mistério oculto nos graus superiores da Maçonaria. Será que ele se enganou? Ou conhecia um outro rito na Maçonaria?</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="background-color: transparent;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span><br /><span style="font-size: 10pt; font-family: 'Times New Roman'; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Texto de: </span><span style="font-size: 10pt; font-family: 'Times New Roman'; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: italic; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Frater WLUX 11</span><br /><span class="Apple-style-span" style="background-color: transparent;"><span style="font-size: 10pt; font-family: 'Times New Roman'; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: italic; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span><br /><span style="font-size: 8pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: bold; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Bibliografia:</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span style="background-color: transparent; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; "></span><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 11px; white-space: pre-wrap;"><b><br /></b></span></span><span style="font-size: 8pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">BANZHAF, Hajo e THELER, Brigitte. O Tarô de Crowley – Palavras-Chave. São Paulo: Madras Editora, 2006.</span><br /><span style="font-size: 8pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">BORGES, Jorge Luis. O Livro dos Seres Imaginários. Rio de Janeiro: Editora Globo, sd.</span><br /><span style="font-size: 8pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">CARROLL, Peter James, texto traduzido por Pássaro da Noite.</span><br /><span style="font-size: 8pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">CROWLEY, Aleister. O Livro de Thelema. São Paulo: Madras Editora, 2000.</span><br /><span style="font-size: 8pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">KING, Francis. Sexuality, Magic & Pervesion, p. 98. Los Angeles: Feral House, 2002.</span><br /><span style="font-size: 8pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">–. The Secrets Rituals of the O.T.O., p. 164. Nova York: Samuel Weiser, 1973.</span><br /><span style="font-size: 8pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">LEVI, Eliphas. Dogma e Ritual de Alta Magia. São Paulo: Madras Editora, 2004.</span><br /><span style="font-size: 8pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">–. A Chave dos Grandes Mistérios. São Paulo: Madras Editora, 2005.</span><br /><span style="font-size: 8pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">RAPOSO, Carlos. In: “Baphomet”, Revista Sexto Sentido.</span><br /><span style="font-size: 8pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">STANLEY, Michael (coordenação). Emanuel Swedenborg. São Paulo: Madras Editora, 2006.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span style="font-size: 8pt; font-family: Arial; color: rgb(35, 35, 35); background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "><br /></span></div></div>Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-41707381566334667282011-04-27T05:05:00.000-07:002014-04-06T03:39:35.229-07:00O tempo é do Tempo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<a href="http://paulo-lourenco.blogspot.com/2011/04/o-tempo-e-do-tempo.html"><img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8PN-6kV32N6ovlhPtgRy1AgdoJ18Zzy8a3wrfZhwuEyvdmaAcPYyjKb2WI9kiq6XCsAbTWekTJ824_tYLbvG0LlM3M-9OwWoXYFQ0-qBLPUlND-VMppZ9OWhaUpcUIPRjdAmXdxZnOneR/s320/braid_hourglass_1024.jpg" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5600270210318865378" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 320px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 320px;" /></a><br />
<div style="text-align: center;">
<div style="font-size: x-large;">
<b><span class="Apple-style-span"><br /></span></b></div>
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">"O tempo e a maré não esperam por ninguém, </span></i><br />
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">caminham de mãos dadas, mas cada um pelo seu pé."</span></i><br />
<i><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></i>
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"> - Paulo Lourenço “Ramiro de Kali”</span><br />
<div style="font-size: x-large;">
<b><span class="Apple-style-span"><br /></span></b></div>
<div style="font-size: x-large;">
<b><span class="Apple-style-span">O tempo é do Tempo</span></b></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Havia um rapaz que desde os seus tempos de escola, sempre quis estar á frente de tudo e de todos, ele estudava feito um louco para poder ser o primeiro de entre os seus colegas, a saber as matérias que iam sendo dadas, e a responder ás questões que os professores faziam. Ele não estudava apenas a matéria referente ao ano escolar em que andava, ele estudava também as matérias que iam ser aprendidas nos próximos anos, pois ele queria rápìdamente passar de ano, e não aceitava que houvesse colegas mais avançados. Ele não aceitava o tempo que demorava cada ano escolar, pois para ele era muito, e achava que nesse tempo podia fazer mais de que um ano.<br />
<div>
Até o seu crescimento como criança que era, ele tentou acelerar, ainda nem tinha vestígios de pilosidade, e já tentava fazer fazer a barba ás escondidas, com a lamina e espuma de seu pai. Ele tinha de estar á frente dos outros meninos da sua idade, tinha de ser o primeiro a ter barba.<br />
<div>
Enfim, ele nunca aceitou o tempo de cada coisa, e nunca entendeu que cada um, cada coisa deste Universo, tem o seu próprio tempo. E o tempo de um, não é o mesmo tempo de outro.</div>
<div>
Ele foi crescendo, sempre com as suas guerras contra o tempo, e sem se dar por isso, não vivia o seu próprio tempo, pois estava sempre a querer viver um tempo que não era o seu.</div>
<div>
Isso criou-lhe muitos problemas de cabeça, ele não vivia satisfeito, e nunca tinha conhecido a felicidade, pois ele nem tinha tempo para a conhecer. O que ele queria mesmo, era ser diferente de todos, e lá isso era...</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Um dia, já na idade adulta, ele conheceu e entrou para um terreiro de Umbanda, pensando que ali encontrasse algumas respostas para os seus problemas. </div>
<div>
Ele gostou, e foi ficando, iniciando o seu desenvolvimento espiritual, juntamente com outros irmãos do terreiro. Mas, mais uma vez, não soube viver o seu tempo, e mesmo depois de lhe ter sido explicado pelo responsável espiritual, pelos médiuns mais antigos, e pelas próprias entidades de trabalho dos médiuns da corrente, que não se deve questionar a evolução e o tempo dos seus irmãos, ele não aceitou viver o seu tempo. Tinha mais uma vez de estar á frente dos outros.</div>
<div>
Então, o seu desejo de começar a incorporar as entidades, e de se afirmar perante os outros era tão grande, que ele começou a tentar mistificar que incorporava, e na hora do desenvolvimento espiritual atribuía ele próprio e mentalmente, dezenas de movimentos, expressões, e sons ás entidades, que nunca chegavam a incorporar, pois ele próprio não deixava.</div>
<div>
O tempo foi passando, e ele foi vendo que os seus irmãos que entraram ao mesmo tempo que ele, uns até depois, iam desenvolvendo, recebendo aos poucos as suas entidades, confirmadas as suas linhas de trabalho e ordem para usar novas guias, e ele, por muito que mistificasse, por muito que pedisse guias de confirmação ás entidades de trabalho, não as conseguia enganar, e não passava do mesmo degrau.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
- Que teria acontecido? pensava ele revoltado. </div>
<div>
- Porque os outros me estão a passar á frente? eu sou melhor que eles, eu estudo mais que eles, eu mereço mais que eles...</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Ele tinha esquecido simplesmente, uma das coisas mais importantes do ser humano, e uma das coisas mais importantes do mundo espiritual: Humildade.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Mas mesmo assim ele não desistia, e ele lá continuava, na sua revolta, com inveja e ciume dos outros irmãos. </div>
<div>
E um dia, na hora do desenvolvimento dos médiuns, cansado de tanto mistificar, pois de nada adiantava. Sem pensar em nada, simplesmente com a mente no vazio absoluto, uma entidade incorporou nele. Era totalmente diferente, do que ele mistificava, e de uma linha de trabalho diferente àquela que ele tentou escolher para si. Finalmente ele tinha conhecido a força e a vibração de uma entidade de luz.</div>
<div>
No fim do ritual, o dirigente espiritual deu-lhe os parabéns. E falou para todos, que no próximo dia de ritual ia confirmar no jogo de búzios, o Orixá de cabeça de cada um, pois queria que todos começassem a usar também as guias do Orixá de cabeça.</div>
<div>
Ele sentiu o seu peito encher de alegria, pois não tinha apenas recebido pela primeira vez uma entidade, como ia ter confirmado o seu Orixá de cabeça. Mas lá bem no fundo, ele não tinha aprendido nada. </div>
<div>
Vestiu-se e saiu dali a correr. Foi comprar fio e missangas (contas) de todas as cores que existem para os Orixás. Queria ser o primeiro a ter e a usar as guias de Orixá.</div>
<div>
Chegado a casa, pôs-se a fazer todas as guias de todos os Orixás que ele conhecia. Não sabia, nem imaginava sequer qual poderia ser o seu, mas o que interessava, era que no próximo dia de ritual, as levasse todas prontas, para que assim que fosse confirmado o seu Orixá, pudesse logo colocar a correspondente. Seria finalmente o primeiro em qualquer coisa lá no terreiro... O primeiro a usar guias de Orixá.</div>
<div>
Nessa noite não pregou olho, e trabalhou desesperadamente, fazendo guia atrás de guia... guia atrás de guia.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
De manhã, foi encontrado sem vida deitado no chão, no meio das guias que estava a fazer. Tinha sido fulminado por um ataque cardiaco. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Nas mãos, segurava a ultima guia que tinha acabado de fazer... a guia do Orixá Tempo.</div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'times new roman';"><i>Lisboa, 27 de Abril de 2011 © Paulo Lourenço “Ramiro de Kali”</i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="Apple-style-span"><i><br /></i></span></div>
<div>
<br /></div>
</div>
<center>
<br /><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="349" src="http://www.youtube.com/embed/H_-7urXTBwc" width="425"></iframe></center>
<center>
<br /></center>
</div>
Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-60310594944986349222011-04-21T02:20:00.000-07:002011-04-21T02:46:33.223-07:00Cultura Iorubá - lendas e tradições - Orixá Ògún (Ogum)<a href="http://paulo-lourenco.blogspot.com/2011/04/cultura-ioruba-lendas-e-tradicoes-orixa.html"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 234px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaK7LJQ9Hspl2njTEI6SuDgHCcEbMspbBWnPsy5zJ6SW2vFrE10-prxdJhtxKFM2v-gchaXr6MFhsyooIKqAR7Rss00GTsyX01Z-zpfsUvZzCtsi1i9FREovwYWXfx4Kg_8JZWa6bGloiS/s320/OGUMd2.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5597967200416578498" /></a><span><span><div style="text-align: center;"><span><span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: large; "><br /></span></b></span></span></div><div style="text-align: center;"><span><span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: large; ">Orisa Ògún (Ogum)</span></b></span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div>Ògún é o orixá da guerra e do ferro. Todos precisamos de Ògún para sobreviver, porque a todo momento usamos ferro para comer, trabalhar, locomover. Além de orixá também é considerado mensageiro. </span></span><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>Diz a tradição que Ògún é filho de Tabùtú e Oróninnà. Sua cidade original, para onde foi quando todos os orixás desceram do céu, é Ile Ife. Era um dos mais importantes caçadores. O que mais gostava de fazer era caçar. Daí sua estreita relação com Osoosi. Todos os objetos que Osoosi usa para caçar são oriundos de Ògún. </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>Conta a história que há muito tempo, quando os orixás desceram para a Terra, encontraram no meio do caminho uma mata cerrada que não dava para ninguém passar. Orisa'nlá, que vinha à frente, adiantou-se para abrir caminho, mas sua faca de prata, que era muito frágil, quebrou-se. Ògún, com sua faca de ferro que corta tudo, conseguiu abrir caminho na mata para todos passarem. </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>Por esse motivo, quando desceram à Terra, Ògún recebeu em Ile Ife os títulos de Omo Osin - pessoa importante da cidade, e Osin Imole - importante entre os orixás. Entretanto não quis ser coroado rei, preferindo usar apenas uma pequena coroa de ferro de nome akòró. Por isso chamasse Ògún de Alakòró – dono, ou aquele que usa akòró. </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>Como gostava muito de lutar e caçar, um dia foi para o alto de uma montanha (orioke), onde havia uma pedreira e uma floresta. Por muito, muito tempo ele ficou no alto da montanha caçando. Depois de vários meses, já cansado, resolveu voltar a Ile Ife. </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>A vida na floresta, o isolamento e a convivência com os animais tornaram-no um homem bruto. Além disso, estava todo sujo, vestido com mariwo, coberto de sangue dos animais que matara. Ao descer a montanha foi descrito por alguns Babalawo: </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span><i>Ojo Ògún nti orioke nbo, </i></span></span></div><div><span><span><i>Aso ina lo mu bora </i></span></span></div><div><span><span><i>Ewu eje lo wo sorún..</i>. </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>(no dia em que Ògún desceu a montanha, vestia uma roupa de fogo, estava coberto de sangue...) </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>Esse é um trecho de seu Oriki mais conhecido. </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>Em vez de ir para sua cidade, mudou de rumo e foi a para Ire, em Ekiti, estado de Ondo. Lá foi muito bem recebido, deram-lhe comida e bebida. A cidade estava em guerra e Ògún conseguiu livrá-la dos inimigos. Por esse motivo foi aclamado como Onire - dono da cidade de Ire, nome até hoje usado como qualidade de Ògún, tanto na Nigéria quanto no Brasil. </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>A festa de Ògún na Nigéria é realizada uma vez por ano, e dura sete dias. Os preparativos começam em julho e a festa é realizada em agosto. Vale dizer que ògún em iorubá quer dizer agosto. No dia da festa todas as pessoas que lidam com metais (motoristas, ferreiros, joalheiros) fazem suas oferendas e obrigações para Ògún. </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>No local destinado ao assentamento de Ògún coloca-se ferro e pedra. Na Nigéria sua comida predileta é cachorro (aja). Come também galinha, obi, cará assado, iyan (purê de cará) e epo. Sua bebida específica é emu (vinho de palmeira).No seu assentamento coloca-se ada (facão), oko (enxada), dinheiro, búzios e mariwo. </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>Esse local deve ficar ao tempo, dentro ou fora da cidade, no meio de um campo. Em geral no meio de cada cidade há um lugar específico destinado às matanças e obrigações para Ògún no dia da sua festa. A família que desejar pode também ter um local próprio para cultuar Ògún em sua casa. Há dois tipos específicos de tambor para bater para Ògún: bembe e kalakolo. </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>No dia da festa é feita uma prece, lembrando os mortos daquele ano. Em seguida são ofertados os sacrifícios em nome de todas as pessoas da cidade. Depois há um toque de atabaque, que é o sinal indicando que todos já podem fazer suas obrigações individuais, ao final das quais festejam com danças, muita comida e bebida. Todos os animais sacrificados são comidos pelos participantes da festa. Na abertura da festa é feita uma prece, relembrando todos os mortos daquele ano. </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>Os caminhos de Ògún são sete (meje) e daí a confusão de, no Brasil, ser dado o nome de Ògún Meje como uma qualidade. Na Nigéria temos: </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>Alara - come cachorro e toma conta da cidade; </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>Onire - dono da cidade de Ire, come carneiro; </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>Ikola - que faz curas (marcas) e come igbin; </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>Elemoná - come cará assado; </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>Gbenagbena - é escultor e come cágado; </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>Akirún - no assentamento leva chifre de carneiro; </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>Makinde - dono da ferrugem. Fica do lado de fora para fazer o mal, do outro lado da divisa das cidades, ou atrás dos muros das casas.</span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>As cidades nigerianas onde se festeja Ògún são Ondo, Ilesá, Akurs e Ekiti. </span></span><div></div></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; "><i>Texto extraído do livro: "Cultura Iorubá" de Maria Inez C. de Almeida, 2006</i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; "><i><br /></i></span></span></span></div>Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-77013752955336061012011-04-21T01:18:00.000-07:002011-04-27T08:42:45.725-07:00Cultura Iorubá - lendas e tradições - Orixá Esu (Exu)<a href="http://paulo-lourenco.blogspot.com/2011/04/cultura-ioruba-lendas-costumes-e.html"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 233px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggsi6jPItjzbh2pucUpCblkGQnH5ZGGv2MVtafKzpsVWddB7smWoCSuzRBtzepd94g-v6pMtfH0YcTXV7Driq-32ZpyZeo2QC9NvN5qlFynSSdztQVpj4F6rZupjoc4x8nP73UMmE581B6/s320/EXcpia.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5597958856342750114" /><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 0); "></span></a><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 0); -webkit-text-decorations-in-effect: none; "><b><br /></b></span></div><div style="text-align: center;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: large; ">Orisa Esu (Exu)</span></b></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span> Esu foi um dos filhos de Orunmilá que veio ao mundo em forma de Orixá. </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span></span></span>Olodumare, Deus Supremo, mandou Orunmilá vir tomar conta do mundo, das pessoas e das coisas. </div><div><br /></div><div>Nessa época havia muitos orixás, mas Esu era o mais corajoso, inteligente e brigão. Nas reuniões tomava a frente em tudo, e brigava com os outros. Por isso deixavam-no fazer o que quisesse, e concordavam com tudo que dizia. Assim Esu ficou sendo o braço direito de Orunmilá.</div><div><br /></div><div>Até hoje os iorubá lembram-se primeiro de Esu em tudo o que fazem, para que ele não atrapalhe, e tudo dê certo. </div><div><br /></div><div>Esu é representado por uma estátua de barro, pedra, madeira ou ferro, com dezessete marcas em forma de olhos, na frente e nas costas. Estas marcas significam a relação Esu/Ifá. Tem ainda sete marcas de um lado e cinco do outro, totalizando doze, possuindo cada uma um significado. Pode-se colocar búzios nas marcas. </div><div><br /></div><div>O assentamento de Esu é representado por qualquer objecto - imagem, pedra etc., e é colocado no chão. No dia de assentar esse orixá ou nos dias de ritual em sua homenagem, as pessoas dão festas e oferecem comidas. </div><div><br /></div><div>Quando se sacrifica um animal para Esu, jogam-se as oferendas na cabeça da imagem. Antigamente os devotos de Esu usavam seres humanos para seus sacrifícios, mas esses rituais foram proibidos há mais de um século. </div><div><br /></div><div>Há dois lugares específicos para colocar o assentamento: na divisa da cidade (odi ilu), sob uma cabana de folhas chamada koriko, para proteger todos os habitantes, ou em frente das casas, para proteger seus moradores. Nunca se pode colocar Esu dentro de casa. É tabu (ewo). O povo diz que “Esu não tem modos”, por isso sua casa deve ficar do lado de fora. </div><div><br /></div><div>Se não for agradado, Esu faz maldades, por isso sempre é homenageado antes das cerimônias. Existe uma qualidade, chamada Burukú ou Odaran que é muito mau, e só faz coisas ruins.</div><div><br /></div><div>Pode-se dar qualquer coisa de presente a Esu: banana, milho, cará, dinheiro, bebidas ou qualquer outra coisa. Os fazendeiros, ao voltarem de suas terras, quando passam pelo assentamento à entrada da cidade, costumam dar uma parte da colheita de presente a Esu. </div><div><br /></div><div>A única coisa que Esu não aceita é o óleo extraído do caroço do fruto do dendezeiro, chamado adin. Por exemplo, se uma pessoa quer se vingar de alguém, coloca adin na imagem de Esu em nome do outro, e pede que ele seja castigado. Se uma pessoa colocar adin, mesmo sem querer, perto da imagem de Esu, acontece uma série de coisas ruins naquela casa. </div><div><br /></div><div>Esu pode ser chamado por diversos nomes: Elegbera, Elegbaa, Elegbara, Leegba. </div><div><br /></div><div>Existem várias qualidades de Esu: </div><div><br /></div><div>Burukú, Odaran - só faz coisas ruins; </div><div><br /></div><div>Ona - Esu do caminho, da estrada; </div><div><br /></div><div>Ori - Esu da cabeça de cada um; </div><div><br /></div><div>Abenuga - não se assenta mais na Nigéria, porque fazia acontecer coisas ruins a quem falasse mal da casa onde estava assentado. </div><div><br /></div><div>O povo acredita que há relação entre Ifá e Esu, e crê que Esu dá filhos a quem não pode procriar. Quem quer ter filhos procura Ifá e faz um trabalho para Esu, para engravidar. Quando a criança nasce, recebe um nome em homenagem a Esu: </div><div><br /></div><div>Esutosin (para agradecer a Esu);</div><div><br /></div><div>Esubayila (aquele que mandou parar a morte - em caso de abiku); </div><div><br /></div><div>Esubiyi (Esu fez nascer este aqui); </div><div><br /></div><div>Esudayo (Esu dá felicidade); </div><div><br /></div><div>Esubola (Esu dá riqueza), e assim por diante. </div><div><br /></div><div>As principais cidades nigerianas onde ainda se cultua e homenageia Esu são: Ondo, Ilesá, Ibini, Ijebú, Abeokutá e Ekití. </div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; "><i><br /></i></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; "><i>Texto extraído do livro: "Cultura Iorubá" de Maria Inez C. de Almeida, 2006</i></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; "><i><br /></i></span></div><div><div></div></div>Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-2881307521818745052011-04-03T21:10:00.000-07:002011-04-04T11:06:07.472-07:00A "Carta" do Cacique Seattle<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV0rghSOHvcBGrSxTyHkYQ5zYTxf2jBUvlIDZFyWbBj8A0zXhP1eE6IIoO1Id9LxuThhBt7pDPAFBB7ouLHK1zmWoda6enjv5tGuv9_kNEVrm2uYKLSCtEC0JG7_Ntk7FSXcnl-3pQiern/s1600/IMAGEM+%25C3%258Dndios+americanos+%255B11.10.2008%255D.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 293px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV0rghSOHvcBGrSxTyHkYQ5zYTxf2jBUvlIDZFyWbBj8A0zXhP1eE6IIoO1Id9LxuThhBt7pDPAFBB7ouLHK1zmWoda6enjv5tGuv9_kNEVrm2uYKLSCtEC0JG7_Ntk7FSXcnl-3pQiern/s400/IMAGEM+%25C3%258Dndios+americanos+%255B11.10.2008%255D.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5591589034410213122" /></a><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="background-color: transparent; "><p id="internal-source-marker_0.8477301266975701" style="text-align: center; margin-top: 0pt; margin-bottom: 0pt; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; "><span style="font-size: 14pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: bold; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "><span class="Apple-style-span">Carta do Cacique americano Seattle ao</span></span></p><p style="text-align: center; margin-top: 0pt; margin-bottom: 0pt; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; "><span style="font-size: 14pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: bold; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "><span class="Apple-style-span">Presidente dos Estados Unidos da América</span></span></p><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; "><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Em 1854, o Governo dos Estados Unidos tentava convencer o chefe indígena</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Seatle a vender suas terras. Como resposta, o chefe enviou uma carta ao</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">presidente que se tornou famosa em todo o mundo. Seu conteúdo merece</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">uma reflexão atenta pois é uma lição que deve ser cultivada por todos, por</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">esta e pelas futuras gerações.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Decorridos quase dois séculos da carta do cacique indígena Seatle ao</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Presidente do Estados Unidos, suas lições permanecem atuais e proféticas,</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">para todos aqueles que sabem enxergar no fundo do conteúdo de sua</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">mensagem.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">A carta do cacique Seatle é uma lição inesgotável de amor à natureza e à</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">vida, que permanece na consciência de milhões de pessoas em todas as</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">partes do mundo. É o hino de todos aqueles que amam a natureza e tudo o</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">que nela vive. A cada leitura, renovamos os ensinamentos que ali estão.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Serve para ler e reler e passar adiante para que todos a conheçam.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 8pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">(texto de: Comité Paulista para a Década da Cultura e da Paz - UNESCO)</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /></span><p style="text-align: center; margin-top: 0pt; margin-bottom: 0pt; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; "><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: bold; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "><span class="Apple-style-span">Quem era o Chefe Indigena Seattle?</span></span></p><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; "><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">"O velho cacique Seattle era o maior índio que eu jamais havia visto. E o que tinha aparência mais nobre. Em seus mocassins, ele media mais de 1,80m, ombros largos, tórax amplo e traços finos. Seus olhos eram grandes, inteligentes, expressivos e amigáveis quando em repouso, e espelhavam fielmente os variados estados de espírito da grande alma que olhava através deles. Normalmente ele era solene, calado e digno, porém nas grandes ocasiões movia-se na multidão como um Titã entre Liliputianos, e o que dissesse era lei.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Quando se levantava para falar, em reuniões, ou para oferecer conselho, todos os olhos se voltavam para ele, e então frases profundas, sonoras e eloquentes fluíam de seus lábios assim como trovões de cataratas fluindo continuamente de fontes inexauríveis. Suas diretrizes soavam tão nobres como teriam soado aquelas do mais cultivado chefe militar que estivesse no comando das forças de todo o continente. Nem sua eloquência, nem sua dignidade ou sua graça haviam sido adquiridas. Elas eram tão próprias da sua personalidade quanto as folhas e as flores o são em um pessegueiro em flor.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Sua influência era maravilhosa. Ele poderia ter sido um imperador, mas todos os seus instintos eram democráticos, e ele comandava os seus leais cidadãos com suavidade e com paternal benignidade.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Ele sempre era alvo de especial atenção pelo homem branco, principalmente quando sentado à sua mesa. Era nessas ocasiões que ele demonstrava, mais do que em qualquer outro lugar, o cavalheirismo que lhe era genuíno.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Assim que o Governador Stevens chegou em Seattle e disse aos nativos que tinha sido indicado com comissário para assuntos indígenas para o território de Washington, estes lhe prepararam recepção frente dos escritórios do Dr. Maynard's, na margem próxima da Rua Principal - Main Street. A baía enxameava de canoas enquanto a margem esta tomada por uma morena e movimentada massa humana. Quando o timbre de trombeta da voz do velho cacique espalhou-se sobre a imensa multidão como o rufar de um tambor, formou-se um silêncio tão instantâneo e perfeito como aquele que segue o crack do trovão em um céu limpo.Sendo então apresentado à multidão nativa pelo Dr. Maynard, em um tom conversacional, direto e objetivo, o Governador deu imediatamente início a uma explanação sobre sua missão, que é conhecida demais para que requeira recapitulação.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Quando ele se sentou, o cacique Seattle levantou-se com a dignidade de um senador que carrega em seus ombros a responsabilidade sobre uma grande nação.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Colocando uma mão sobre a cabeça do Governador, e lentamente apontando para o céu com o dedo indicador da outra, em tom solene e impressionante, começou seu memorável pronunciamento."</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 8pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Fonte: "Trechos de um diário: O Cacique Seattle: Um cavalheiro por instinto". 10º artigo da série “Primeiras Reminiscências” - Seattle Sunday Star, 29 de outubro de 1887 do articulista Henry Smith (tradução livre, pela equipe de Floresta Brasil)</span><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /></span><p style="text-align: center; margin-top: 0pt; margin-bottom: 0pt; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; "><span class="Apple-style-span"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: bold; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">O pronunciamento do cacique Seattle</span><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: bold; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span></p><p style="text-align: center; margin-top: 0pt; margin-bottom: 0pt; font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; "><span style="font-size: 9pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "><span class="Apple-style-span"> (discurso pronunciado após a fala do encarregado de negócios indígenas do governo norte-americano haver dado a entender que desejava adquirir as terras de sua tribo Duwamish)</span></span></p><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; "><span style="font-size: 9pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">“O grande chefe de Washington mandou dizer que desejava comprar a nossa terra, o grande chefe assegurou-nos também de sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não precisa de nossa amizade.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Vamos, porém, pensar em sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará nossa terra. O grande chefe de Washington pode confiar no que o Chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na alteração das estações do ano.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Minhas palavras são como as estrelas que nunca empalidecem.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Como podes comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia nos é estranha. Se não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água, como então podes comprá-los? Cada torrão desta terra é sagrado para meu povo, cada folha reluzente de pinheiro, cada praia arenosa, cada véu de neblina na floresta escura, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo. A seiva que circula nas árvores carrega consigo as recordações do homem vermelho.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">O homem branco esquece a sua terra natal, quando - depois de morto - vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem esta formosa terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia - são nossos irmãos. As cristas rochosas, os sumos da campina, o calor que emana do corpo de um mustang, e o homem - todos pertencem à mesma família.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Portanto, quando o grande chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de nós. O grande chefe manda dizer que irá reservar para nós um lugar em que possamos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, vamos considerar a tua oferta de comprar nossa terra. Mas não vai ser fácil, porque esta terra é para nós sagrada.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Esta água brilhante que corre nos rios e regatos não é apenas água, mas sim o sangue de nossos ancestrais. Se te vendermos a terra, terás de te lembrar que ela é sagrada e terás de ensinar a teus filhos que é sagrada e que cada reflexo espectral na água límpida dos lagos conta os eventos e as recordações da vida de meu povo. O rumorejar d'água é a voz do pai de meu pai. Os rios são nossos irmãos, eles apagam nossa sede. Os rios transportam nossas canoas e alimentam nossos filhos. Se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar e ensinar a teus filhos que os rios são irmãos nossos e teus, e terás de dispensar aos rios a afabilidade que darias a um irmão.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo o que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de a conquistar, ele vai embora, deixa para trás os túmulos de seus antepassados, e nem se importa. Arrebata a terra das mãos de seus filhos e não se importa. Ficam esquecidos a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança. Ele trata sua mãe - a terra - e seu irmão - o céu - como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como ovelha ou miçanga cintilante. Sua voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Não sei. Nossos modos diferem dos teus. A vista de tuas cidades causa tormento aos olhos do homem vermelho. Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que de nada entende.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Não há sequer um lugar calmo nas cidades do homem branco. Não há lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o tinir das assa de um inseto. Mas talvez assim seja por ser eu um selvagem que nada compreende; o barulho parece apenas insultar os ouvidos. E que vida é aquela se um homem não pode ouvir a voz solitária do curiango ou, de noite, a conversa dos sapos em volta de um brejo? Sou um homem vermelho e nada compreendo. O índio prefere o suave sussurro do vento a sobrevoar a superfície de uma lagoa e o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva do meio-dia, ou recendendo a pinheiro.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">O ar é precioso para o homem vermelho, porque todas as criaturas respiram em comum - os animais, as árvores, o homem.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">O homem branco parece não perceber o ar que respira. Como um moribundo em prolongada agonia, ele é insensível ao ar fétido. Mas se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar reparte seu espírito com toda a vida que ele sustenta. O vento que deu ao nosso bisavô o seu primeiro sopro de vida, também recebe o seu último suspiro. E se te vendermos nossa terra, deverás mantê-la reservada, feita santuário, como um lugar em que o próprio homem branco possa ir saborear o vento, adoçado com a fragrância das flores campestres.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Assim pois, vamos considerar tua oferta para comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, farei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Sou um selvagem e desconheço que possa ser de outro jeito. Tenho visto milhares de bisões apodrecendo na pradaria, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante do que o bisão que (nós - os índios) matamos apenas para o sustento de nossa vida.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Porque tudo quanto acontece aos animais, logo acontece ao homem. Tudo está relacionado entre si.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Deves ensinar a teus filhos que o chão debaixo de seus pés são as cinzas de nossos antepassados; para que tenham respeito ao país, conta a teus filhos que a riqueza da terra são as vidas da parentela nossa. Ensina a teus filhos o que temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo quanto fere a terra - fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão, cospem sobre eles próprios.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">De uma coisa sabemos. A terra não pertence ao homem: é o homem que pertence à terra, disso temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Os nossos filhos viram seus pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, envenenando seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias - eles não são muitos. Mais algumas horas, mesmos uns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nesta terra ou que têm vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará, para chorar sobre os túmulos de um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Nem o homem branco, cujo Deus com ele passeia e conversa como amigo para amigo, pode ser isento do destino comum. Poderíamos ser irmãos, apesar de tudo. Vamos ver, de uma coisa sabemos que o homem branco venha, talvez, um dia descobrir: nosso Deus é o mesmo Deus. Talvez julgues, agora, que o podes possuir do mesmo jeito como desejas possuir nossa terra; mas não podes. Ele é Deus da humanidade inteira e é igual sua piedade para com o homem vermelho e o homem branco. Esta terra é querida por ele, e causar dano à terra é cumular de desprezo o seu criador. Os brancos também vão acabar; talvez mais cedo do que todas as outras raças. Continuas poluindo a tua cama e hás de morrer uma noite, sufocado em teus próprios desejos.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Porém, ao perecerem, vocês brilharão com fulgor, abrasados, pela força de Deus que os trouxe a este país e, por algum desígnio especial, lhes deu o domínio sobre esta terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é para nós um mistério, pois não podemos imaginar como será, quando todos os bisões forem massacrados, os cavalos bravios domados, as brenhas das florestas carregadas de odor de muita gente e a vista das velhas colinas empanada por fios que falam. Onde ficará o emaranhado da mata? Terá acabado. Onde estará a águia? Irá acabar. Restará dar adeus à andorinha e à caça; será o fim da vida e o começo da luta para sobreviver.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Compreenderíamos, talvez, se conhecêssemos com que sonha o homem branco, se soubéssemos quais as esperanças que transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais as visões do futuro que oferece às suas mentes para que possam formar desejos para o dia de amanhã. Somos, porém, selvagens. Os sonhos do homem branco são para nós ocultos, e por serem ocultos, temos de escolher nosso próprio caminho. Se consentirmos, será para garantir as reservas que nos prometestes. Lá, talvez, possamos viver o nossos últimos dias conforme desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará vivendo nestas floresta e praias, porque nós a amamos como ama um recém-nascido o bater do coração de sua mãe.</span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span><br /><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Proteje-a como nós a protegíamos. Nunca esqueças de como era esta terra quando dela tomaste posse: E com toda a tua força o teu poder e todo o teu coração - conserva-a para teus filhos e ama-a como Deus nos ama a todos. De uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus, esta terra é por ele amada. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.”</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; "><span style="font-size: 11pt; font-family: Arial; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "><br /></span></span></div>Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-78483393728155713802011-03-13T21:46:00.000-07:002011-03-14T04:20:05.469-07:00As engrenagens de um Terreiro<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho8SlA59gHGKmmIJpvMM2gBDOzVnZ6caCl54R9l9dTeNk1v9wSgC37nva0lQRICoFPrbdryHec19aYIC6bppTLOArHL9g_a_gXgm5j83OeZBuUBc-pckfFTDm_7wH-VT5fH9tfywrQMCCC/s1600/engrenagem.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho8SlA59gHGKmmIJpvMM2gBDOzVnZ6caCl54R9l9dTeNk1v9wSgC37nva0lQRICoFPrbdryHec19aYIC6bppTLOArHL9g_a_gXgm5j83OeZBuUBc-pckfFTDm_7wH-VT5fH9tfywrQMCCC/s200/engrenagem.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5583795700232845746" /></a><div style="background-color: transparent; "><p id="internal-source-marker_0.17555371252819896" style="text-align: center; margin-top: 0pt; margin-bottom: 0pt; "><span style="background-color: transparent; vertical-align: baseline; "></span></p><div style="text-align: left; white-space: pre-wrap;"><span style="background-color: transparent; vertical-align: baseline; "><b></b></span></div><span><span><div style="text-align: center;"><b><span class="Apple-style-span">As engrenagens de um Terreiro</span></b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: left;"><b><span class="Apple-style-span"></span></b>Existem coisas na vida que são fácilmente explicáveis, outras nem tanto, e para algumas, nem sequer existe explicação possível, pelo menos neste plano de vida.</div>O funcionamento de um Terreiro ou templo espiritual, onde se practicam cultos e ritos aos Orixás e seus falangeiros, é algo de muito complexo. Toda a sua orgânica é recheada de significados, tudo faz parte de um mecanismo de engrenagens que trabalham para o mesmo fim. Mas por vezes, e embora faça, nem tudo parece fazer sentido...<br />Há um tempo atrás, aquando de uma reportagem feita a um dirigente espiritual de um Terreiro, o Babalorixá do mesmo, foi mostrando e explicando aos repórteres, o funcionamento do seu templo, falando que tudo é planeado para que haja sempre a maior organização possivel, pois sem isso, todo o Terreiro se tornaria um caos, incluindo o próprio ritual.<br /><br />E, depois de terem admirado todo o Terreiro, de terem visto os “filhos” da casa nas suas tarefas, e de terem assistido a um ritual, eles perguntaram:<br /><br />- Como o sr. consegue manter toda esta organização? Tudo tão perfeito?! Até o próprio espaço é bonito, limpo. E mesmo nós que não percebemos nada do assunto, nos sentimos bem dentro do Terreiro.<br /><br />- Bem, para começar, devo dizer que todos têm tarefas e responsabilidades atribuidas, todos sabem qual é o seu lugar, ou pelo menos têm obrigação disso.<br />Desde os que fazem a limpeza do espaço, os que são responsáveis pela preparação das oferendas ritualisticas, os que recebem e encaminham as pessoas novas, os que guardam os utensilios e materiais necessários, os que ajudam na administração e manutenção, aos que têm ordem de mando, e que são também ao mesmo tempo, os médiuns de desenvolvimento, os cambones e médiuns da corrente, e os que tocam os instrumentos sagrados, todos zelam pelo bom funcionamento do Terreiro, ou pelo menos, e mais uma vez digo: Têm obrigação disso!<br /><br />- Talvez seja por isso que tenha tantos “filhos” e tanta gente nova a assistir. O Terreiro está sempre tão cheio assim?<br /><br />- Gente nova está sempre a aparecer. É no meu ver, a gratidão do “astral” para comigo e para com todos os que fazem parte da nossa comunidade, pela honestidade e sentido de justiça com que nos entregamos aos nossos trabalhos.<br />Quanto aos “filhos” da casa, não são assim tantos.<br /><br />- Quer dizer que tem poucos “filhos”? Mas contámos imensos.<br /><br />- Pois... deixem-me explicar as coisas de outra maneira:<br />Tentem imaginar o Terreiro como um enorme relógio de corda. Esse relógio para funcionar bem, primeiro que tudo precisa que lhe dêem corda. E eu dou a corda.<br />Depois, precisa que todas as engrenagens e mecanismos, funcionem bem e estejam sincronizados. Por isso, é necessário que os médiuns da corrente estejam de mente limpa, e que tenham observado os devidos preceitos para o dia do ritual, e que os filhos que tocam os instrumentos sagrados, assim como os outros restantes, que cantam os pontos sagrados, batem palmas, e dão apoio ao ritual, tenham também observado os devidos preceitos para o dia do ritual, estejam concentrados, e se entreguem de corpo e alma ao que estão a fazer, pois são eles que marcam o “tic tac” do relógio, que por sua vez vai interferir nos ponteiros que marcam as horas.<br />Ora, se tudo funcionar correctamente, o relógio vai dar as horas certas.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span><br />Mas, talvez não tenham reparado, durante o ritual, havia “filhos”, que supostamente deveriam estar a dar apoio, mas, uns não cantavam, outros não batiam palmas, outros nem sequer estavam a prestar atenção ao ritual, e alguns até trocavam impressões sobre assuntos diversos. Esses, são as peças soltas do relógio, não fazem parte das engrenagens do mesmo, e quando o relógio não dá as horas correctas, são eles os responsáveis por isso. E mais tarde ou mais cedo acabam mesmo por sair do mecanismo, e procurar outro relógio em que talvez se encaixem nas suas engrenagens.<br />Por isso, na verdade, “filhos” da casa são muito poucos.<br /><br />Quantos se preocupam em fazer a limpeza do espaço a seguir ao ritual, para que as coisas fiquem limpas e asseadas?! Um pequeno grupo!<br /><br />Quantos se preocupam em questionar, se é necessário algum tipo de ajuda referente ao funcionamento do Terreiro e dos rituais?! O mesmo grupo!<br /><br />Quantos se preocupam em manter o silêncio e o respeito dentro da área do Terreiro, que é um espaço consagrado aos Sagrados Orixás e ao Criador?! O mesmo grupo!<br /><br />Quantos se preocupam em observar e fazer observar as regras internas do Terreiro?! O mesmo grupo!<br /><br />Quantos se preocupam em cultivar e estudar os ensinamentos teóricos que vão sendo transmitidos?! O mesmo grupo!</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span><br /></span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span>Quantos se preocupam em estarem presentes em todos os rituais sempre que lhes seja possível, sem escolherem apenas aqueles que mais lhes convém, pois têm consciência que a presença de todos, é importante para a sustentação dos trabalhos?! O mesmo grupo!</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span><br />Quantos se preocupam, dentro das suas possibilidades e sem afectar a sua vida pessoal e profissional, em chegar o mais cedo possível, para ajudar na preparação dos trabalhos?! O mesmo grupo!</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span><br />E por ultimo, quantos se preocupam em me telefonar no resto dos dias, apenas para perguntar se eu estou bem, sem me falarem dos seus problemas pessoais, e como hão de resolvê-los?! Ainda o mesmo grupo!<br /><br />Então esses são os meus “filhos”. São as peças das engrenagens do meu relógio de vida, do meu Terreiro. Os outros como disse, são “peças soltas”.</span></span></div><div style="background-color: transparent; "><span><span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'times new roman'; "><i><br /></i></span></span></span></div><div style="background-color: transparent; "><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'times new roman'; "><i>Lisboa, 13 Março de 2011 © Paulo Lourenço “Ramiro de Kali”</i></span></div><span><span><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span"><i><br /></i></span></div></span></span></div>Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-43742713079400852262010-12-27T02:50:00.001-08:002010-12-27T02:53:39.867-08:00Poema «O Olhar de Exu»<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIVffVctkDCP8DACQkRYKpXZ0pXBcKUGlHBzOl42IR_NR4apbRgNORcUle_4MZVeDstTetq-eXIerF46C2F9VHHn58puTGSIHKQ6iUII7Cjs8-uRnlNH6Mn4pqeu0kTmG9xRKdNnGLK1Lq/s1600/O+Olhar+de+Exu+-+Paulo+Louren%25C3%25A7o+%25C2%25ABRamiro+de+Kali%25C2%25BB.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 204px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIVffVctkDCP8DACQkRYKpXZ0pXBcKUGlHBzOl42IR_NR4apbRgNORcUle_4MZVeDstTetq-eXIerF46C2F9VHHn58puTGSIHKQ6iUII7Cjs8-uRnlNH6Mn4pqeu0kTmG9xRKdNnGLK1Lq/s320/O+Olhar+de+Exu+-+Paulo+Louren%25C3%25A7o+%25C2%25ABRamiro+de+Kali%25C2%25BB.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5555312853510499218" /></a><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: center; "><span class="Apple-style-span"><b>O Olhar de Exu</b></span></div><div style="text-align: center; "><br /></div><div style="text-align: center; ">Olhar penetrante, que rompe os sentidos da alma,</div><div style="text-align: center; "><span class="Apple-style-span"><div style="text-align: center; ">com olhos que tudo vêem, e dizem mais que mil palavras,</div><div style="text-align: center; ">olhar de quem conhece os mistérios da criação,</div><div style="text-align: center; ">com olhos raiados pelo silêncio do mar,</div><div style="text-align: center; "><br /></div><div style="text-align: center; ">Olhar que carrega, a glória da palma,</div><div style="text-align: center; ">com olhos tão cegos, irmãos da justiça,</div><div style="text-align: center; ">olhar de fogo, que sustenta a razão,</div><div style="text-align: center; ">com olhos tão fundos, maiores que o luar,</div><div style="text-align: center; "><br /></div><div style="text-align: center; ">Olhar coroado da fúria mais calma,</div><div style="text-align: center; ">com olhos cobertos de feridas abertas,</div><div style="text-align: center; ">olhar que espelha, os segredos do coração,</div><div style="text-align: center; ">com olhos que outrora souberam amar.</div><div style="text-align: center; "><br /></div><div style="text-align: center; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: 16px; "><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'times new roman'; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; ">Lisboa, 27 de Dezembro de 2010 © Paulo Lourenço “Ramiro de Kali”</span></span></i></span></div><div style="text-align: center; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: 16px; "><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'times new roman'; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; "><br /></span></span></i></span></div></span></div>Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-30449988440857606992010-12-23T15:26:00.000-08:002010-12-23T16:54:42.797-08:00Estrutura energética do homem, karma e regência dos Orixás<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdJKC9xXh-rL28fAA2I8_YNbPbwwDJIAmGYczp99UgApI76GUiTu61XJemomZ1ds_fxwKZZeofL9WyaMK-Hv9k64yNvWceDCZpjgcl5I_eWROXSzPnTe6VyAWN9OQk6eQfxHgA3dKgGcnx/s1600/chacras.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 255px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdJKC9xXh-rL28fAA2I8_YNbPbwwDJIAmGYczp99UgApI76GUiTu61XJemomZ1ds_fxwKZZeofL9WyaMK-Hv9k64yNvWceDCZpjgcl5I_eWROXSzPnTe6VyAWN9OQk6eQfxHgA3dKgGcnx/s320/chacras.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5554023660839415010" /></a><div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; background-color: transparent; "><h6 id="internal-source-marker_0.8540636992547661" style="text-align: center; margin-top: 0pt; margin-bottom: 0pt; "><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal; "><span style="background-color: transparent; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">(imagem obtida na internet em: </span><a href="http://carmenarabelablog.wordpress.com/2010/06/19/os-chacras/"><span style="background-color: transparent; font-style: normal; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">http://carmenarabelablog.wordpress.com/2010/06/19/os-chacras/</span></a><span style="background-color: transparent; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">)</span></span></h6><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; "><span class="Apple-style-span" style="font-size: 16pt; background-color: transparent;"><span style="font-size: 16pt; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span><br /></span><h3 style="text-align: center; margin-top: 0pt; margin-bottom: 0pt; font-size: medium; "><span style="font-size: 14pt; background-color: transparent; font-weight: bold; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Estrutura energética do homem, carma e regência dos orixás</span></h3><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 16pt; background-color: transparent; "><span style="font-size: 16pt; background-color: transparent; font-weight: bold; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span><br /><span class="Apple-style-span"><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">O homem é o último elo de uma cadeia de rebaixamento energético. Os chamados corpos sutis (ou veículos da consciência) abrigam o espírito no meio dimensional necessário para que ele se manifeste na busca de experiências destinadas à sua evolução. Desde que somos criados pelo amor de nosso Pai, somos deslocados por um movimento maior que nos conduz a vivências múltiplas destinadas à nossa educação cósmica. Existe um grande contingente de espíritos que habitam em volta da Terra, no chamado plano astral, onde vivem em seus corpos astrais (perispíritos) aguardando na fila a oportunidade divina de ocupar o vaso carnal para resgatar débitos acumulados em vidas passadas, o que podemos denominar de "carma acumulado".</span><br /><span class="Apple-style-span" style="background-color: transparent; "><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span><br /><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Pensemos que somos uma pilha que está destinada à descarregar-se para esgotar a quantidade de energia que precisa ser queimada no plano físico, mas nossa semeadura livre, que impõe a colheita obrigatória, acaba sendo potente dínamo que não nos deixa descarregar o carma acumulado. Isso ocorre em razão de nossa infantilidade perante às leis universais, pois, ao invés de gerarmos saldo positivo na balança de nossas ações (darma), geramos dívidas (carma negativo) para com nossos semelhantes, obrigando-nos a saldar débitos por meio de tantas reencarnações quantas forem necessárias ao aprendizado definitivo. O tempo é como um pai bondoso e a eternidade uma mãe amorosa que nunca se cansa de nos esperar. Os sofrimentos do nosso caminho são, portanto, conseqüências exclusivamente de nossas próprias ações.</span><br /><span class="Apple-style-span" style="background-color: transparent; "><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span><br /><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Os orixás, ou melhor, as energias e forças da natureza que estão presentes em todas as dimensões do Universo, tal como se fossem o próprio hálito divino, formam impressões nos corpos espirituais desde o momento em que somos criados. Nesse instante, os orixás vibram em nosso nascituro espírito e demarcam, para o eterno devir, suas potencialidades em nós, como um carimbo que bate com força numa folha em branco. No exato momento em que tomamos contato com a primeira dimensão expressa na forma, se impregna em nossa matriz espiritual indestrutível (amônada) um orixá que mais nos marcará, conhecido no meio esotérico como orixá ancestral. Cada um tem essa marca de nascença espiritual, como uma digital cósmica, e somente os espíritos celestiais responsáveis pelos planejamentos cármicos têm acesso a essa "radiografia" do eu espiritual mais primário de cada um, se é que podemos nos fazer entender, dado a ausência de nomenclaturas equivalentes em nosso vocabulário terreno para melhor descrever a criação de espíritos e a gênese divina.</span><br /><span class="Apple-style-span" style="background-color: transparent; "><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span><br /><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Não vamos nos aprofundar nos aspectos mais abstratos da regência dos orixás, os quais envolvem os processos divinos de criação de espíritos, pois ainda não estamos preparados para entendê-los. Limitando-nos ao contexto de nossa proposta editorial Umbanda Pé no Chão, podemos dizer que os orixás demarcam em nossa contextura energética fortes impressões no momento da concepção (união do gameta masculino com o feminino) e durante toda a gestação, uma vez que estamos num meio aquático de grande propensão ao magnetismo. Essa impressão culmina no exato instante de nosso nascimento, quando nossa cabeça rompe a placenta e o chacra coronário tem contato com as vibrações dos cinco elementos planetários: ar, terra, fogo, água e éter.</span><br /><span class="Apple-style-span" style="background-color: transparent; "><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span><br /><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Durante o ciclo reprodutivo (concepção, gestação, nascimento), é feita uma impressão magnética em nossos corpos sutis (astral e mental), de similaridades vibratórias afins com as energias dos orixás, fazendo-nos mais propensos e sensíveis a uns orixás em detrimentos de outros. Então, nossos chacras (centros de energia que fazem a ligação entre os corpos físico, etérico, astral e mental) passam a vibrar em determinadas freqüências receptivas às influências dos orixás aos quais estamos ligados para nos ajudar a evoluir, segundo débitos acumulados.</span><br /><span class="Apple-style-span" style="background-color: transparent; "><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span><br /><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Quando ferimos a Lei do Amor provinda da Mente Cósmica que vibra em todo o Universo e rege nossos caminhos ascensionais, emitindo toda espécie de pensamentos e emoções negativas e destrutivas, estamos quebrando uma cadeia de causalidade que, ao invés de nos libertar, propicia a formação do carma que nos prende ao ciclo das reencarnações sucessivas. Chegará o dia em que os rebeldes perceberão as forças sinistras que se intensificam na atmosfera psíquica coletiva da Terra, geradas pelos pensamentos e sentimentos humanos de ódio, inveja, luxúria, vaidade, concupiscência, ciúme, medo, desconfiança e maledicência, que desencadeiam, por meio da Lei da Afinidade, competições, fracassos, guerras e desgraças no mundo, e desequilibram e enfraquecem cada vez mais os núcleos vibratórios<span class="Apple-style-span" >4 </span>planetários dos orixás.</span></span></span></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'times new roman'; font-size: small; "><br /></span></span></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'times new roman'; font-size: small; ">4 - Vórtices energéticos, espécies de linhas de forças magnéticas coletivas que ligam o orbe ao Cosmo e são mantenedoras da vida e da comunidade espiritual terrícola.</span></span></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 16pt; background-color: transparent; "><span style="font-size: 16pt; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: italic; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span><br /><span class="Apple-style-span"><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Assim como o barulho da dinamite em abrupta explosão na rocha causará uma onda de choque no sistema nervoso de quem a recebe com impacto, promovendo um deslocamento na estrutura celular do corpo físico, as labaredas dos sentimentos e ações movidos pelo egoísmo e desamor contra o semelhante perturbam as substâncias mais finas da estrutura atômica da mente, e, conseqüentemente, dos corpos astral e físico, em decorrência da ressonância no meio-ambiente próximo àquele que as emite consciente ou inconscientemente, intencionalmente ou não, resultando no bloqueio vibratório da Lei de Afinidade em seu aspecto positivo e benfeitor, que é o aprisionamento reencarnatório para retificação do espírito.</span><br /><span class="Apple-style-span" style="background-color: transparent; "><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span><br /><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Ainda que tenhamos a sensibilidade mediúnica exaltada para receber a energia dos orixás, afim de facilitar o nosso equilíbrio, como um edifício construído por consistente argamassa que sustenta os tijolos, pensemos que o efeito causado por nossos desequilíbrios emocionais constantes, oriundos dos maus pensamentos que emitimos como potentes golpes contra as paredes desse prédio, acaba por causar uma fissura na estrutura atômica de nossos corpos e chacras, ocasionando as mais diversas anomalias comportamentais.</span><br /><span class="Apple-style-span" style="background-color: transparent; "><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span><br /><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Em nosso psiquismo, estão registrados hábitos viciados de outrora que serão refreados pelas energias dos orixás, para que seja possível o equilíbrio e a superação cármica enquanto espírito reencarnante que não se recorda de seus atos pretéritos quando em estado de vigília: é como usar um sapato de numeração menor, com cadarço apertado. Assim, certos aspectos comportamentais são aprimorados de acordo com a influência das energias dos orixás. Se o psiquismo estiver saturado de energias positivas ou negativas, em abundância ou escassez, o ser encarnado poderá ter sérios distúrbios psíquicos decorrentes dos pensamentos desalinhados, os quais interferem na emotividade e causam seqüelas nefastas quando somatizados, surgindo daí fobias, pânicos, depressões, ansiedades, fascinações, obsessões e doenças diversas.</span><br /><span class="Apple-style-span" style="background-color: transparent; "><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span><br /><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre-wrap; ">Resumindo melhor: o médium sente com mais intensidade a influência dos orixás de acordo com a proporção da regência de sua coroa mediúnica. Ou seja, somos mais sensíveis a determinados orixás do que a outros. Como exemplo, apresentamos a seguir a regência da coroa mediúnica de um médium hipotético:</span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><span class="Apple-style-span" style="background-color: transparent; "><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span></span></span><p style="text-align: center;margin-top: 0pt; margin-bottom: 0pt; "><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">orixás regentes demonstrativo ********* hipotético de influência</span></p><span class="Apple-style-span"><div style="text-align: center;"><br /></div><span class="Apple-style-span" style="background-color: transparent; "><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span></span><p style="text-align: center;margin-top: 0pt; margin-bottom: 0pt; "><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Oxossi (primeiro) ******** 30 a 40%</span></p><p style="text-align: center;margin-top: 0pt; margin-bottom: 0pt; "><span class="Apple-style-span"><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Iansã</span><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "> (segundo) ********** 15 a 20%</span></span></p><p style="text-align: center;margin-top: 0pt; margin-bottom: 0pt; "><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Iemanjá (terceiro) ******** 10 a 15%</span></p><p style="text-align: center;margin-top: 0pt; margin-bottom: 0pt; "><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Omulu (quarto) ********** 5 a 10%</span></p><span class="Apple-style-span"><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="background-color: transparent; "><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Os demais orixás se "pulverizam" podendo alterar-se em determinados momentos de nossa existência, como em situações em que nos deparamos com um problema sério de saúde ou passamos por mudanças pessoais abruptas. Nesses casos, a regência do orixá poderá ser alterada momentaneamente, prevalecendo a energia afim necessária ao momento cármico. Quando da fundação de um templo umbandista, por exemplo, que envolve sérias mudanças nas tarefas do médium destinado ao comando do terreiro, muito provavelmente esse médium ficará com a regência de Ogum provisoriamente em primeiro plano, <span class="Apple-style-span" >5 </span>pois esse orixá está à frente das grandes demandas. Ao envolver-se com o aspecto jurídico da legalização da casa, Xangô passará a influenciá-lo intensamente, a fim de que haja eqüidade e justiça em suas decisões perante o agrupamento de médiuns e à assistência. Dessa forma, em certos momentos de nossas existências carnais, de acordo com o arquétipo e a influência psicológica dos orixás, essas energias se intensificam ou amenizam em nosso psiquismo e no nosso comportamento, sem alterar-se definitivamente a regência original dos orixás na nossa coroa mediúnica, uma vez que eles prevalecerão por toda a encarnação para auxiliar nossa própria evolução.</span></span></span></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'times new roman'; font-size: small; "><br /></span></span></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'times new roman'; font-size: small; ">5 - Quando a vibração prepondera em sua irradiação sobre o chacra coronário.</span></span></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 16pt; background-color: transparent; "><span style="font-size: 16pt; background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: italic; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span><br /><span class="Apple-style-span"><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Há de se comentar o comprometimento cármico que a regência dos orixás estabelece com os guias do "lado de lá".</span><br /><span class="Apple-style-span" style="background-color: transparent; "><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span><br /><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; ">Existe uma correspondência vibratória com as entidades que assistem os médiuns, as quais, por sua vez, também estão evoluindo. Então, no caso do demonstrativo hipotético de influência apresentado em página anterior, muito provavelmente o guia principal que irá amparar esse medianeiro, e dele se servir, será de Oxossi, embora isso não seja obrigatório. Consideremos aí a sensibilização fluídico-astral recebida pelo médium antes de reencarnar, a qual foi detalhadamente planejada para funcionar como um "perfeito" encaixe vibratório para a manifestação mediúnica durante as tarefas caritativas, especialmente por se tratar da complexidade de incorporação aos moldes umbandísticos.</span></span></span></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: small; "><br /></span></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span style="background-color: transparent; font-weight: normal; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; "></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; ">(Texto retirado da obra de Norberto Peixoto: <i>Umbanda Pé no Chão</i> - Editora do Conhecimento, 2008)</span></span></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: small; "><br /></span></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'times new roman'; font-size: small; "><br /></span></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; background-color: transparent; "><span class="Apple-style-span"></span><span style="background-color: transparent; font-style: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; font-size: small; "></span></div></div>Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-89339122503433671892010-11-12T05:04:00.000-08:002010-11-12T08:40:10.153-08:00A alimentação do médium<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE8KoKQUol9GR0SQwmAr3OCmSLhR4nDiTHcxHP5cm6TNZjhhrrnJ-LQ91v93ZAld3deLdDsjtfJkQG37kOkHN8drypAJ2ZI9QQWb6HXzlnRPyOBVd03girLkjeofKU6PdoDoLuIWLM0oEX/s1600/frutas_ok.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 212px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiE8KoKQUol9GR0SQwmAr3OCmSLhR4nDiTHcxHP5cm6TNZjhhrrnJ-LQ91v93ZAld3deLdDsjtfJkQG37kOkHN8drypAJ2ZI9QQWb6HXzlnRPyOBVd03girLkjeofKU6PdoDoLuIWLM0oEX/s320/frutas_ok.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5538695463510059090" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"></span></b></p><span><div style="text-align: center;"><b>A alimentação do médium</b> </div><div style="text-align: center;"><br /></div></span><div><span><span>Um médium é como sabemos uma pessoa normal, igual a tantas outras, apenas se designa por médium, porque possui uma capacidade mediúnica relevante, podendo também estar a desenvolver ainda mais essa capacidade e praticar actividades mediúnicas. </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>A questão de como deve ser a sua alimentação, especialmente nos dias e nas horas que antecedem a práctica mediúnica, tem sido á muito falada e referida, tanto por entidades incorporadas nos médiuns, como por estudos realizados cientificamente. </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>Vejamos então alguns artigos interessantes:</span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div style="text-align: center;"><span><span><span class="Apple-style-span"><i><b>Alimentação</b></i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i><br /></i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i>"Bastante discutidos, os alimentos interferem directamente sobre a qualidade das energias que trazemos em nosso duplo e em nossa aura, afectando, consequentemente, também o nosso psicossoma (corpo astral).</i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i><br /></i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i>Sendo a mediunidade uma hipersensibilização energética provocada em nosso perispírito antes da nossa encarnação, e sendo esta hipersensibilização transferida para o corpo físico no momento do reencarne, é natural que o organismo do médium seja ainda mais sensível às energias dos alimentos do que a média das outras pessoas. </i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i>Considerando ainda que o perispírito, o duplo e a aura são os principais elementos de contacto do espírito comunicante com o médium, como se fossem «órgãos do sentido mediúnico», é natural que qualquer coisa que interfira na sua vibração, tornando-a mais lenta e mais densa e que deixe suas energias mais “pegajosas” ou “oleosas”, interferirá directamente também no seu grau de sensibilidade, dificultando a percepção e a sintonia do médium com as entidades desencarnadas, especialmente as mais elevadas, cujo padrão vibratório é mais intenso e subtil.</i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i><br /></i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i>É por este motivo que o médium deve ter atenção especial à sua alimentação, evitando tudo aquilo que exija esforço exagerado do organismo para ser digerido e também aquilo que, com o tempo, ele perceba que não lhe faz bem ou prejudica o seu trabalho de intercâmbio, amortecendo sua sensibilidade mediúnica e energética, especialmente no dia de trabalho ou de reunião.</i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i>Por se tratar de algo individualizado, não há regras ou receitas prontas e cada um deve estabelecer o que melhor lhe convém em termos de alimentos, procurando observar suas próprias reacções físicas, psíquicas e espirituais a cada um deles, lembrando sempre que estas reacções podem mudar, e muito, com o tempo, à medida que sua sensibilidade for aumentando ou mudando.</i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i>De qualquer forma, existem, como já dito inúmeras vezes, alguns alimentos que a experiência de vários médiuns e trabalhadores espiritualistas indica como prejudiciais à sensibilidade mediúnica, por terem características energéticas mais densas ou excitantes. Esses alimentos são as carnes vermelhas, os grãos mais gordurosos (amendoim, amêndoas, nozes, etc.), café, chocolate e alguns chás (por serem estimulantes ou excitantes); e os doces (em excesso) que devem ser evitados, pelo menos nas 24hs que antecedem o trabalho mediúnico ou energético. Isto, sem falar, é claro, do álcool e do tabaco, em geral.</i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i><br /></i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i>Além disso, o médium deve ter sempre a preocupação de manter uma alimentação o mais equilibrada possível, variando bastante os alimentos, para garantir também uma variedade suficiente de nutrientes físicos e energéticos que possam atender a todas as suas necessidades, garantindo também a sua saúde física e energética.”</i></span> </span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Por Maísa Intelisano - Psicoterapeuta complementar com formação em Terapia Regressiva, Abordagem Transpessoal, Florais de Bach, Reiki II e Bioeletrografia </span></span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i>“Há pessoas e pessoas e, portanto, aparelhos digestivos e aparelhos digestivos. O que podemos falar, portanto, se refere às pessoas ditas normais ou comuns e não a excepções que somente servem, como diz o velho ditado, para confirmar as regras. </i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i>A alimentação nos influencia em muito mais que apenas nossa mediunidade. Cada alimento, melhor dizendo, cada combinação alimentar, requer determinado esforço do nosso organismo para o digerir. Se um de nós tiver uma alimentação balanceada e leve, em pouco tempo seu organismo dará conta de digeri-la em pouco tempo, utilizando pouca energia para tanto. Se ele tiver, por outro lado, uma alimentação pesada e desregulada, seu organismo gastará muita energia e despenderá muito tempo para fazê-lo. </i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i><br /></i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i>Ora, quando exercemos a prática mediúnica, via de regra, uma quantidade de energia é demandada do nosso organismo. Mesmo sabendo que energia de boa qualidade nos é cedida pelos bons espíritos nas actividades nobres, esse intercâmbio de energia pressupõe, para seu melhor desempenho, um organismo desimpedido de outros processos que demandem energia, como é o caso do processo digestivo. </i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i><br /></i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i>Será que alguém cogitaria em dar passes em outra pessoa durante uma prova de esforço em esteira ou durante um teste de Cooper? Supomos que não. Nossa intuição nos compele à posição serena, concentrada. E, se tal ocorre, não só se deve à necessidade de elevação do espírito, mas também à necessidade de se disponibilizar o organismo físico para a acção dos bons Espíritos no ato do passe. </i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i>Um organismo físico ocupado por uma actividade que demande energia, seja na forma de um exercício físico ou de um processo digestivo complexo, será como um canal obstruído por onde apenas um filete de fluido conseguirá passar. Falamos apenas da questão do passe, mas cremos não ser difícil perceber que o mesmo ocorre em outras actividades mediúnicas.</i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i><br /></i></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i>Assim sendo, quem é médium e trabalha como tal em benefício de seus semelhantes, deve cuidar de sua alimentação o dia todo, transformando em hábito a alimentação saudável, reduzindo ao máximo o consumo de carnes gordurosas e frituras, eliminando de sua dieta os temperos fortes e as bebidas alcoólicas, reduzindo o consumo de doces, bebendo sucos e mates de preferência aos refrigerantes, em suma, abandonando os excessos alimentares de qualquer natureza.”</i></span></span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><i></i></span> <span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Artigo publicado originalmente no Correio Espírita Meimei, Ano IV, no 12, Abril/Maio/Junho de 2008</span></span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span> Portanto, em geral, a alimentação especialmente nos dias de trabalho mediúnico, deve ser o mais leve possível, evitando como é lógico as carnes (especialmente as vermelhas), temperos fortes, o alcoól, café, chocolate, os doces em excesso, e os frutos secos mais gordurosos. </span></span></div><div>Tendo também em atenção, que pelo menos uma hora antes do trabalho mediúnico, além dos já citados, não se deve ingerir alimentos pesados e de digestão lenta, pois o organismo, ao centrar as suas energias na digestão dos alimentos, vai interferir na conexão com as entidades e por consequência no trabalho espiritual. </div><div><br /></div><div>O ideal, seria o médium iniciar os trabalhos espirituais com o estômago já vazio. Sem esquecer como é lógico, qualquer tipo de fumo, como o tabaco e afins, que deixam toxinas e envenenam o organismo, dificultando também o trabalho mediúnico (não confundir com o fumo utilizado para trabalhos espirituais, pelas entidades quando incorporadas).</div><div><br /></div><div>Existe também muita gente que defende a abolição das carnes em geral. </div><div>Os animais, nossos irmãos inferiores, encontram-se num estado inicial do seu nível de evolução espiritual. Têm consciência total do que se passa á sua volta. Todos os sentimentos, desde o nascimento até á altura das suas mortes, ficam registados nos seus perispíritos, e, toda a angustia e dor pela sua morte (na maior parte das vezes, feita com crueldade), e todos os sofrimentos infligidos ao longo das suas breves vidas, desde as más condições de higiene, aos maus tratos, até á privação de liberdade, ficam como que impressos na sua carne, na forma de fluidos negros. E são esses fluidos negativos, que o médium vai ingerir, no momento em que come a carne dos animais, em especial os de carne vermelha, pois em geral são animais mamíferos, e têm uma consciência primitiva mais individualizada, e por consequente uma percepção maior que os animais de carne branca, que têm uma consciência mais grupal, e não têm tanta percepção de si mesmos no momento do abate, e por isso, não passam tantos fluidos negativos para a sua carne.</div><div><br /></div><div>Para terminar, vejamos o que diz também o Dr. Ricardo Di Bernardi em sua coluna:</div><div><br /></div><div><span class="Apple-style-span"><i> “Os amigos espirituais nos falam que é bom evitar carne vermelha nos dias de sessão mediúnica. Dizem eles que a carne dos mamíferos possui energia vital de densidade muito semelhante à nossa, o que leva a uma aderência maior desta energia ("fluido vital”) ao nosso campo de energia vital. </i></span></div><div><span class="Apple-style-span"><i>Vamos emitir uma hipótese como exercício de raciocínio, e não como verdade doutrinária. Lembramos que o mamífero foi morto precocemente, portanto cheio de vida, ou seja, de energia vital em seus tecidos para uma encarnação de muitos anos ainda. Sua carne, portanto, encontrava-se plena de energia vital ("fluido vital"). Parte deste fluido vital permanece nos matadouros e costuma ser vampirizada pelos espíritos enfermos e desequilibrados que tenham o corpo astral (perispírito) muito denso. Outra parte desta energia vital, não sendo vampirizada, e não retornando à massa de energia do universo, como ocorre nas mortes naturais, fica impregnada na carne. “Ao ingerirmos a carne (nos referimos, em especial, aos mamíferos), há uma decomposição ou fragmentação de seus subcomponentes (aminoácidos, etc.), os quais serão absorvidos pelo nosso sangue. A energia vital é também absorvida, encaminhando-se para o nosso corpo vital (denominação de Kardec), ou corpo etérico, que é o campo de energia fixadora do perispírito ao corpo biológico. Este corpo vital (corpo etérico), ao absorver esta energia vital do mamífero, torna-se mais denso, mais "oleoso", dificultando o trânsito das energias do corpo biológico para o corpo espiritual (perispírito). Esta dificuldade acarretaria: - maior dificuldade no desdobramento mediúnico - maior dificuldade na captação de energias espirituais - maior dificuldade na doação de energias pelo passe - maior dificuldade em receber o passe - e, com o passar dos anos, crescente dificuldade nos sentidos mencionados. </i></span></div><div><span class="Apple-style-span"><i><br /></i></span></div><div><span class="Apple-style-span"><i>Quando disse Jesus: "atirai vossas redes ao mar ", poderíamos entender, também, ser melhor nos alimentarmos de peixes. Brincando, diríamos: Claro, o peixinho é limitado (burrinho), nem pineal desenvolvida tem, quase como um sincício espiritual ou alma-grupo. Não existe uma individualidade bem constituída em peixes, como existe em mamíferos. Portanto, o fluido vital dos peixes não tem a mesma característica dos animais superiores. Seria quase como nos vegetais, onde um conjunto de mudas de grama é formado por centenas de princípio espirituais que se fundem em um gramado sem individualidade (alma-grupo, uma denominação esotérica, mas o raciocínio é o mesmo dos espíritas). A individualidade, conforme Jorge Andréa e outros autores encarnados e desencarnados, só se atinge nos lacertídeos, e os peixes, pela pineal quase inexistente, ainda não têm esta organização”.</i></span></div><div><br /></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span"><i></i></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><i>Almada, 12 de Novembro de 2010 © Paulo Lourenço “Ramiro de Kali”</i></span></div><div><div><div><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><i></i></span></p></div></div></div>Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-10922646380608548842010-11-07T08:31:00.000-08:002010-11-07T08:40:52.996-08:00Video: Exu e pombagira - suas caracteristicas<div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe src="http://player.vimeo.com/video/16586479?title=0&byline=0&portrait=0&loop=1" width="400" height="300" frameborder="0"></iframe></div><p style="text-align: center;"><a href="http://vimeo.com/16586479">Exu e Pombagira - suas caracteristicas</a> from <a href="http://vimeo.com/user5161247">Ramiro de Kali</a> on <a href="http://vimeo.com/">Vimeo</a>.</p><p></p><div style="text-align: center;">Ponto cantado para Exu, escrito por Paulo lourenço «Ramiro de kali», e cantado por Mara Tozatto.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Texto sobre as caracteristicas de Exu e pombagira, retirado do livro "Orixás em Poesia" de Paulo lourenço «Ramiro de Kali» © 2008</div><p></p>Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-61500437198171618052010-07-17T07:54:00.000-07:002010-07-17T08:50:29.946-07:00O trabalhador do Umbral<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh01z_Eu63VoXEzvj_fs5e8YbFfDFHJTqyqDSox_SeSiP2uiZ_Q3hWa3uX7eSy5kRlgPJ94GvmewT_62Ps25iRH46Y63iGnF85fMLALxoyHbt3LxSudSCCYtXaCBEkuznIYX_htewB7j24y/s1600/Sem+t%C3%ADtulo.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 280px; height: 223px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh01z_Eu63VoXEzvj_fs5e8YbFfDFHJTqyqDSox_SeSiP2uiZ_Q3hWa3uX7eSy5kRlgPJ94GvmewT_62Ps25iRH46Y63iGnF85fMLALxoyHbt3LxSudSCCYtXaCBEkuznIYX_htewB7j24y/s320/Sem+t%C3%ADtulo.bmp" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5494896910712781202" /></a><div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color:#0000EE;"><u><br /></u></span></div><div><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">O Trabalhador do Umbral</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"></span></b>Partes da obra psicografada por <i>Pablo Salamanca</i> em 2007, á qual deu o nome <i>"O Trabalhador do Umbral"</i> :</p><p class="MsoNormal"><br /></p></div></div><div><div><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Georgia","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";mso-bidi-font-family:"Times New Roman";color:black; mso-fareast-language:PT"></span></p><span><span>"...Quanto ao actual livro em lançamento, “O Trabalhador do Umbral”, sua história começou em outubro de 2003, com duas mensagens em forma poética. A princípio, eu não entendi claramente que haveria uma sequência de poesias do espírito comunicante. No entanto, com a continuidade do processo, logo percebi que era mais um livro em formação. </span></span></div><div><span><span>Achei muito interessante o conteúdo das mensagens, que eram narrativas de trabalhos realizados em áreas inferiores do Plano Astral, mais comumente conhecidas por “Umbral”. Também percebi que, como no caso do espírito “Poetinha”, a entidade “Trabalhador do Umbral” não tinha intenção de revelar sua identidade. Isto, para mim, é questão secundária. O que realmente vale é o conteúdo comunicado. </span></span></div><div><span><span>Contudo, em 14 de novembro de 2005, o “Trabalhador do Umbral” manifestou-se através da psicografia para se apresentar de forma um pouco mais detalhada, o que transcrevo a seguir.</span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div style="text-align: center;"><span><span><b>Apresentação do "Trabalhador do Umbral"</b></span></span></div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span>Boa noite a todos! Sim, dou boa noite porque estou acostumado a permanecer em locais onde os raios solares não penetram plenamente. Eu sou o Trabalhador do Umbral. Realizo minhas tarefas em ambientes quase sempre francamente hostis. Isto é fruto do meu passado espiritual, quando tive boas oportunidades de fazer o bem, mas preferi dar vazão aos instintos, ao egoísmo e ao orgulho. Hoje, e já há muitos anos terrestres, procuro reequilibrar as acções negativas do passado, com a execução de trabalhos positivos, onde espíritos plenamente regenerados não merecem estar por longos períodos. </span></span></div><div><span><span> Eu ainda suporto bem as vibrações de ódio, angústia e revolta que predominam nos planos astrais inferiores. De tempo em tempo preciso subir a determinada cidade espiritual, para restabelecimento das minhas energias e retornar à tarefa com força e equilíbrio. Estou em processo de regeneração, necessitando ainda burilar certas arestas do meu ser, muito embora, posso afirmar que não me entregaria mais às forças da estagnação. Tenho o firme propósito de servir ao Pai Maior, sem novas capitulações. </span></span></div><div><span><span>Mais à frente, o teor dos trabalhos que realizo ficará exposto com maior detalhe, porém não tenho autorização para explicar certos mecanismos de acção no presente momento. O objectivo desta obra é mais para despertar e alertar aos encarnados sobre a Lei de Causa e Efeito, do que esmiuçar tecnicamente formas de actuação no Umbral. </span></span></div><div><span><span>Algumas pessoas poderiam perguntar porque transmiti as mensagens poeticamente, e não de maneira mais directa, através da prosa. Eu, de antemão, respondo que para traçar um conteúdo muitas vezes obscuro e doloroso, nada melhor que a poesia para demonstrar que, mesmo errando, estamos aprendendo, e que não há pecado mortal ou penalizações eternas. Sempre haverá um novo porvir, uma nova chance para resgatar falhas e encontrar o caminho da evolução, mesmo que estejamos aprendendo ao cair, ou caindo durante o aprendizado. A dor física ou moral são excelentes remédios para a regeneração de nossos espíritos. Por mais que sejam amargas, quando desejamos prová-las, uma boa lição podemos colher delas. </span></span></div><div><span><span>Portanto, a forma poética que utilizei, é para destacar que, mesmo do amargo de experiências desastrosas, se extrai o doce do aprendizado. Além disso, caros companheiros de jornada, já fui um menestrel numa de minhas andanças pelo plano terreno. Aprendi a usar rimas com objectivos galantes e menos sóbrios. Hoje, utilizo esta capacidade que adquiri, para ajudar a conquistar a meta de um mundo melhor, mesmo entendendo que a parcela relativa aos meus esforços seja de ordem ínfima. </span></span></div><div><span><span> Ao Pai Celestial cabe, verdadeiramente, o mérito do equilíbrio universal e da evolução. </span></span></div><div><span><span> Neste momento, desejo ainda agradecer ao meu guia espiritual por esta oportunidade de compartilhar o que tenho aprendido, através do trabalho de servir a Deus em meio às trevas. Despeço-me, desejando ser útil.</span></span><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Georgia","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";mso-bidi-font-family:"Times New Roman";color:black; mso-fareast-language:PT"><o:p></o:p></span></p><br /><p></p> <p class="MsoNormal"></p><div style="text-align: center;"><b>UMA VIDA PASSADA</b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">I</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Minha vida em Salamanca</div><div style="text-align: center;">Foi um grande tempo “perdido”.</div><div style="text-align: center;">Era homem orgulhoso e cheio de banca.</div><div style="text-align: center;">Caminhava, louco, por uma vida sem sentido.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">II</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Minha tarefa era combater.</div><div style="text-align: center;">Seguia as ordens de um mestre instintivo,</div><div style="text-align: center;">Cujo objetivo era vencer e vencer</div><div style="text-align: center;">Qualquer um que lhe fosse inimigo.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">III</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Eu era apenas um capataz,</div><div style="text-align: center;">Ligado a castelo antigo.</div><div style="text-align: center;">Nos reduzidos períodos de paz,</div><div style="text-align: center;">Ficava angustiado ou deprimido.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">IV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Preferia a guerra</div><div style="text-align: center;">E as emoções do perigo.</div><div style="text-align: center;">Gostava de ver o sangue manchar a terra</div><div style="text-align: center;">E os adversários com olhos mortiços.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">V</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Eu era pobre besta humana,</div><div style="text-align: center;">Conduzido como gado iníquo.</div><div style="text-align: center;">Fazia coisas insanas,</div><div style="text-align: center;">Frutos de um raciocínio oblíquo.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">VI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Hoje, sou um trabalhador feroz!</div><div style="text-align: center;">Feroz na luta pelo Bem!</div><div style="text-align: center;">Sou contra toda injustiça atroz</div><div style="text-align: center;">E me solidarizo com os que nada tem.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">VII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Caminho ainda na escuridão,</div><div style="text-align: center;">Que reina no submundo astral.</div><div style="text-align: center;">Porém, trago luz em meu coração</div><div style="text-align: center;">E muita vontade de transformar o mal.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">VIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Conduzo irmãos ignorantes,</div><div style="text-align: center;">Violentos como eu fui.</div><div style="text-align: center;">Em verdade, são espíritos infantes,</div><div style="text-align: center;">Com pobres mentes beligerantes.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">IX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Realizo com alguma alegria</div><div style="text-align: center;">Este meu resgate espiritual.</div><div style="text-align: center;">Despeço-me, esperando votos de simpatia.</div><div style="text-align: center;">Sou o Trabalhador do Umbral.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">20 de outubro de 2003.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><b>ACIDENTE FATAL</b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">I</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Muito sangue derramado</div><div style="text-align: center;">À beira da estrada vazia.</div><div style="text-align: center;">Um corpo estava estirado,</div><div style="text-align: center;">Ausente, por completo, de energia.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">II</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">A alma imortal estava do lado,</div><div style="text-align: center;">Impactada, em letargia.</div><div style="text-align: center;">Eu, então, fora chamado.</div><div style="text-align: center;">Encaminhá-la eu deveria.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">III</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Foi um acidente isolado.</div><div style="text-align: center;">Agora, já amanhecia.</div><div style="text-align: center;">O espírito que estava deitado,</div><div style="text-align: center;">Despertava em agonia.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">IV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Seu nome era Alceu.</div><div style="text-align: center;">Eu, muito bem, já o conhecia.</div><div style="text-align: center;">Um alcoólatra inveterado!</div><div style="text-align: center;">Naquele momento, desencarnado.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">V</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Seu corpo espiritual</div><div style="text-align: center;">Estava bastante macerado.</div><div style="text-align: center;">Sentia, ele, todo o mal</div><div style="text-align: center;">De um viver desregrado.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">VI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Balbuciava um pedido de socorro.</div><div style="text-align: center;">Eu tentava lhe ajudar,</div><div style="text-align: center;">Mas estava cercado por corvos.</div><div style="text-align: center;">Eram os obsessores, ali para lhe subjugar.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">VII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Eu permanecia invisível,</div><div style="text-align: center;">Em outra faixa vibratória.</div><div style="text-align: center;">Deveria fazer o possível</div><div style="text-align: center;">Para abrandar aquela triste história.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">VIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Enviei-lhe energias calmantes.</div><div style="text-align: center;">Sua alma estava arrependida,</div><div style="text-align: center;">Mas os obsessores eram beligerantes</div><div style="text-align: center;">E cobravam antiga dívida.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">IX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Tive que me afastar,</div><div style="text-align: center;">Esperando um melhor momento.</div><div style="text-align: center;">Seus inimigos o levavam para um bar,</div><div style="text-align: center;">Para lhe aumentar o sofrimento.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">X</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Queriam chafurdá-lo mais</div><div style="text-align: center;">Na lama do profundo vício,</div><div style="text-align: center;">Tornando-o muito incapaz</div><div style="text-align: center;">De buscar a verdadeira paz.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">A beberragem anestesiaria</div><div style="text-align: center;">A sua memória do acidente.</div><div style="text-align: center;">Em breve seria um indigente,</div><div style="text-align: center;">Após a aplicação de uma hipnose potente.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Se esqueceria até de si mesmo.</div><div style="text-align: center;">Tornaria-se um andarilho inconsciente.</div><div style="text-align: center;">Perderia anos e anos a esmo.</div><div style="text-align: center;">A vingança seria inclemente.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Alceu tinha ficha kármica pesada,</div><div style="text-align: center;">Mas eu poderia evitar o pior.</div><div style="text-align: center;">Fiz uma oração concentrada,</div><div style="text-align: center;">Pedindo auxílio ao Mundo Maior.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XIV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Apresentaram-se dois conhecidos tarefeiros.</div><div style="text-align: center;">Traçamos rapidamente um plano.</div><div style="text-align: center;">Materializamo-nos, ligeiros,</div><div style="text-align: center;">Vestidos em “rotos panos”.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Entramos, no imundo bar do Astral,</div><div style="text-align: center;">Como três pobres mendigos.</div><div style="text-align: center;">O momento era crucial,</div><div style="text-align: center;">Naquele ambiente de desatinos.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XVI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Queriam forçar Alceu a beber.</div><div style="text-align: center;">Ele estava muito confuso.</div><div style="text-align: center;">Nós sabíamos o que fazer</div><div style="text-align: center;">E agimos como seres obscuros.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XVII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Simulamos uma briga entre nós,</div><div style="text-align: center;">Chamando, de todos, a atenção.</div><div style="text-align: center;">A balbúrdia se espalhou pelo salão,</div><div style="text-align: center;">Como o fogo no mato seco do sertão.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XVIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Retiramos o miserável infeliz</div><div style="text-align: center;">Com muita dificuldade.</div><div style="text-align: center;">A misericórdia, para ele, Deus quis.</div><div style="text-align: center;">Mas confesso, que o sucesso foi por um triz.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XIX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Alceu foi para um hospital</div><div style="text-align: center;">E está em regeneração.</div><div style="text-align: center;">Espera por futura reencarnação,</div><div style="text-align: center;">Com dores e muita provação.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Cumprida foi mais uma missão,</div><div style="text-align: center;">Em pleno submundo astral.</div><div style="text-align: center;">Satisfeito, fiquei eu:</div><div style="text-align: center;">O Trabalhador do Umbral.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">23 de julho de 2004.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><b>DÁLIA</b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">I</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">A moça era um encanto</div><div style="text-align: center;">E tinha nome de flor.</div><div style="text-align: center;">Dália era filha de Jorge, um “Pai-de-Santo”</div><div style="text-align: center;">Muito arrogante, que tinha por ela grande amor.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">II</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Moçoila vaidosa, mas com boas virtudes,</div><div style="text-align: center;">Dália vivia a sonhar,</div><div style="text-align: center;">Com futuro sem vicissitudes</div><div style="text-align: center;">E bom homem para levá-la ao altar.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">III</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Seu pai era ciumento</div><div style="text-align: center;">E dava-lhe rígida educação.</div><div style="text-align: center;">Vigiava-a em todos os momentos,</div><div style="text-align: center;">Com cuidadosa e grande atenção.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">IV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Mesmo em dia de sessão,</div><div style="text-align: center;">No seu templo umbandista,</div><div style="text-align: center;">Jorge a tinha sob sua visão,</div><div style="text-align: center;">Protegendo-a com toda a força do seu coração.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">V</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Dália possuía dezoito anos</div><div style="text-align: center;">E era bastante estudiosa.</div><div style="text-align: center;">Já fazia muitos planos.</div><div style="text-align: center;">Seria professora e escreveria em verso e prosa.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">VI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Um moço gostava dela</div><div style="text-align: center;">E ela nem desconfiava.</div><div style="text-align: center;">Era Roberto, rapaz de vida singela,</div><div style="text-align: center;">Que sempre quando possível a admirava.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">VII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Roberto era trabalhador braçal</div><div style="text-align: center;">E tinha boa roça em sítio formoso.</div><div style="text-align: center;">Sua ligação com ela era espiritual.</div><div style="text-align: center;">Ele esperava ter, com Dália, um futuro ditoso.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">VIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Para se aproximar mais,</div><div style="text-align: center;">O pretendente passou a freqüentar o templo.</div><div style="text-align: center;">Tinha esperança, o rapaz,</div><div style="text-align: center;">De que chamar-lhe a atenção seria capaz.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">IX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">No entanto, Jorge percebera a manobra.</div><div style="text-align: center;">Sempre via o jovem nos cultos,</div><div style="text-align: center;">Observando Dália em diversas horas.</div><div style="text-align: center;">Era o primeiro a chegar e o último a ir embora.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">X</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Jorge conhecia, de Roberto, a procedência.</div><div style="text-align: center;">Não era o melhor para a sua filha,</div><div style="text-align: center;">Ainda pura e cheia de inocência.</div><div style="text-align: center;">Pensava isto, Jorge, com impaciência.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Ele tinha preconceito</div><div style="text-align: center;">E corroía-lhe o ciúme.</div><div style="text-align: center;">Planejou realizar um “trabalho” bem feito,</div><div style="text-align: center;">Como era de costume.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Apelaria à magia negra</div><div style="text-align: center;">Para afastar mais aquele rapaz.</div><div style="text-align: center;">Não dormiria em paz,</div><div style="text-align: center;">Antes de entregá-lo ao seu feroz capataz.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Iria ao cemitério</div><div style="text-align: center;">Chamar a entidade voltada ao mal,</div><div style="text-align: center;">Através de nefando ritual,</div><div style="text-align: center;">Evocando-o do Umbral.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XIV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Dália não tinha noção</div><div style="text-align: center;">Do desequilíbrio de seu pai.</div><div style="text-align: center;">Amava-o com respeito e devoção.</div><div style="text-align: center;">Nunca lhe dissera um não.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">A moça mal percebera Roberto,</div><div style="text-align: center;">O jovem de boa aparência</div><div style="text-align: center;">E semblante também esperto,</div><div style="text-align: center;">Que no templo a vigiava com insistência.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XVI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Jorge então selara o negativo pacto.</div><div style="text-align: center;">Tinha confiança no pleno sucesso.</div><div style="text-align: center;">O resultado seria de impacto.</div><div style="text-align: center;">O rapaz sumiria. Isto era certo!</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XVII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Porém, o resultado não foi o esperado.</div><div style="text-align: center;">Roberto, de fato, sumira.</div><div style="text-align: center;">Soube-se que fora fatalmente vitimado.</div><div style="text-align: center;">Sofrera grave acidente e já fora sepultado.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XVIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Jorge ficou muito surpreso</div><div style="text-align: center;">E lamentou o terrível desfecho.</div><div style="text-align: center;">Não era isso que desejava.</div><div style="text-align: center;">Ficou quase em desespero.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XIX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Procurou esquecer o fato,</div><div style="text-align: center;">Imaginando que não seria culpado,</div><div style="text-align: center;">Embora sua consciência</div><div style="text-align: center;">O acusasse com veemência.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Em breve, notou diferença</div><div style="text-align: center;">No comportamento da filha.</div><div style="text-align: center;">Também a sua saudável aparência</div><div style="text-align: center;">Tornou-se, pouco a pouco, doentia.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Era a presença de Roberto</div><div style="text-align: center;">Junto ao seu objeto de amor.</div><div style="text-align: center;">A morte súbita o deixara em torpor.</div><div style="text-align: center;">Apenas queria amá-la com fervor.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Jorge tudo tentou</div><div style="text-align: center;">Para salvar sua filha amada:</div><div style="text-align: center;">Orações, remédios, gemadas</div><div style="text-align: center;">E invocações no cemitério e nas encruzilhadas.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Recorreu até a famosos doutores,</div><div style="text-align: center;">Acreditando na ajuda da medicina.</div><div style="text-align: center;">Ineficazes eram seus favores!</div><div style="text-align: center;">Jorge estava perdendo a sua menina.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXIV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Eu nada podia fazer.</div><div style="text-align: center;">Se cumpria um resgate espiritual.</div><div style="text-align: center;">A moça já estava prestes a perecer.</div><div style="text-align: center;">Eu apenas esperava no Plano Astral.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Quando veio o desenlace,</div><div style="text-align: center;">Ficaram os dois em desequilíbrio,</div><div style="text-align: center;">Unidos como gêmeos que nascem</div><div style="text-align: center;">Grudados, de forma sofrível.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXVI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Tarefeiros encaminharam o casal</div><div style="text-align: center;">Para um hospital espiritual.</div><div style="text-align: center;">Dentre eles estava eu,</div><div style="text-align: center;">O Trabalhador do Umbral.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Junho de 2005.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><b>O PAI-DE-SANTO</b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">I</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">- Saravá, meu filho! Deixa o seu guia descer!</div><div style="text-align: center;">Dizia Agenor, o “pai-de-santo”,</div><div style="text-align: center;">Ao ingênuo rapaz em pranto,</div><div style="text-align: center;">Pois achava que ia morrer.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">II</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Eu apenas observava</div><div style="text-align: center;">A cena lamentável:</div><div style="text-align: center;">O jovem se curvava</div><div style="text-align: center;">Ao obsessor deplorável.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">III</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Estávamos num Centro Umbandista,</div><div style="text-align: center;">Onde predominava a perturbação.</div><div style="text-align: center;">O dirigente, nada realista,</div><div style="text-align: center;">Não percebia a quase possessão.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">IV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Cobrava muito dinheiro,</div><div style="text-align: center;">Esquecendo-se da caridade.</div><div style="text-align: center;">Por isso, afastara-se o caboclo guerreiro,</div><div style="text-align: center;">Seu guia na Espiritualidade.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">V</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Acreditava ter digna assistência</div><div style="text-align: center;">Dos bons espíritos de luz.</div><div style="text-align: center;">Mas, estava quase na indigência</div><div style="text-align: center;">Devido ao vil metal, que tanto seduz.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">VI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Prosseguia o “desenvolvimento mediúnico”.</div><div style="text-align: center;">O jovem, agora, estava com o rosto no chão.</div><div style="text-align: center;">Enquanto isso, o “pai-de-santo” se julgava único</div><div style="text-align: center;">Em força, sabedoria e persuasão.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">VII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Ele, então, ordenou com confiança:</div><div style="text-align: center;">- Apruma o seu aparelho!</div><div style="text-align: center;">Mas a entidade acoplada, apenas lhe balança</div><div style="text-align: center;">O tórax, os quadris e os joelhos.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">VIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">O rapaz formava um quadro estranho,</div><div style="text-align: center;">Com a cabeça ainda no solo.</div><div style="text-align: center;">Agenor disse: - Vou lhe receitar uns banhos!</div><div style="text-align: center;">E ele já calculava, em pensamento, os ganhos.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">IX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Logo a seguir, interferi</div><div style="text-align: center;">Naquela péssima manifestação.</div><div style="text-align: center;">Irradiei, com decisão,</div><div style="text-align: center;">Uma energia para a separação.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">X</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Se incomodou, embora não me visse, o obsessor.</div><div style="text-align: center;">Ele era poderoso vampiro espiritual.</div><div style="text-align: center;">Então afastou-se do pupilo de Agenor,</div><div style="text-align: center;">Que ainda se sentia mal.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Minha tarefa naquele lugar</div><div style="text-align: center;">Era semelhante a de um bombeiro,</div><div style="text-align: center;">Que corre para incêndios apagar,</div><div style="text-align: center;">Não sabendo a que horas poderá descansar.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Eu estava ali há meses,</div><div style="text-align: center;">Tentando alertar o Agenor</div><div style="text-align: center;">Para desistir de seus infelizes interesses,</div><div style="text-align: center;">Antes que lhe atingisse terrível dor.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">O rapaz, agora desperto,</div><div style="text-align: center;">Cansado muito estava.</div><div style="text-align: center;">O pai-de-santo, muito esperto,</div><div style="text-align: center;">Somente o estimulava:</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XIV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">- Que beleza meu filho!</div><div style="text-align: center;">- Você tem um excelente guia!</div><div style="text-align: center;">Em verdade, sua saúde estava por um fio,</div><div style="text-align: center;">Devido à proximidade da terrível energia.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Era uma sexta-feira.</div><div style="text-align: center;">Aquilo não continuaria mais.</div><div style="text-align: center;">As orientações sem eira nem beira</div><div style="text-align: center;">Terminariam, com muita gente alcançando paz.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XVI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Na manhã de domingo</div><div style="text-align: center;">Agenor acordou, passando mal.</div><div style="text-align: center;">Aneurismas na cabeça, em número de cinco,</div><div style="text-align: center;">Davam-lhe um doloroso sinal.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XVII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Estava em andamento um derrame cerebral.</div><div style="text-align: center;">O homem, agora, muito sofria.</div><div style="text-align: center;">Ele se perguntava o que ocorria afinal,</div><div style="text-align: center;">Enquanto a sua força se esvaía.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XVIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Só despertou no hospital,</div><div style="text-align: center;">Com uma parte do corpo paralisado.</div><div style="text-align: center;">Ele se questionou: o que havia feito de mal,</div><div style="text-align: center;">Para ficar naquele estado?</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XIX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Finalmente fazia uma autocrítica.</div><div style="text-align: center;">Tentava entender a situação,</div><div style="text-align: center;">Do porquê da sua limitação física.</div><div style="text-align: center;">Seria um castigo pela sua má atuação?</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Enfim, recordava suas espertezas.</div><div style="text-align: center;">Quanta gente havia enganado!</div><div style="text-align: center;">Em vez de alegrias, espalhara tristezas,</div><div style="text-align: center;">Em troca dos lucros embolsados.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Após longo tempo internado,</div><div style="text-align: center;">Voltaria para sua casa.</div><div style="text-align: center;">Estava praticamente aleijado</div><div style="text-align: center;">E também perdera a fala.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Na primeira noite em sua residência,</div><div style="text-align: center;">Ajudei-lhe num desprendimento espiritual.</div><div style="text-align: center;">Fui clarear a sua consciência,</div><div style="text-align: center;">Fazendo-o discernir o que fizera de bom ou de mal.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Depois de longa conversação,</div><div style="text-align: center;">Disse a ele que não recebera castigo.</div><div style="text-align: center;">Apenas funcionara a Lei de Ação e Reação,</div><div style="text-align: center;">Em resposta a seus muitos desatinos.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXIV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Agenor viverá por anos nesta situação,</div><div style="text-align: center;">Para entender a verdadeira humildade.</div><div style="text-align: center;">Na próxima reencarnação,</div><div style="text-align: center;">Renascerá com muitas dificuldades.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Ajudei vários de seus pupilos</div><div style="text-align: center;">A encontrar segura orientação.</div><div style="text-align: center;">Quase todos sofriam a ação de vampiros,</div><div style="text-align: center;">Que sugavam suas energias e a boa razão.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXVI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Foi uma tarefa muito difícil,</div><div style="text-align: center;">Mas cheguei a bom termo no final,</div><div style="text-align: center;">Evitando piores malefícios.</div><div style="text-align: center;">Aqui se despede, o Trabalhador do Umbral.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">12 de setembro de 2005.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><b>A TRANSFORMAÇÃO</b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">I</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Estava em pleno Umbral,</div><div style="text-align: center;">Conversando com uma entidade,</div><div style="text-align: center;">Que fazia o bem ou o mal,</div><div style="text-align: center;">Desde que fosse “pago” pela atividade.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">II</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Há tempo que eu o observava,</div><div style="text-align: center;">Já sabendo da oculta verdade:</div><div style="text-align: center;">Estava se enojando da maldade,</div><div style="text-align: center;">Aspirando a uma nova liberdade.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">III</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Tinha dificuldade em admitir,</div><div style="text-align: center;">Pois sua fama era antiga.</div><div style="text-align: center;">Barreiras deveriam cair,</div><div style="text-align: center;">Para que deixasse a sua rotina.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">IV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">“Trabalhava” em um local,</div><div style="text-align: center;">Onde, num médium, incorporava.</div><div style="text-align: center;">Recebia “presentes” para que o seu punhal</div><div style="text-align: center;">Fosse utilizado, nas sombrias madrugadas.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">V</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Provocava disputas,</div><div style="text-align: center;">Discussões ou resolvia problemas,</div><div style="text-align: center;">Quase sempre em meio a duras lutas.</div><div style="text-align: center;">A satisfação do “cliente” era o seu lema.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">VI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Às vezes, era chamado para levantar um doente</div><div style="text-align: center;">Ou recuperar o movimento de uma loja.</div><div style="text-align: center;">Ajudava do seu jeito inclemente,</div><div style="text-align: center;">Mesmo quando sob dura prova.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">VII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Era espírito endurecido.</div><div style="text-align: center;">Quando diante de difícil tarefa,</div><div style="text-align: center;">Não aceitava ser vencido.</div><div style="text-align: center;">Nesta situação, convocava obscurecidos colegas.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">VIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Sabia atuar em grupo</div><div style="text-align: center;">E tinha sua própria falange.</div><div style="text-align: center;">Fazia um plano, através de detalhados estudos,</div><div style="text-align: center;">Quando o “trabalho” era muito grande.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">IX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Contudo não pedia, o seu coração,</div><div style="text-align: center;">Que continuasse em tão dura refrega.</div><div style="text-align: center;">Desejava respirar em ar mais puro e são,</div><div style="text-align: center;">Onde a verdadeira lealdade impera.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">X</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Já o tinha, outras vezes, abordado.</div><div style="text-align: center;">Ele compreendera a minha intenção.</div><div style="text-align: center;">Eu queria apenas ajudá-lo</div><div style="text-align: center;">A encontrar roteiro de redenção.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Disse-lhe que, à frente, receberia novo trabalho</div><div style="text-align: center;">Nos meandros do submundo astral.</div><div style="text-align: center;">Atuaria bem disfarçado,</div><div style="text-align: center;">Desfazendo os caminhos que havia traçado.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Expliquei que eu era da “banda” do Cordeiro,</div><div style="text-align: center;">De onde provinha mais energia e luz.</div><div style="text-align: center;">Mas ele, entre esperançoso e matreiro,</div><div style="text-align: center;">Ainda queria testar a força que vinha de Jesus.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Pediu-me que o acompanhasse</div><div style="text-align: center;">Até o mundo material.</div><div style="text-align: center;">Visitaríamos uma doente mental,</div><div style="text-align: center;">Que ele amava, mas não podia curar o mal.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XIV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Eu já sabia de sua “oculta” intenção.</div><div style="text-align: center;">Queria ajudar a moça obsidiada,</div><div style="text-align: center;">Alma muito querida, agora reencarnada.</div><div style="text-align: center;">Era um ser precioso para o seu coração.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">A bela criatura era bastante endividada.</div><div style="text-align: center;">Na carne, ainda em tenra idade,</div><div style="text-align: center;">Estava sendo duramente assediada</div><div style="text-align: center;">Por entidade deformada.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XVI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Antes, ele tentara libertá-la em vão.</div><div style="text-align: center;">Mesmo com a ajuda de seus parceiros,</div><div style="text-align: center;">Fracassara, com grande decepção,</div><div style="text-align: center;">Em libertá-la da obsessão.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XVII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">O espírito, com estranha deformidade,</div><div style="text-align: center;">Estava acoplado firmemente</div><div style="text-align: center;">Ao corpo da jovem beldade,</div><div style="text-align: center;">Que, ao mundo, era indiferente.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XVIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Expliquei-lhe sobre a Justiça Divina,</div><div style="text-align: center;">Que permitia tal associação</div><div style="text-align: center;">Entre o disforme e a moça-menina,</div><div style="text-align: center;">Resultante da Lei de Ação e Reação.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XIX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Prometi-lhe o auxílio da Providência,</div><div style="text-align: center;">Pois, disso, eu já estava informado.</div><div style="text-align: center;">Era o momento do socorro, com diligência,</div><div style="text-align: center;">Para aqueles espíritos serem desacorrentados.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Partimos, em silêncio, através do Umbral.</div><div style="text-align: center;">Pedi-lhe para apenas observar</div><div style="text-align: center;">Como o bem transformaria o aparente mal.</div><div style="text-align: center;">Assim, talvez ele se convencesse a se renovar.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Chegando em jardim de casa singela,</div><div style="text-align: center;">De família com recursos limitados,</div><div style="text-align: center;">Já podíamos vê-la, sentada próximo a uma janela.</div><div style="text-align: center;">Tinha os olhos no vazio, meio esbugalhados.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Diagnosticaram, os médicos da terra,</div><div style="text-align: center;">Uma espécie de autismo.</div><div style="text-align: center;">Mas, a verdade era</div><div style="text-align: center;">Que tinham dúvidas e não havia otimismo.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Adentramos a humilde casa,</div><div style="text-align: center;">Onde se postavam dois médicos espirituais.</div><div style="text-align: center;">Há dias esperavam a minha chegada,</div><div style="text-align: center;">Para executar a tarefa previamente marcada.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXIV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Minha participação seria como a de um enfermeiro,</div><div style="text-align: center;">Naquela delicada situação.</div><div style="text-align: center;">Oramos, com fervor, primeiro.</div><div style="text-align: center;">Em seguida, começaríamos a ação.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Meu acompanhante estava algo espantado,</div><div style="text-align: center;">Com a luz que desceu sobre nós.</div><div style="text-align: center;">Contudo, ficou mesmo estupefato,</div><div style="text-align: center;">Quando percebeu que já não estávamos a sós.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXVI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Parecia pura mágica!</div><div style="text-align: center;">Do aparente nada, surgiu uma grande equipe</div><div style="text-align: center;">Para resolver aquela situação quase trágica.</div><div style="text-align: center;">E quantos técnicos de alta estirpe!</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXVII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Então, a moça fora induzida a se deitar.</div><div style="text-align: center;">Agia sua mãe material, por nós inspirada.</div><div style="text-align: center;">Uma cirurgia iria se realizar,</div><div style="text-align: center;">Para que uma boa meta fosse alcançada.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXVIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Após um tempo, não pequeno,</div><div style="text-align: center;">Tudo estava terminado.</div><div style="text-align: center;">A moça tornara-se livre no plano terreno.</div><div style="text-align: center;">No Plano Astral, havia um espírito transformado.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXIX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Enquanto o deformado, inconsciente, era levado</div><div style="text-align: center;">Para um hospital espiritual,</div><div style="text-align: center;">O candidato à luz, em lágrimas, estava ajoelhado.</div><div style="text-align: center;">Dizia que nunca mais faria o mal.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Amparei-lhe com energia,</div><div style="text-align: center;">Explicando o futuro da jovem.</div><div style="text-align: center;">Ela, vagarosamente, melhoraria.</div><div style="text-align: center;">Seria acompanhada de perto, até segunda ordem.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXXI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Ao longo do tempo, despertaria</div><div style="text-align: center;">De seu mundo tão pessoal.</div><div style="text-align: center;">Para a convivência terrena desabrocharia,</div><div style="text-align: center;">Com boas chances de uma vida normal.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXXII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Então levei Fausto (este era o seu nome)</div><div style="text-align: center;">A uma grande jornada, para ele, sem igual.</div><div style="text-align: center;">A partir daquele momento, seria novo homem,</div><div style="text-align: center;">Com a ajuda do Trabalhador do Umbral.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">05 de outubro de 2005.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><b>MARIA DOS FARRAPOS</b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">I</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Eu estava sob a luz da lua</div><div style="text-align: center;">Em baixa cidade do Astral.</div><div style="text-align: center;">Lá havia uma mulher praticamente nua,</div><div style="text-align: center;">Em profundo desequilíbrio espiritual.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">II</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Cobriam, seu corpo sutil, frangalhos.</div><div style="text-align: center;">Sorria de forma anormal.</div><div style="text-align: center;">Seus olhos eram esbugalhados.</div><div style="text-align: center;">Este era o resultado da sementeira no mal.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">III</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Seus pensamentos eram fixos</div><div style="text-align: center;">Em imagens de teor sensual.</div><div style="text-align: center;">Não se lembrava do Cristo.</div><div style="text-align: center;">Transformação interior não era sua meta final.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">IV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Vivera para as sensações,</div><div style="text-align: center;">Em função do seu corpo material.</div><div style="text-align: center;">Precisava sempre de pesadas emoções</div><div style="text-align: center;">Para preencher seu vazio mental.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">V</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Não aceitara estudar,</div><div style="text-align: center;">Embora boa chance houvera.</div><div style="text-align: center;">Tivera bons pai e mãe para lhe ajudar.</div><div style="text-align: center;">Contudo, nunca respeitá-los quisera.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">VI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Infeliz mulher enlouquecida!</div><div style="text-align: center;">Agora, era tenaz espírito obsessor.</div><div style="text-align: center;">Acompanhava, na Terra, jovem semi-enceguecida,</div><div style="text-align: center;">Que ainda não entendia a vida e o seu real valor.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">VII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Flora, assim, era perseguida.</div><div style="text-align: center;">Estava despertando muito cedo a sua libido.</div><div style="text-align: center;">A pobre moça-menina tinha vida sofrida</div><div style="text-align: center;">E estava correndo real, mas oculto, perigo.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">VIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Não sabia de onde vinham aqueles pensamentos.</div><div style="text-align: center;">Pareciam não pertencer a si.</div><div style="text-align: center;">A moça da favela, em quase todos momentos,</div><div style="text-align: center;">Passava por tentações e tormentos.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">IX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Flora tinha treze anos de idade.</div><div style="text-align: center;">Em vida passada, perdera-se na prostituição.</div><div style="text-align: center;">Tentava agora, sem falsidade,</div><div style="text-align: center;">Encontrar o caminho da recuperação.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">X</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Mas a mulher vestida de trapos,</div><div style="text-align: center;">Antiga companheira de sofreguidão,</div><div style="text-align: center;">Queria reduzir a frangalhos</div><div style="text-align: center;">A sua atual resolução de transformação.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Portanto, minha missão era difícil.</div><div style="text-align: center;">Com certeza, havia grande ligação</div><div style="text-align: center;">Entre a jovem e a alma cheia de vício,</div><div style="text-align: center;">Que tanto desejava o prazer e a sensação.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Flora, às vezes, buscava a religião.</div><div style="text-align: center;">Tentava, em vão, amortecer</div><div style="text-align: center;">A turbulência em seu coração,</div><div style="text-align: center;">Através de momentos de oração.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Sentia que devia se afastar</div><div style="text-align: center;">Do caminho que se apresentava.</div><div style="text-align: center;">Mas, até mesmo faltava</div><div style="text-align: center;">Bom ar para respirar.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XIV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">O ambiente de sua vida</div><div style="text-align: center;">Era muito pouco são.</div><div style="text-align: center;">Sua mãe era alma sofrida</div><div style="text-align: center;">E, seu pai, um alcoólatra folgazão.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Eu necessitava de boa estratégia</div><div style="text-align: center;">Para encontrar uma solução.</div><div style="text-align: center;">Precisava evitar uma tragédia,</div><div style="text-align: center;">Naquela família em dissolução.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XVI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Seu pai ficou gravemente doente.</div><div style="text-align: center;">O fígado quase não mais trabalhava.</div><div style="text-align: center;">Aquele homem, tão descrente,</div><div style="text-align: center;">Estava muito próximo da derrocada.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XVII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">A mãe não sabia o que fazer,</div><div style="text-align: center;">Sem os trocados que o marido amealhava.</div><div style="text-align: center;">Não podia mais, o ofício de pedreiro, exercer.</div><div style="text-align: center;">Assim, ela estava quase desesperada.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XVIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Então atuei em sua mente,</div><div style="text-align: center;">Sugerindo-lhe uma solução:</div><div style="text-align: center;">Deveria empregar sua filha adolescente,</div><div style="text-align: center;">Para ajudar a ganhar o bendito pão.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XIX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Eu conhecia luminosa pessoa,</div><div style="text-align: center;">Que poderia bem ajudar.</div><div style="text-align: center;">Era alma realmente muito boa,</div><div style="text-align: center;">Prestativa e sempre pronta a amparar.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Consegui, sem muita demora,</div><div style="text-align: center;">Que a mãe de Flora fosse lhe procurar,</div><div style="text-align: center;">Num centro espírita consagrado à “Nossa Senhora”,</div><div style="text-align: center;">Que dirigia com amor e força para disciplinar.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Através de breves acertos,</div><div style="text-align: center;">Decidiu-se que Flora ficaria ali para faxinar.</div><div style="text-align: center;">Embora a menina tivesse alguns receios,</div><div style="text-align: center;">Logo percebeu que era um bom lugar.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Passou a ganhar o pão material,</div><div style="text-align: center;">Mas benefícios maiores estavam por chegar.</div><div style="text-align: center;">A dirigente convidou-a para um culto espiritual,</div><div style="text-align: center;">Onde cresceram suas esperanças em melhorar.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Sentira que uma nova vida se abria</div><div style="text-align: center;">À visão da sua mente.</div><div style="text-align: center;">Os doces ensinamentos que ouvira,</div><div style="text-align: center;">Tornaram-se uma boa semente.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXIV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Mas, uma parte difícil me cabia.</div><div style="text-align: center;">Era encaminhar o espírito doente,</div><div style="text-align: center;">Que acompanhava a Flora moça-menina,</div><div style="text-align: center;">E que, agora, estava muito descontente.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Ela se autodenominava Maria,</div><div style="text-align: center;">“A poderosa Maria dos Farrapos”!</div><div style="text-align: center;">Então, prometera que transformaria</div><div style="text-align: center;">A vida da jovem em frangalhos.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXVI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Em noite de lua cheia,</div><div style="text-align: center;">Fui à casa de Flora,</div><div style="text-align: center;">Que dormira logo após a uma breve ceia.</div><div style="text-align: center;">Eu deveria agir sem demora.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXVII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Próximo a seu vaso físico, em repouso,</div><div style="text-align: center;">Estava a entidade obsessora.</div><div style="text-align: center;">Gritava para que o seu espírito saísse do corpo.</div><div style="text-align: center;">Queria intimidar e, à prova, pô-la.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXVIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Eu intervi rapidamente,</div><div style="text-align: center;">Materializando-me de supetão.</div><div style="text-align: center;">Surgi bem em sua frente,</div><div style="text-align: center;">Causando surpresa e irritação.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXIX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Disse-lhe que representava</div><div style="text-align: center;">Uma força de mais alto,</div><div style="text-align: center;">Estando ali para ajudá-la,</div><div style="text-align: center;">Naquele momento incauto.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Perguntou-me se eu era juiz,</div><div style="text-align: center;">Se sabia da real situação.</div><div style="text-align: center;">A jovem, segundo ela, sempre fez o que quis</div><div style="text-align: center;">E lhe era devedora, desde outra encarnação.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXXI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Então dirigi-me, resoluto, à infeliz.</div><div style="text-align: center;">Utilizei forte argumentação,</div><div style="text-align: center;">Demonstrando que os erros têm como matriz</div><div style="text-align: center;">A falta de amor e a ausência do perdão.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXXII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Apontei fatos de sua última vida,</div><div style="text-align: center;">Que caracterizavam a sua má conduta.</div><div style="text-align: center;">Remexi antigas feridas,</div><div style="text-align: center;">Que amorteceram o seu vigor naquela disputa.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXXIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Ela não quis admitir seus erros,</div><div style="text-align: center;">Preferindo fugir da situação.</div><div style="text-align: center;">Escondeu-se no baixo Astral, em feios becos,</div><div style="text-align: center;">Sem compreender a melhor solução.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXXIV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Eu havia lhe oferecido</div><div style="text-align: center;">Nova vida, em menos denso plano espiritual.</div><div style="text-align: center;">Trabalharia, sem se expor a maior perigo,</div><div style="text-align: center;">Se preparando para uma nova encarnação, afinal.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXXV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Para aquele espírito empedernido,</div><div style="text-align: center;">Não era fácil decidir.</div><div style="text-align: center;">Vivera em dissolução por tempo indefinido</div><div style="text-align: center;">E os velhos apegos não permitiam melhor porvir.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXXVI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Contudo, senti que a havia atingido.</div><div style="text-align: center;">Percebi, nela, uma nesga de esperança.</div><div style="text-align: center;">Em minha mente surgiu um plano conciso,</div><div style="text-align: center;">Que, mais à frente, resultaria em bonança.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXXVII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">No entanto, sabia que ela iria retornar</div><div style="text-align: center;">À procura de Flora.</div><div style="text-align: center;">Esperaria eu me afastar,</div><div style="text-align: center;">Para assediar a menina em outra hora.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXXVIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Após três dias de afastamento,</div><div style="text-align: center;">Voltei a buscar a adolescente.</div><div style="text-align: center;">Neste período, houve bom planejamento</div><div style="text-align: center;">Para encaminhar a entidade doente.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XXXIX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Maria já havia retornado,</div><div style="text-align: center;">Desejosa de continuar a obsessão.</div><div style="text-align: center;">Mas, seu espírito estava ressabiado.</div><div style="text-align: center;">Sentia que havia uma nova situação.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XL</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Não era tão fácil influenciar Flora,</div><div style="text-align: center;">Que, agora, buscava mais forças na oração.</div><div style="text-align: center;">A moça estava esperançosa com a nova porta,</div><div style="text-align: center;">Que se abria para o seu coração.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XLI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">O centro lhe dava a esperança,</div><div style="text-align: center;">Através de seus positivos ensinamentos.</div><div style="text-align: center;">Aos poucos, retornava uma alegria de criança,</div><div style="text-align: center;">Que crê no futuro, deixando de lado os medos.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XLII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Haveria, em breve, uma nova sessão.</div><div style="text-align: center;">Nela, ocorreria um trabalho especial.</div><div style="text-align: center;">Era a tarefa de desobsessão,</div><div style="text-align: center;">Muito bem feita naquela casa espiritual.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XLIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Flora fora convidada,</div><div style="text-align: center;">Mas surgiu-lhe um aperto no peito.</div><div style="text-align: center;">Era Maria, muito transtornada,</div><div style="text-align: center;">Não sabendo bem o que seria feito.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XLIV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Faltando poucas horas para a reunião,</div><div style="text-align: center;">A adolescente sentira-se mal.</div><div style="text-align: center;">Eu, invisível à Maria, sustentei-lhe a resolução</div><div style="text-align: center;">De comparecer ao culto espiritual.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XLV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Chegando ao centro,</div><div style="text-align: center;">A jovem vomitou.</div><div style="text-align: center;">Mas, haviam muitos médiuns atentos,</div><div style="text-align: center;">Que logo perceberam a entidade e seu intento.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XLVI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Ajudaram à moça-menina,</div><div style="text-align: center;">Com passes de limpeza e de sustentação.</div><div style="text-align: center;">Maria, vestida em farrapos, estava ressentida,</div><div style="text-align: center;">Pois uma rede de energia já lhe tolhia a ação.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XLVII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Com os trabalhos iniciados,</div><div style="text-align: center;">Após bela e profunda oração,</div><div style="text-align: center;">O ambiente ficou todo magnetizado</div><div style="text-align: center;">Por poderosa vibração.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XLVIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Até Maria se aquietou</div><div style="text-align: center;">Para ouvir esclarecedora explicação,</div><div style="text-align: center;">Oriunda do Evangelho que Jesus deixou,</div><div style="text-align: center;">Através dos seus atos de amor e de perdão.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">XLXIX</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Mais à frente, numa médium incorporada,</div><div style="text-align: center;">Maria apresentou-se em longo choro de mágoas.</div><div style="text-align: center;">Desfiava pérolas de uma angústia cansada,</div><div style="text-align: center;">Por meio de palavras muito amargas.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">L</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Depois do desabafo, sem calma,</div><div style="text-align: center;">Ouviu assertivas de esperança.</div><div style="text-align: center;">Contudo ainda existiam, em sua alma,</div><div style="text-align: center;">Muitas dúvidas e destemperanças.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">LI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Foi necessário um tratamento magnético</div><div style="text-align: center;">À entidade ainda acoplada.</div><div style="text-align: center;">Retiraram miasmas extremamente maléficos,</div><div style="text-align: center;">Que embotavam o raciocínio de sua mente viciada.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">LII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Após o impacto da irradiação,</div><div style="text-align: center;">Maria sentiu-se muito cansada.</div><div style="text-align: center;">Mas, ainda pôde manter uma conversação.</div><div style="text-align: center;">Logo aceitou, para um hospital espiritual, ser levada.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">LIII</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Depois de um período de recuperação,</div><div style="text-align: center;">Maria estava renovada.</div><div style="text-align: center;">Queria seguir um caminho de evolução,</div><div style="text-align: center;">Mas sua intenção deveria ser provada.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">LIV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Então, entendeu que a reencarnação</div><div style="text-align: center;">Era meta fundamental na sua estrada.</div><div style="text-align: center;">Para isso recebeu boa e segura orientação,</div><div style="text-align: center;">Facilitando a sua nova jornada.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">LV</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Em breve seria recebida,</div><div style="text-align: center;">Com carinho e emoção,</div><div style="text-align: center;">Nos braços de Flora, já não moça e nem menina,</div><div style="text-align: center;">Em busca de sua redenção.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">LVI</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Minha tarefa estava terminada.</div><div style="text-align: center;">Agradeci profundamente ao Pai Celestial.</div><div style="text-align: center;">Retornei, feliz, à humilde caminhada</div><div style="text-align: center;">De um trabalhador do Umbral.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Novembro de 2005...."</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Textos retirados do livro de <i>Pablo Salamanca "O Trabalhador do Umbral"</i>, disponibilizado gratuitamente na internet pelo site: <a href="http://www.espiritualistas.org/">www.espiritualistas.org</a></div><p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p></div></div>Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8326598086139232481.post-14448894172563548512010-07-11T17:03:00.000-07:002010-07-11T17:47:22.813-07:00Poema «Perdoa-nos Jesus»<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF4HDn11AkonHKYi3xs_FJP-xaEBA-e99YV7rFLRugCvFWN5jdGSaUQ_Uf3Xqf-S30_xJ8HRAGy9PTGPRMLmedXn2bFntytJ0Aqk_ickBshmnr8PU63O0RYTvnDrCxC-zIuh33plp89_1V/s1600/e-771-v_0001_1_p24-C-R0072.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 246px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF4HDn11AkonHKYi3xs_FJP-xaEBA-e99YV7rFLRugCvFWN5jdGSaUQ_Uf3Xqf-S30_xJ8HRAGy9PTGPRMLmedXn2bFntytJ0Aqk_ickBshmnr8PU63O0RYTvnDrCxC-zIuh33plp89_1V/s320/e-771-v_0001_1_p24-C-R0072.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5492813596989789394" /></a><span><div style="text-align: center;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><a href="http://purl.pt/5341">Imagem retirada do site da Biblioteca Nacional de Portugal</a></span></i></div><div style="text-align: left;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><br /></span></b></div><div style="text-align: left;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><br /></span></b></div><div style="text-align: center;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:x-large;">Perdoa-nos Jesus</span></b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Perdoa-nos Jesus,</div><div style="text-align: center;"> perdoa-nos meu pai,</div><div style="text-align: center;"> não vencemos a maldade,</div><div style="text-align: center;"> e te matámos na cruz,</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;"> Tínhamos ouvidos, mas não te escutámos,</div><div style="text-align: center;"> tínhamos olhos, não víamos o teu caminho,</div><div style="text-align: center;"> tínhamos coração, não sentimos o teu amor,</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;"> Perdoa-nos Jesus,</div><div style="text-align: center;"> perdoa-nos meu pai,</div><div style="text-align: center;"> mergulhámos na escuridão,</div><div style="text-align: center;"> e te matámos na cruz,</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"> Tínhamos boca, mas sempre te negámos,</div><div style="text-align: center;"> tínhamos pernas, mas caminhavas sozinho,</div><div style="text-align: center;"> tínhamos mãos, e não te ajudamos na dor,</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;"> Perdoa-nos Jesus,</div><div style="text-align: center;"> perdoa-nos meu pai,</div><div style="text-align: center;"> não aceitámos a verdade,</div><div style="text-align: center;"> e te matámos na cruz. </div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-family:'times new roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Lisboa, 9 de Julho de 2010 © Paulo Lourenço “Ramiro de Kali”</span></span></i></div></span><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt"><span style="line-height:115%;font-size:16.0pt;"><span style="mso-spacerun:yes"></span><o:p></o:p></span></p>Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"http://www.blogger.com/profile/04535443244009745423noreply@blogger.com0